Rep. Checa
Grupo E: Itália, Gana e EUA
Curiosamente este país após a desagregação da Checoslováquia é a primeira vez que participa na maior competição de futebol do mundo. São seguramente os estreantes que ninguém quer defrontar. Com um apuramento bastante sofrido, ficaram em segundo no seu grupo (apenas a Holanda os conseguiram superar). Tiveram assim que defrontar a Noruega no play-off, onde obtiveram duas vitórias pela margem mínima.
O técnico Karel Bruckner, é um homem de convicções fortes e por isso levou o veteraníssimo Karel Poborsky (a actuar na segunda liga checa). A sua principal característica é o relacionamento interpessoal com os jogadores, considera-os como uma verdadeira família.
Como jogador não teve um papel relevante a nível europeu, já como treinador é um verdadeiro «globetrotter», passou por uma panóplia de equipas todas elas da Republica Checa, Eslováquia e ex-Checoslováquia (11 ao todo).
A disposição dos checos em campo é a seguinte: 4*1*3*2. Com Petr Cech (um dos melhores na sua posição) na baliza, vai ser muito difícil aos seus adversários marcarem golos. Tem variadíssimos recursos que pode utilizar, é ágil, alto, tem um excelente posicionamento, e reflexos de aço.
A defesa é provavelmente o sector mais fraco desta formação, apesar de serem muito certinhos, não podemos esperar que façam a diferença num jogo.
Na zona central, temos Ujfalusi (Fiorentina) e Rozenhal (PSG), uma dupla bastante alta, poderosa fisicamente mas que por vezes falham no seu entrosamento. Os laterais são Grygera na direita, actual jogador do Ajax com 25 anos e o batidíssimo Jankulovski (AC Milan), não teve muitas oportunidades no seu clube de origem mas é um dos jogadores mais experientes da defesa.
O trinco preferido de Bruckner é Galasek (Ajax), é um jogador lento, mas que corre quilómetros, para colmatar a sua lentidão tem um posicionamento fantástico dentro das 4 linhas.
O tridente que apoia os 2 pontas de lança é simplesmente fantástico, dois veteranos nas pontas e uma jovem promessa no centro a actuar como n.º 10. Apesar das más recordações que nos trás todos nós temos que fazer uma vénia ao veterano Poborsky, com 34 anos ainda é rapidíssimo, consegue chegar à linha e centrar em condições, seguramente o melhor amigo dos avançados. No lado contrário, a lenda – Pavel Nedved. Ele que já foi “Bola de Ouro”, é um atleta de vastíssimos recursos, marca golos, finta executa passes rasgados, defende, é um jogador completo, um verdadeiro atleta. No centro do terreno, o mágico checo – Rosicky (ex-B. Dortmund). Ainda tem margem de progressão e com certeza será uma competição para explodir a nível internaconal.
Na frente de ataque o “poste” Jan Koller (2,02 m de altura) e o menino bonito Milan Baros. Esta dupla garante golos pois têm características que se complementam, tanto o jogo aéreo como o jogo colado na relva pode ser facilmente resolvido por um dos avançados.
O grupo E tem uma dificuldade intermédia, selecções como Itália e Estados Unidos terão muita dificuldade em desenvolver o seu futebol perante a audácia checa. O Gana terá apenas no seu poder físico a sua única arma.
Dados:
Selecção: Republica Checa
Fundação: 1901 (Checoslováquia)
Títulos mundiais: 0
Equipamento: Camisola vermelha e calções brancos
Seleccionador: Karel Bruckner
Figura dos mundiais: -
Estrela: Pavel Nedved
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