Treinador de Bancada

Voltando o campeonato regresso também eu ao meu contributo para este blog - verdadeira fonte de notícias da comunidade azul!

Não tinha presenciado qualquer jogo do Belenenses até esta 1.ª Jornada mas sinto que a minha apreensão não era diferente daquela sentida pela maior parte dos sócios - todos sabemos que os tempos não são fáceis para o lado do Restelo e que não há muito dinheiro para construir um plantel. Ainda para mais tendo sido a última equipa a saber que competiria na Liga Sagres. Por isso foi com agrado que assisti ao bom desempenho da nossa equipa no estádio do mar.

O primeiro onze da Liga 2009/10 teve metade de novas caras no onze, muito sangue novo com a uma média de idades abaixo dos 25 anos (acabei de ler no site do Record) e também cerca de metade da equipa portuguesa. Gostei da equipa porque foi combativa, organizada, realista e rápida.

Partamos de trás para a frente - na baliza o nosso novo Guardião é um homem experimentado e será certamente uma das vozes mais influentes no plantel durante o Campeonato. Sinceramente acho o Nélson melhor que o Julio César, e ainda para mais vendemos um dos poucos activos que nos dava algum dinheiro. O ex-guardião do Estrela da Amadora, Vitória de Setúbal e Sporting mostrou mesmo em duas grandes intervenções a mais valia que pode dar ao Belenenses 2009/10.

À esquerda na defesa alinhou um dos ex-juniores que já nos sinha sido apresentado por Rui Jorge no final da época passada. André Pires não comprometeu e nas vezes que subiu na sua ala teve ainda oportunidade para um cruzamento perigoso e mostrar que é dono de um forte pontapé. Parece-me um jogador com potencial.

Na outra ala aquele que, como treinador de bancada, me parece dever ser o nosso defesa-direito titular - o Mano. Dispensa apresentações: já se sabe que é lutador, certinho a defender e acutilante quando sobra. Chega mesmo a fazer melhor que o Cândido Costa, aquele que parecia ser a mais valia do segundo - subir junto à linha dobrando o médio e cruzar para a área de 3/4 do terreno de jogo. Sinceramente com os jogadores que temos para o miolo do terreno parece-me que o Mano não será essencial nessa zona do terreno e seria importante começar a especializar-se numa posição - a de defesa direito - até porque não é uma posição que abunde no futebol nacional ... valorizando por isso ainda mais este activo.

No centro da defesa é que as coisas continuam a não parecer muito seguras - Arroz até esteve bem e esperemos que tenha a calma para evitar fazer os 3 ou 4 penálties desnecessários que criou a época passada. Já o Diakité não tem rotina para a posição e por vezes complica determinadas bolas como se estivesse a jogar a médio e não fosse o último elemento antes do Guarda-redes. O maliano foi para mim o jogador que pior esteve no jogo contra o Leixões, apesar de ter subido de rendimento na 2.ª parte.

A trinco Gavilan fez aquilo que bem sabe - limpa bem aquela zona e por vezes ainda tem alguns pormenores interessantes na forma como coloca a bola directamente no homens mais avançados. Parece-me mais ambientado ao Campeonato nacional, já o tendo visto a largar a bola mais cedo não dando toques desnecessários.

Mais no miolo jogámos com um homem mais descaído para cada um dos flancos do losango do meio-campo. À esquerda a nova camisola 10 - Celestino, ex- Estrela da Amadora - muito lutador e recuperador de bolas; à direita Barge - o português que acompanhou João Carlos Periera do Estoril para o Belenenses. À frente de ambos o Zé Pedro, a referência da equipa que dois anos depois voltou a jogar como número 10, e que nessa posição espero poder usar muitas vezes o seu remate canhão, como tentou por diversas vezes em Matosinhos. Apesar de ter sido o sector que se mexeu nas três substituições (entraram Felipe Bastos, Ivan e Pelé) o meio campo esteve muito bem, quer nas acções defensivas, quer nas rápidas movimentações ofensivas.

Agora vou dar uma de real "treinador de bancada" que dá os seus palpites e mete as sua "colheradas"! Tendo o Celestino a jogar mais descaído para a esquerda isso permitirá que o lado direito se possa aventurar um pouco mais na dianteira, e tendo estado Barge bem a partir dos 30 minutos parece-me que essa posição poderá cair que nem uma luva no Cândido Costa. Os vários treinadores que se têm sentado no nosso banco insistem em pôr a jogar o Cândido Costa numa posição que não é a dele e para a qual já mostrou ter dificuldades a ambientar-se. O melhor Cândido Costa - o que chegou ao Restelo - é o ala/EXtremo que vai à linha e cruza, e se aplicar capacidades defensivas que adquiriu nos meses ainda mais forte será!

No ataque presenciámos um excelente jogo do que me parece ser o novo diamante das nossas escolas - Fredy. Cola-se à linha, domina e recebe bem a bola e parte que nem uma seta em direcção à baliza. Gostei muito do jogo que fez e espero que nos dê várias alegrias ao longo da época. Como parceiro teve o camaronês Yontcha que deu para ver ser um lutador que nunca dá a bola como perdida. Fiquei com dúvidas no entanto sobre a capacidade desta dupla de concretizar as oportunidades criadas, e ainda me lembro ter sido esse um dos nossos principais problemas a época passada - quem colocasse as bolas finalmente dentro da baliza.

Para o que estava à espera sinceramente desliguei a televisão com satisfação. Foi só um ponto mas importante como ânimo.

Agora na 2.ªF dia 24 todos ao Restelo apoiar a equipa contra a Naval para ganharmos um jogo contra um adversário directo na luta da fuga à despromoção, antes de uma fase do Calendário que se adivinha complicada e na qual defrontaremos os primeiros classificados da época passada.

Saudações Azuis!
--
Henrique Cruz dos Santos

Treinador de Bancada: A Era Pacheco!

Este fim-de-semana, em arrumações em casa, encontrei aqueles cadernos especiais relativos ao início da época 2007/2008. Acho um exercício interessante consultar estes cadernos e ver os personagens que pelos relvados portugueses espalharam magia … ou não! Isto tudo para dizer que esta revista, que tem pouco mais de um ano é já histórica no caso do Belenenses – senão veja-se: Costinha, Marco Gonçalves; Amaral, Rodrigo Alvim, Areias, Gonçalo Brandão, Rolando, Devic … ainda estamos na defesa e acho que já não é preciso continuar.

Neste blog defendi, e mantenho, que não é em escassos meses que se pode ver um trabalho de um treinador. Mior não estava a ter resultados mas também não teve tempo, e a esmagadora maioria dos sócios que tinham recebido mal o “contentor” de jogadores brasileiros que tinha chegado no Verão não deu margem para erro. Com as instabilidades directivas percebeu-se que a margem de erro não era grande. Com a equipa a jogar mal e sem resultados rapidamente “saltou” e agora inicia-se nova Era. Ontem gostei de sentir que nas bancadas as 4 mil pessoas nas bancadas estavam com Jaime Pacheco – sempre é um início!

Em primeiro lugar desejo que a Era Pacheco seja longa e de sucesso! A estabilidade é um valor muito importante, apesar de pouco valorizado neste início de séc.XXI – quer no futebol quer na vida quotidiana. Já chega a instabilidade das equipas que, no futebol actual e com o excessivo peso dos empresários, de ano para ano mudam 50% do plantel! Mesmo Jesus - futuro treinador do FC Porto (digo eu!) - que imodestamente diz ser tacticamente o melhor treinador da Liga, “perdia” a primeira volta a construir a equipa para na 2.ª Volta amealhar muitos mais pontos.

Nesta nova Era a mudança não está só nas ainda caras novas dos jogadores. Contra o Vitória de Guimarães o Belenenses de Pacheco apresentou novo esquema táctico. Há anos que o Belenenses joga em 4-4-2 mas o novo treinador parece privilegiar o 4-3-3. Este sistema, à partida mais ofensivo, tem vantagens e inconvenientes mas atendendo aos jogadores que ontem jogaram há duas notas que gostaria de deixar.

Em primeiro lugar de nada serve ser mais acutilante no ataque se depois não há homem golo à altura – e nem João Paulo Oliveira, nem Porta, nem Roncatto parecem estar neste momento à altura de outros que ainda há bem pouco tempo estavam nas tais cadernetas – Weldon, Meyong, Garcés ou mesmo o surpreendente Dady. Esperemos que com o tempo se vão fazendo mais jogadores!

A segunda nota que queria deixar e mais gravosa que a primeira é a forma como o meio-campo fecha. Ontem a perdermos por um zero a meia-hora do fim Jaime Pacheco tirou Sérgio Organista e lançou Porta, recuando Silas. Os três do meio-campo passaram a ser Silas, José Pedro e Gavilán. Ora os dois primeiros são bons jogadores do meio-campo para a frente e esforçados, mas a fecharem jogo e a recuperarem bolas não se pode esperar muito. Gavilán desarma bem mas na construção continua a achar que está a jogar futebol no continente americano - dá muitas vezes um toque a mais, perdendo bolas que os outros dois colegas de sector não têm dificuldades em recuperar. Dessa situação sofremos o golo contra o Leixões e podíamos ter sofrido nesta jornada pelo menos outros dois, ainda antes do penálti que nos deu o empate.
Por outras palavras neste sistema táctico preocupa-me o não marcarmos, e depois termos uma via-rápida a partir do meio-campo em direcção à nossa baliza. Eu sei que o Mano não estava lá e o Sérgio Organista está sem ritmo de jogo mas para mim, que gosto de jogar no meio-campo e de ver equipas com bola no pé, esta situação assusta-me, mas certamente que Jaime Pacheco saberá contrariar esta situação.

Uma última nota ainda para o importante jogo desta 4.ªF em Barcelos para a Taça da Liga que o Belenenses terá forçosamente que ganhar para continuar em prova. Será difícil pois não só o Gil Vicente joga em casa, como está bem posicionado na Liga Vitalis, lançado por ter eliminado uma equipa da primeira Liga na Taça de Portugal – o Rio Ave, já para não falar do facto de ser o primeiro confronto entre as duas equipas desde o caso Mateus. A Taça da Liga é importante para o Belenenses pois não só dá dinheiro, de que bem precisamos, como dá traquejo e rotina de jogo, ajudando a que um ainda conjunto de jogadores mais depressa se possa tornar uma equipa.

Saudações azuis!!!
Henrique Cruz dos Santos

"Deixemo-los" trabalharem

Sinceramente não desgostei do que vi da prestação do Belenenses em Alvalade. Acho que um treinador com uma equipa completamente nova, e ainda para mais com muitos jogadores duplamente inexperientes (pela idade que têm e por nunca terem jogado em Portugal), ainda de mais tempo precisa para fazer uma equipa.

Quanto ao jogo em si vitória justa do Sporting. O primeiro golo é de facto em fora de jogo mas daqueles em que o engano é aceitável. E quanto ao penalty também não tive dúvidas.

Um ponto em nove possíveis não é obviamente animador. No entanto deixando as teorias de lado perdermos no Dragão e em Alvalade é normal. Empatar em casa com o Paços de Ferreira e Sporting da Covilhã (Taça da Liga) é que nem tanto … daí a querer revoluções vai uma grande distância.

Acho que se tivermos "calminha na vida" faremos uma época regular – acabando a meio da tabela - se andarmos a pagar rescisões com dinheiro que não temos vamos andar ainda mais ansiosos.

Como há uns anos um político que agora também anda por Belém disse – “Deixem-nos trabalhar!” … acho que esta é a “mior” postura a ter no momento. Pedir cabeças em Setembro é ridículo! Juízos mais serenos poderão ser feitos lá para o Natal.

Saudações azuis!
Henrique Cruz dos Santos

Treinador de Bancada: A Primeira de muitas jornadas!

Tive a oportunidade de ir ao Dragão este Domingo acompanhar o primeiro jogo do Belenenses para a Liga Sagres. Quem goste de futebol obviamente que tira sempre coisas boas – estádio cheio, público (mesmo que afecto ao adversário) animado, bons executantes mas ritmo baixo e muitos erros de palmatória … de parte a parte.

O resultado parece-me justo, o que não significa que não pudesse ser bem diferente. Tanto o FC Porto poderia ter goleado com os vários brindes que a defesa possibilitou, como o Belém, sem muito ter feito por isso teve várias oportunidades de golo.

Mais do que alongar-me sobre o jogo que vimos, que já foi alvo de bastante análise aqui no Blog do Belenenses, gostava de partilhar convosco o que pensei quando vi aquele Belenenses versão 2008-09. Até aqui nada tinha dito sobre o futebol sénior pois não tinha visto qualquer jogo do nosso clube, já que 80% das contratações são incógnitas, independentemente de parte terem jogado em bons “times” lá no Brasil.

O que vi aborreceu-me pois parece-me que o Belenenses, sério candidato à “Europa” nas duas últimas épocas, não parece à partida ter grandes argumentos para assumir uma forte candidatura a esses lugares onde acho que realisticamente temos que estar todas as épocas.

Não que olhando para muitas daquelas novas caras não se possa ver qualidade escondida atrás de muita inocência … simplesmente voltamos à mesma situação do início das outras épocas – revolução no plantel; metade do onze base novo; automatismos por criar e depois dois factores determinantes nas duas épocas anteriores:

1) O factor Jesus, que apresentou resultados independentemente de ser “ditadorzinho” e querer mandar mais do que um treinador - vide episódio da não-venda do Rodrigo Alvim em Dezembro com claro prejuízo para o Clube.

2) O factor ponta-de-lança – é que ao contrário da maior parte das 20 épocas que me lembro de seguir o clube – desde Mladenov - que nunca tínhamos um homem golo. Ok - havia um Catanha que aparecia a meio da época, ou uns golinhos a saca-rolhas do “Farturas” ou o Paulo Sérgio (que regressará ao Restelo como treinador do Paços de Ferreira da 6.ªF), mas nunca um homem-golo. Ora nas últimas três habituámo-nos a ter esse homem-golo – Meyong primeiro, um inacreditável (e bem vendido) Dady e o Weldon que depois de quase não marcar na primeira volta não tirou os olhos da baliza na 2.ª!

Quanto ao primeiro factor – o do treinador - considero prematuro falar antes do Natal. Há que dar tempo ao tempo e acreditar nos profissionais.

Quanto ao factor ponta-de-lança não me parece que seja Marcelo; João Paulo também não é a referência e ou o Roncatto faz como o Lisandro Lopez, que primeiro estudou durante um ano como funcionava o Campeonato nacional e depois se revelou, ou então não sei como é que elas vão entrar …

Por isso parece-me extremamente relevante que o Belenenses arranje um ponta de lança que seja uma real mais valia no plantel até ao mercado fechar e devo dizer o seguinte sobre três nomes que podiam parar no Restelo – o Adriano está no direito dele em não querer vir, como qualquer um de nós nas suas profissões; o Wender de que o Record fala é bom jogador mas para os extremos, não para o miolo. Fará falta mais um jogador com essas circunstâncias? Da Luz poderiam vir o Mantorras ou o Makukula, gosto de qualquer um dos dois dependendo obviamente do salário e do número de joelhos funcionais … mas no meio disto não percebo como um jogador como o Silvestre Varela vai para o Estrela quando poderia ser uma mais valia.

Uma última nota sobre a questão das modalidades e a crise no basquetebol e do pólo aquático. Discordo em absoluto com a perspectiva de que o Belém é futebol. Se assim fosse ficaríamos uns quantos velhos e outros casmurros a falar aqui sozinhos e a definhar. Para mim o Belenenses do século XXI têm que ir buscar a sua força às outras modalidades, onde brilha e é referência – raguêbi, futsal, golfe, … - para que no futebol possamos ser os melhores dos clubes de 2.ª linha. (já imagino que vou ser queimadinho vivo!!!)

Que ganhemos ao Paços para chegarmos ao fim da 3.ª jornada com 3 pontos pelo menos!

Saudações azuis!!!
Henrique Cruz dos Santos

Orgulho em ser Pastel!

Mais do que do jogo em si ou da UEFA, que este ano perdemos por incompetência dos dirigentes, gostaria de partilhar algumas ideias sobre o Clube em si!

Este Domingo respirou-se um ar positivo no Estádio do Restelo! E acho que isso deve ser de realçar!

Comentava ao intervalo com um outro sócio perto de mim que o estádio é dos mais bonitos que se conhecem … mas o que é um estádio sem pessoas?

Hoje tivemos das melhores casas da época – para tal ajudaram os 1000 e tal vimaranenses que vieram à capital apoiar a sua equipa - que está a fazer um excelente Campeonato e a jogar um bonito futebol - mas acima de tudo, para além dos 2 a 5 mil rotativos que vão sempre, os convidados. As bancadas estavam mais femininas, com mais amigos e familiares de sócios! E isso é bom!

Ou melhor … para mim é bom! Há quem muito se choque com a ideia dos convites. Eu acho que as pessoas têm o direito a ter o clube delas, desde que tenham uma simpatia pelo Belenenses e puxem pela equipa é bom que por lá passem … até porque na situação que o Belenenses está, convençamo-nos, já nem o nosso estádio enchemos!

… e um estádio vazio, ainda por cima com aquela magnífica vista, é uma tristeza!

Acho que de nada serve pormos a cabeça na areia como as avestruzes. Aos Velhos, ou Novos, do Restelo “puristas” (digamos assim) gostaria de dizer que vejo os convites como os jornais gratuitos, ou seja criam hábitos de leitura … neste caso futuros belenenses.

Quantos belenenses e não-belenenses terão hoje ficado espantados com o orgulho demonstrado pelo público para com as equipas campeãs de voleibol feminino e de râguebi?!?!? Quantos desses poderão / quererão passar a ser também eles pastéis?!?!? E os miúdos da Escola Matateu, com os seus calçõezinhos mais compridos que as pernas a serem aplaudidos por repletas bancadas … Meus caros, estes já são Belenenses e nunca esquecerão este dia!!!

Depois deve dizer-se acho que o animador de serviço (lamento mas não sei o nome) é bastante competente na sua função, informando, galvanizando as bancadas, e sendo correcto com as equipas e claques adversárias!

Por isso, independentemente de não termos ganho o encontro e do objectivo UEFA ter ficado definitivamente gorado … hoje tive orgulho em ser pastel!

Saudações Azuis!
Henrique Cruz dos Santos

A nova direcção, as renovações e mexidas no plantel

Estamos em véspera de eleições com vencedor antecipado o que, numa época algo atribulada, tem uma grande vantagem – o preparar o trabalho de casa. Acontece que em parte o momento de actuação é agora, para não dizer que já passou!

A futura equipa que governará os destinos do nosso Clube tem que começar a tratar já das renovações ... até como a nova sondagem deste blog, com uns já representativos 100 votantes, demonstra.

Três das jóias da Coroa, os três R – Ruben Amorim, Rolando e Rodrigo Alvim - estão de saída – em parte por não termos agido em tempo útil! Que nos fique a lição!

Um único íman poderia agarrar parte dos restantes jogadores em fim de contrato – a UEFA - mas parece difícil pelo atrasado pontual, por um calendário não muito simples e também pelo processo Meyong, que como muitas outras coisas lá se vai arrastando.

Muitos dos jogadores que podem sair serão substituídos por outros de idêntico nível. Consequentemente lá vai o Belenenses iniciar nova época com meio plantel novo, com métodos de trabalho, esquemas de jogo e de encaixe por definir.

É nesses meses até ao Carnaval que damos pontos de avanço aos concorrentes que em parte não nos permite ter candidaturas à UEFA mais fortes e consentâneas com os pergaminhos do Clube … como esta época ficou demonstrado!

Saudações Azuis e Boa Páscoa!

Indignação e Incompetência!

Fiquei espantado quando hoje ao final da tarde ouvi no rádio as notícias desportivas. Seria o Paulo Bento a abrir, ou o novo defesa-esquerdo do Benfica … não, caso Meyong!?!?! Documentei-me minimamente e sinceramente … !!!

Meyong jogou oficialmente por três equipas esta época. Saltou do banco nos últimos 15 minutos do Maiorca 3 – Levante 0, da primeira jornada da Liga Espanhola, foi emprestado ao Albacete durante a restante 1.ª volta e agora, como sabemos, voltou a vestir a nossa camisola no encontro do passado frente à Naval.

Ou seja – alinhou em três equipas diferentes em jogos oficiais desde Agosto, na mesma época, coisa que não pode fazer.

A primeira evidência é que há uma indesculpável incompetência por quem geriu esta contratação. Se eu ou o leitor tivermos uma falha deste nível nos nossos trabalhos sabemos o que nos deve acontecer! É como usar um francesismo para dizer que determinada infra-estruturas relacionada com aparelhos de voo não pode ir para a margem Sul de determinado rio, e ela lá ir parar por se ter provado ser melhor, e disso não tirar conclusões!

Segundo: Independentemente da incompetência do Departamento de Futebol, não percebo como é que a Liga e/ou a Federação aceitam a inscrição de um jogador se sabem que ele não pode jogar. Que raio de verificação fazem? Gostaria se alguém nos pudesse elucidar neste ponto … para não achar que a única missão é andar a tirar pontos.

Terceiro: Meyong poderá a continuar a jogar o resto da época? Se não, continuará no Belenenses por empréstimo e nós a pagarmos-lhe o ordenado sem que ele possa jogar?

Quarto: O Marco Ferreira não jogou já oficialmente pelo Benfica e pelo outro Clube britânico a que foi emprestado?

Para já é isto que quero dizer, mas espero a reacção da Direcção. Não deixo no entanto de me preocupar com tantos sinais de definhamento do nosso Clube, que ainda há uns meses vivia um dos seus mais bonitos momentos das últimas décadas!

Saudações Azuis!

Reforço do plantel de futebol?

Faz neste dia 21 exactamente um mês que, nesta mesma crónica do “Treinador de Bancada”, lançámos um inquérito sobre qual deveria ser a atitude do futebol de 11 sénior do Belenenses na reabertura de mercado em Janeiro. Em vésperas de Natal e de uma visita ao campo de um adversário directo, o Vitória de Guimarães, voltemos ao tema.

Na altura o resultado foi este:

O que deve o Belenenses fazer na reabertura de mercado em Janeiro?


O que mudou desde então? Primeiramente empatámos no Restelo contra o Estrela a zero; seguiu-se um empate no Bonfim contra o Vitória de Setúbal (que vêm fazendo um belo campeonato), culminando na vitória no passado fim-de-semana frente ao Benfica.

Obviamente que 3 jogos não são grande amostra, mas com 5 pontos conseguidos em 9 possíveis (tendo um dos jogos sido contra o Benfica) não se pode dizer que o registo tenha sido mau. Se atendermos ao rasto de nenhuma derrota nos últimos oito jogos, apesar de muitos empates, verificamos que a defesa parece estar estável (poucos golos sofridos) mas o ataque continua a ser pouco concretizador – tanto em Setúbal, como frente ao Benfica, podíamos ter feito mais do que um golo.

Assim sendo, reforços na defesa e eventualmente no meio-campo, só se Rolando e/ou Ruben Amorim saírem. Já no ataque é o próprio treinador Jorge Jesus que assume essa vontade de reforçar esse sector.

No entanto o Blog do Belenenses gostaria de “sentir o pulso” aos nossos leitores e verificar até que ponto as opiniões mudaram neste mês que passou. Por isso repetimos o mesmíssimo inquérito e num futuro próximo faremos a leitura comparativa do mesmo.

O que deve o Belenenses fazer na reabertura de mercado em Janeiro?
	Não deve contratar - porque a equipa é boa mas precisa de tempo
	Não deve contratar - seria um ultraje perante o que se passa com o Andebol
	Deve reforçar o ataque com Meyong
	Deve reforçar o ataque
	Deve reforçar mais do que um sector
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Até lá esperemos que o Belenenses deixe nova “prenda no sapatinho” aos seus sócios e adeptos no jogo deste Sábado à tarde na cidade-berço!

Saudações azuis e Bom Natal!

Jogar para ganhar!

Ai que ricos 3 pontinhos! Só tive oportunidade de ver a 1.ª parte mas até pela reacção de muitos amigos benfiquistas, que literalmente fugiam de mim, percebi que o Belém terá sido na 2.ª parte ainda mais forte que nos primeiros 45 minutos!

O jogo não se adivinhava fácil. O Belenenses vinha de cinco empates seguidos, sem dois dos seus habituais titulares - dos melhores jogos do plantel (Cândido Costa e Hugo Alcântara), um ataque que tem andado com a pontaria pouco afinada. Isto tudo contra o Benfica que não podia perder ainda mais pontos para o líder em passeio FC Porto.

Um jogo muito bem conseguido permitiu-nos amealhar os 3 pontos em disputa.

Assim sendo parece que a atitude parece está a melhorar! Todos ficamos contentes com isso! No entanto atenção, não somos campeões do mundo hoje, nem éramos uma nulidade ontem!

Entre dizer que um empate em casa com o Estrela é bom (depois de outros dois com o Leixões e Académica) e afirmar como disse o veloz Weldon (que golaço!!!), que vamos a Guimarães para ganhar, há uma enorme diferença! Tudo passa/passava por entrar no campo para ganhar!

Não tenhamos dúvidas que esta alteração de atitude se prende com a insatisfação por muitos de nós (eu inclusive) demonstrada no estádio e/ou aqui na blogosfera! Os dirigentes, técnicos e jogadores ouvem e leêm!

Como em tudo o resto na vida, só a exigência leva aos melhores resultados, e só essa procura é que satisfaz os "clientes", neste caso nós, sócios e adeptos.

Que a atitude se mantenha e veremos se no jogo com o Nacional em Janeiro a dinâmica de vitória na equipa e nas bancadas não é distinta.

Saudações Azuis!

Falta de Ambição

Não sou certamente o primeiro nem o último adepto que perdeu a paciência no jogo com o Estrela da Amadora do passado Domingo, no lastro dos últimos resultados não conseguidos!

Mesmo para quem estava comodamente a ver o jogo na SportTV, como foi o meu caso, aguentar aquela eternidade de 90m de não futebol foi um suplício. Calculo então para os verdadeiros heróis que ainda se aventuraram a ir ao estádio!

Primeira evidência - o Estrela da Amadora não está no mesmo plano que o Belenenses. O Estrela é uma equipa que nunca planeia no início de época algo mais do que não descer. Não chega a uma vintena de participações na 1.ª Divisão. O Palmarés é incomparável. O orçamento para o futebol nesta época é bastante mais reduzido.

Por seu lado o Belenenses é uma das equipas da “burguesia” do futebol nacional – como Braga, Boavista, Marítimo e Guimarães. Os tais que se não ficarem do meio da tabela para cima fizeram uma má época.

Jorge Jesus adoptou antes do jogo um discurso fechado e defensivo, dando a entender no início do jogo que as equipas são iguais e um ponto não seria mau. Durante o jogo o nosso treinador esteve calmo como nunca se viu. Reagiu tardiamente com substituições (minuto 70) e nunca com uma cartada decisiva. Não vou entrar em pormenores mas num jogo que foi uma pasmaceira como é que jogadores desequilibradores como o Mendonça, que obviamente precisa de minutos, entram somente a 10 minutos do final!??! No final, na “flash interview” tem um lapso que mostra tudo … “conquistámos um ponto”!!!

Permitam-me que como mero “Treinador de Bancada” diga que não conquistámos um ponto! Perdemos dois!

No Restelo mandamos nós e temos que entrar sempre para mandar no jogo, atacar e ganhar os três pontos em disputa! Só com esta atitude se cria dinâmica de vitória! Só com essa atitude se levam adeptos ao estádio! Só com esta atitude se cativam jovens para serem futuros adeptos!

Já sei que nos comentários se falará no jogo do Dragão, sem dúvida bom, mas que só trouxe um ponto e no do Bessa, onde realmente se viu uma equipa, e sobretudo Silas e Zé Pedro, a jogarem bem … mas o que está a acontecer no Restelo esta época?!?!?

Balanço dos encontros no Restelo: vitória contra a União de Leiria (depois de estarmos a perder) e contra o Paços de Ferreira num jogo em que pouco nos superiorizámos. Derrota por dois golos com o adversário directo Sporting de Braga. Três empates, todos eles justos, com Académica, Leixões e agora o Estrela. Só nestes últimos jogos fizemos três pontos em nove possíveis. É como se tivéssemos vencido um jogo e perdido dois! Conclusão – seis jogos em casa: nove pontos em dezoito possíveis! Isto é bom?!?! É com este portfólio de resultados brilhantes que Jorge Jesus pretende alguma vez chegar a treinador de um dos três crónicos candidatos ao título???

Este não é o mesmo treinador que conhecemos o ano passado – o do discurso ganhador, com uma lógica de vitória, que montava as equipas de forma matreira!

As equipas são todas iguais?!?!? Então talvez os treinadores também devessem receber o mesmo que os outros … Será que aqui Jorge Jesus também concorda?!?!

Saudações Azuis!

A Selecção … enquanto o Belém pensa em Janeiro!

Hoje as prioridades futebolísticas nacionais estão obviamente viradas para a nossa selecção - com o conjunto de jogadores que a constituem, cairia “o Carmo e a Trindade” se não nos qualificássemos para o Euro 2008. Que sejamos felizes logo à noite no Dragão!

Já para os lados do Restelo começa a pensar-se na reabertura de mercado em Janeiro, e com ela a altura da pressão dos retoques no plantel.

A Imprensa esta semana deu o acordo de renovação com o defesa-central Rolando quase como concluído, depois da Direcção do Belenenses ter anuído a renovar por dois anos como era pretensão do jogador. Se assim for trata-se de uma boa notícia!

Neste primeiro terço de Campeonato o sector que mais tem desiludido os adeptos e simpatizantes do Belenenses tem sido o ataque devido à sua ineficácia. Weldon e Roncatto, ao contrário do que desejei no penúltimo “Treinador de Bancada” antes do jogo com o Leixões, continuam a constituir uma dupla com um só golo.

Por isso é normal que, qual D. Sebastião, se volte a falar de Meyong. Na minha opinião, “O desejado” foi de facto o melhor ponta-de-lança que passou no Restelo nos últimos 15/20 anos. O avançado camaronês que venceu a Bota de Ouro de 2005/2006 ao serviço do Belenenses foi então vendido aos catalães do Levante. Não tendo singrado na sua primeira época em Espanha, foi este ano emprestado a uma equipa da 2.ª Liga daquele país – o Albacete, onde a vida não lhe parece andar a correr de feição. Existirá assim vontade mútua para concretizar o regresso numa “manhã de nevoeiro”!

Acontece que o Levante pagou bom dinheiro (2 milhões de euros) pelo passe do jogador, que entretanto passou a auferir vencimentos mensais muito acima do tecto salarial do Clube.

Como habitualmente deixamos então à votação dos nossos leitores algumas opções sobre esta questão.

Entretanto Saudações Azuis … mas até logo à noite Vermelhas e Verdes primeiramente!

O que deve o Belenenses fazer na reabertura de mercado em Janeiro?
	Não deve contratar - porque a equipa é boa e precisa de tempo
	Não deve contratar - seria um ultraje perante o que se passa com o Andebol
	Deve reforçar o ataque com Meyong
	Deve reforçar o ataque
	Deve reforçar mais do que um sector
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O empate com o Leixões e a atitude de um capitão

Quem se deslocou ao Restelo na passada 6.ªF, ou acompanhou o jogo contra o Leixões pela Sport TV, assistiu a mais um jogo em casa em que o Belenenses não se conseguiu assumir o tempo todo como uma equipa vencedora. Por essa razão, e tal como contra a Académica, a repartição de pontos pareceu-me justa.

O Belenenses entrou no jogo mandão - a circular bem e depressa a bola e a jogar pelos flancos, com o lateral-esquerdo Rodrigo Alvim a subir no terreno e com Hugo Leal a dinamizar o jogo a meio-campo com o tecnicista do costume – José Pedro.

Ainda o jogo mal tinha começado já estávamos a ganhar. No seguimento de uma óptima arrancada de Ruben Amorim pelo lado direito, José Pedro, que lá vai sendo o “ganha-pão” dos golos, fez o primeiro. Continuámos a atacar e a dominar o jogo até à meia-hora, altura em que o treinador do Leixões, Carlos Brito, a perder, lançou um avançado para o lugar de um médio defensivo e equilibrou um jogo … que na segunda parte dominaria!

Deve por isso dizer-se que o empate, que só surgiu ao minuto 80, foi o resultado justo e deveu-se à vitória das alterações efectuadas por Carlos Brito contra as de Jorge Jesus. Se tanto elogiamos o nosso treinador quando é caso disso não podemos deixar de fazer o contrário quando o achamos, e Jorge Jesus perdeu na disputa com o seu homólogo matosinhense.

Na minha opinião o Belenenses perdeu 2 pontos porque não teve garra para manter o pressing da primeira meia-hora, porque falhou o 2-0 nesse período (Aí Weldon …) e porque quis gerir durante 60 minutos uma vantagem magra. Hugo Leal, já sem fulgor na segunda parte, deu lugar a Fernando, recuando José Pedro. Roncatto, para desespero dos adeptos uma vez mais lento e inconsequente, deu lugar a Gavilan que continua a jogar futebol como se fosse normal as equipas não acabarem com os onze jogadores que iniciam as partidas em campo. Levou 2 amarelos em menos de 20 minutos, e quanto a mim, deveria ter recebido um outro por falta dura no meio-campo mal tinha entrado.

No entanto o sinal mais grave de desânimo e de aceitação da partilha de pontos foi a atitude do capitão Silas ao ter ordem para ser substituído. Cedeu como habitualmente a braçadeira de capitão ao seu colega José Pedro e saiu a passo. A passo, meus senhores!!! Como se estivesse contente com o empate! Não é só por demorar quinze segundos quando devia ter demorado três, mas o sinal que isso transmite ao resto da equipa – o de baixar os braços a menos de dez minutos do fim da partida. Ainda para mais um capitão experiente que deve ser o primeiro a dar o exemplo!

Isto sim foi para mim preocupante, pois não vejo este onze a “comer a relva” todos os jogos como víamos o ano passado! Para ficarmos no 5.º lugar, para além dos três habituais, só uma das outras equipas pode ficar à nossa frente e com Guimarães, Vitória de Setúbal, Marítimo e Braga à nossa frente com um terço de campeonato cumprido começa a não ser fácil!

A nossa equipa está bem montada para jogar numa toada de contra-ataque nos terrenos dos adversários mas em casa mandamos nós e temos que pegar no jogo, marcando o primeiro, o segundo e os que se seguirem. Só assim se amealharão os tão necessários pontos e se cativam os adeptos a irem ao estádio.

Por semana e meia pensaremos só na Selecção Nacional. Esperemos que não deixe escapar a qualificação para mais uma grande competição internacional – o Euro 2008.

Saudações Azuis … e esta semana também vermelhas e verdes!

Duas jornadas para ganhar!

Esta 6.ªF defrontamos o Leixões. Roubando desde já a “coluna das piadinhas” aos jornais pode-se dizer que se defrontarão a equipa mais equilibrada em termos de resultados, com 3 vitórias, igual número de empates e de derrotas, contra o Rei dos empates do Campeonato, 6 em 9 possíveis.

Nos últimos 12 pontos possíveis o Belenenses alcançou 8. Duas vitórias, em casa contra o Paços de Ferreira e fora no Bessa, e dois empates justos, frente à Académica em casa e contra o líder FC Porto no Dragão.

Se vencermos os encontros caseiros com a equipa matosinhense e posteriormente com o Estrela da Amadora iremos ao Bonfim provavelmente colados ao 5.º lugar – mais ponto menos ponto. Tal como no ano passado um bom final de 1.ª Volta poderia ser o garante de uma boa 2.ª Volta.

Quanto à equipa há dois sectores que, como Treinador de Bancada, me causam mais preocupação.

No meio-campo continuamos muito dependentes do que Silas e Zé Pedro fazem – se jogam bem a equipa brilha, se não o fazem … para além das dúvidas quanto à continuidade de Ruben Amorim no plantel após reabertura de mercado, junta-se agora o caso do ainda algo inadaptado Gomez - o Atalanta parece querer abrir os cordões à bolsa.

No ataque temos dois homens que apesar de se denotar que estão a ganhar ritmo europeu e entrosamento continuam sem marcar. A dupla Weldon e Roncatto vale até ao momento … 1 golo! Roncatto parece-me mais forte partindo do meio-campo, como fez na extraordinária jogada que originou o empate no Porto e Weldon corre, cria oportunidades mas ainda não marcou. No entanto tenho aqui um dedinho que me diz que a dupla passará de 1 para 3 golos já na 6.ªF, connosco a comemorar nas bancadas!

Saudações Azuis!

Qual vai ser o resultado do Belenenses vs Leixões?
	Belenenses vence por dois golos ou mais
	Belenenses vence por um golo
	Empate
	Leixões vence
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A Renovação dos jogadores das escolas

Depois da evidência de um calendário um ano mais mal preparado – já que não se admite que uma equipa como o Belenenses tenha 7 jogos em três semanas e posteriormente, no mesmo período de tempo, não tenha nenhum outro encontro oficial – podemos dizer que um dos assuntos quentes deste mês de Outubro para os lados do Restelo esteve relacionado com a renovação ou não de parte dos “jogadores da casa”.

Primeiramente devo dizer que acho que a aposta do Belenenses como estratégia para o seu futebol, e como marca do Clube, passa por lançar jovens jogadores que posteriormente podem ou não singrar em voos mais altos. O nosso clube, como todas as restantes equipas do futebol nacional, têm a necessidade de encher os seus cofres com as vendas. Nesse sentido ou bem que adquirem jogadores baratos e cada vez mais novos, que valorizam dando-lhes montra (Anderson (FCP) Di Maria (SLB) ou Nivaldo, Dady e Meyong), ou fazendo-os jogadores desde cedo nas suas próprias escolas – sendo que o Sporting é indiscutivelmente o melhor exemplo com Figo, Simão, Quaresma ou Nani, entre outros prestes a sair.

O Belenenses parece ter chegado à maturidade neste segundo aspecto. Jovens feitos jogadores nas suas escolas brilham em várias competições e têm cada vez mais mercado. Rolando e Ruben Amorim jogam na primeira equipa há mais de duas épocas. Estiveram na final do Jamor, qualificaram-se para a UEFA, jogaram contra o Bayern de Munique, jogaram pelos Sub-21 – estão uns belos jogadores!

Outros jogadores das escolas vão seguindo as suas pegadas, como é o caso de Mano e Gonçalo Brandão. Enquanto no caso destes o Belenenses parece precaver-se a tempo com as renovações dos seus contratos, já nos casos de Ruben Amorim e Rolando o nosso Clube defronta-se com o problema das renovações. Tanto o centrocampista, como o defesa central são jogadores que ganharam destaque no onze da Cruz de Cristo, jovens e com margem de progressão. A pressão acentua-se e continuará nos próximos meses a crescer.

O Belenenses ofereceu renovações aumentando o valor dos ordenados e tentando fixar cláusulas, mas há resistências legítimas da parte dos jogadores. Há alguma contestação pelo facto da Direcção nestes dois casos estar possivelmente a tratar dos processos demasiadamente tarde. Veremos onde vai isto dar!

No entanto acho que vai chegando o momento de encararmos a questão de frente. Partindo do pressuposto (até possivelmente incorrecto mas que me parece o mais provável) de não haver tecto salarial/competitivo para oferecer aos jogadores algo que lhes interesse, o que deve o Belenenses fazer nos casos de Rolando e de Ruben Amorim? Dê-nos a sua opinião e vote!

O que deve o Belenenses fazer nos casos de Rolando e de Ruben Amorim?
	Tentar negociar com outros clubes e jogadores possivel colocação na reabertura de mercado em Janeiro
	Nada. Mais vale termos dois bons jogadores até ao fim da época mesmo que depois saiam a custo zero.
	Enquanto não renovarem não jogam.
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Saudações Azuis!

Ainda a UEFA – Assistências no Restelo

O "Treinador de Bancada" desta semana está inserido na série de artigos de opinião relativos à participação do Belenenses na Taça UEFA 2007/08.


Pegando no post de João Oliveira Diniz gostaria de dizer que concordo com a forma como desenvolve o seu raciocínio e a conclusão a que chega no final (e aqui parto do jogo da UEFA para o resto da época) - o Maior problema do Belenenses de hoje é levar os adeptos ao estádio.

No entanto, ao contrário do que deixou subentendido no seu comentário, entendo que a assistência naquele jogo foi péssima!

Apesar do preço dos bilhetes, sobre os quais parece existir uma certa unanimidade no erro cometido nas exorbitâncias pedidas aos não sócios que estiveram no lado poente, e de pouco se ter falado nos Media sobre este encontro nas vésperas do mesmo, não deixa de ser uma vergonha que um Clube que:

a) se diz dos maiores do país;
b) que está numa competição europeia na qual não participava desde a década de 80;
c) que recebe um dos melhores clubes do mundo com jogadores que por si só são atracção e enchem estádios;
d) sem transmissão televisiva;
e) com um bom horário;
f) com a eliminatória em aberto;

... nem consiga levar 10 mil pessoas ao estádio!!! É muito, muito mau!

Não que eu vá sempre ao estádio, mas indago-me sinceramente sobre quantos serão os belenenses de hoje!!!

O Belenenses tem que promover idas de simpatizantes ao estádio com preços banais para acompanhantes, equiparados aos associados – 2 ou 3 por sócio - para que possamos levar filhos, netos, mulheres, amigos, vizinhos … e assim se vão fazendo de hoje e amanhã!

Vamos fazer por ter o Restelo com uma moldura humana decente e aos níveis dos pergaminhos históricos do nosso Clube!

Saudações azuis!
Henrique Cruz dos Santos

Parágrafos desaparecidos...

Por lapso, não foram publicados os dois ultimos paragrafos da crónica "UEFA – Belém de cabeça erguida!" do nosso Treinador de Bancada .

Como mais vale tarde do que nunca, voltamos a publicar as notas finais desse artigo:

Notas Finais:

- O Belenenses fez uma boa figura, traz a discussão da eliminatória para Lisboa fazendo com que muita gente que nunca do Belenenses tinha ouvido falar nos passasse a conhecer.

- Financeiramente parece que a aventura na UEFA trará aos cofres do Restelo um valor entre 500 mil e 1 milhão de €, sobretudo com as transmissões televisivas em Portugal e na Alemanha. Ou seja, sensivelmente cerca de 20% do nosso orçamento anual. Nada de desprezível!!!

- “Nota interna” para o meu agradecimento aos mais de 100 votantes no inquérito nestas crónicas do “Treinador de Bancada” lançado na véspera no jogo em Munique, e os Parabéns aos 27% que acertaram no 5-3-2 inicial de Jesus …

- Nota Negativa para o conjunto das prestações das equipas portuguesas nesta jornada europeia. O FC Porto, Sporting e Paços de Ferreira podiam ter feito valer o factor casa, apesar de jogarem com adversários mais fortes. A nossa derrota, da União de Leiria e do Benfica eram esperadas. Já o Braga parece que teve muito azar mas o que é facto é que era a única das sete equipas nacionais que jogava com um adversário mais fraco – espero que dê a volta à eliminatória e se qualifique para a fase de grupos da Taça UEFA. No cômputo geral Portugal só conseguiu um ponto, arriscando-nos a que caiamos para 9.º ou 10.º no ranking da UEFA, o que equivale a dizer 1 Equipa directamente na Liga dos Campeões, outra na Pré Eliminatória e só duas na UEFA – o 3.º classificado e o representante da Taça de Portugal. Ou seja, cenário assustador para todo o futebol português!!!

Saudações Azuis e vamos tentar surpreender a Europa a 4 de Outubro num Restelo cheio!!!

UEFA – Belém de cabeça erguida!

Uma derrota é sempre uma derrota, mas há atenuantes. Quando se joga com a mais forte equipa em prova na UEFA, com um orçamento quase 100 vezes superior ao nosso, num estádio com mais de 65 mil pessoas a puxarem pela equipa adversária e quando muita gente vaticinava uma “sova” de golos, perder por 1-0 não pode ser considerado um mau resultado, ainda mais atendendo à prestação da equipa durante todos os 90 minutos.

Jorge Jesus alcançou o objectivo pretendido para a primeira parte da eliminatória – trazer a passagem à fase de grupos para ser decidida em Lisboa.

O nosso matreiro treinador trocou as voltas a Bayern de Munique ao dispor o seu onze tacticamente de uma forma distinta do que sempre fez desde que comanda a turma do Restelo. A aposta num 5-3-2 (em que não me lembro de ver o Belenenses jogar desde dos tempos de João Alves como treinador) deu solidez no miolo, e nas laterais permitiria aos defesas laterais, Cândido Costa e Rodrigo Alvim subirem quando a equipa atacava. As substituições ao longo do jogo perpetuaram este modelo de jogo trocando-se peças ou por já estarem amareladas (Cândido Costa), ou por cansaço/sub-rendimento (Silas por Fernando e Evandro Paulista por João Paulo Oliveira).

Com uma defesa bastante segura e com poucas falhas durante todo o encontro, a equipa portuguesa teve a bola no pé e até duas ou três oportunidades, fruto sobretudo de um Ruben Amorim que está a jogar cada vez melhor e a José Pedro, que teve ontem a sua melhor exibição da época, apesar de estar a jogar numa posição mais recuada do que a sua habitual.

Se atendermos somente ao jogo acho também que esta crónica se poderia chamar “Faltam os últimos 20 metros”, já que é no capítulo da finalização em que o Belenenses mais têm pecado. Pode ser que os ares da Madeira voltem a propiciar uns “golinhos” como na época passada!

Quanto ao Bayern o que dizer ?!?!? … é um colosso e tem jogadores de outro mundo que com um ou dois toques a menos que os nossos põem a bola literalmente onde querem. Ribéry obrigou Cândido Costa a ter que ser substituído ao intervalo para não ser expulso; Zé Roberto mexeu em todo o meio-campo; e Luca Toni é um ponta de lança a sério, dos que tanta falta fazem no futebol português, e na selecção!

Notas Finais:

- O Belenenses fez uma boa figura, traz a discussão da eliminatória para Lisboa fazendo com que muita gente que nunca do Belenenses tinha ouvido falar nos passasse a conhecer.

- Financeiramente parece que a aventura na UEFA trará aos cofres do Restelo um valor entre 500 mil e 1 milhão de €, sobretudo com as transmissões televisivas em Portugal e na Alemanha. Ou seja, sensivelmente cerca de 20% do nosso orçamento anual. Nada de desprezível!!!

- “Nota interna” para o meu agradecimento aos mais de 100 votantes no inquérito nestas crónicas do “Treinador de Bancada” lançado na véspera no jogo em Munique, e os Parabéns aos 27% que acertaram no 5-3-2 inicial de Jesus …

- Nota Negativa para o conjunto das prestações das equipas portuguesas nesta jornada europeia. O FC Porto, Sporting e Paços de Ferreira podiam ter feito fazer valer o factor casa, apesar de jogarem com adversários mais fortes. A nossa derrota, da União de Leiria e do Benfica eram esperadas. Já o Braga parece que teve muito azar mas o que é facto é que era a única das sete equipas nacionais que jogava com um adversário mais fraco – espero que dê a volta à eliminatória e se qualifique para a fase de grupos da Taça UEFA. No cômputo geral Portugal só conseguiu um ponto, arriscando-nos a que caiamos para 9.º ou 10.º no ranking da UEFA, o que equivale a dizer 1 Equipa directamente na Liga dos Campeões, outra na Pré Eliminatória e só duas na UEFA – o 3.º classificado e o representante da Taça de Portugal. Ou seja, cenário assustador para todo o futebol português!!!

Saudações Azuis e vamos tentar surpreender a Europa a 4 de Outubro num Restelo cheio!!!

Especial UEFA – que equipa para actuar de início frente ao Bayern de Munique?

Depois dos primeiros 3 sofridos pontos para o Campeonato as atenções voltam-se para o regresso do Belenenses às competições europeias e logo contra o poderoso Bayern de Munique.

Confesso que a notícia da não convocatória de Gabriel Gomez, ou como a sua camisola menciona - Gavilan, me surpreendeu bastante, parecendo-me a razão apresentada do excesso de viagens de avião bastante estranha. Mas não tenciono explorar esse ponto para não lançar boatos ou discussões supérfluas num momento que não interessa. Não viajou, por isso não joga no encontro que a maioria de nós seguirá na RTP1 às 18h desta 5.ªF dia 20.

Jorge Jesus escalonou 20 jogadores para o encontro desta 5.ªF na Alemanha. Uma equipa com toque de samba e onde entendo que o único trinco de raiz faz muita falta. Gabriel Gomez, o substituto natural de Sandro Gaúcho no plantel desta época, é o único jogador que podemos considerar como médio defensivo, aquele que deve destruir o jogo.

Como é que este treinador de bancada percepciona o que se pode estar a passar na cabeça do verdadeiro treinador? Jorge Jesus gosta de surpresas e já alegou em entrevistas que o objectivo será trazer a eliminatória em aberto para o Restelo – em poucas palavras isto para mim significa contra-ataque. Apesar de não ser hábito apresentar grandes revoluções a ausência de Gomez, de Hugo Leal e de Mano na convocatória implica uma de duas coisas:

a) ou bem que o Zé Pedro recua para tarefas mais defensivas acompanhando Ruben Amorim no miolo, entrando ou Fernando ou o jovem Rafael Bastos, ou subindo o Cândido Costa para médio dando a lateral a Amaral;

b) ou prepara-se para fazer alterações no sistema táctico apostando num 5-3-2 ou 5-4-1 – neste caso Hugo Alcântara jogaria a líbero atrás dos centrais Rolando e Devic, dando mais liberdade a Cândido Costa e a Rodrigo Alvim para explorarem as laterais.

Por um lado sou levado a acreditar que Jesus não fará revoluções. Experiências em jogos a doer não costumam dar grandes resultados!!! Por outro lado tenho aqui um dedinho …

Gostaria de convosco partilhar as minhas dúvidas e convidá-los a tornar esta crónica mais interactiva, participando num inquérito sobre qual a equipa que jogará de início na Baviera.

Digam de vossa justiça no inquérito aqui apresentado.

Quem vai jogar no meio-campo azul frente ao Bayern de Munique, para alem de Ruben Amorim, Silas e Ze Pedro?
	Candido Costa
	Fernando
	Rafael Bastos
	Mais ninguém pois jogaremos com 5 defesas
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Saudações Azuis!

Análise à entrevista de Jorge Jesus

Agora que o enfoque futebolístico volta a deixar de estar com a nossa selecção e regressa aos clubes, proponho uma análise a algumas das passagens da extensa entrevista que o treinador do Belenenses, Jorge Jesus (JJ), deu ao diário desportivo O Jogo no passado dia 10.

Este tema parece-me relevante pois, não só a entrevista é muito completa - abordando a actual fase da equipa, as relações Treinador-Direcção, a UEFA e o futuro do Belenenses – como acredito que muitos dos sócios e simpatizantes do Belenenses e leitores deste blog não tiveram acesso à mesma. Nesse sentido proponho algumas citações dos pontos que pessoalmente entendo mais relevantes, a que junto alguns comentários pessoais:

A Equipa

JJ - “O Belenenses não tem nada a ver com a [equipa] do ano passado. Estamos a construir uma equipa para ficar entre os dez primeiros. Se assim for, será muito bom. Quem pensar que o Belenenses tem poder e capacidade para repetir o que fez no ano passado está bem enganado. É impossível repeti-lo. Estou apenas a ser realista. Não digo isso para tirar responsabilidade”

JJ - “Oriento miúdos que ainda não sabem o que é o jogo. Só o Sporting tem uma média de idades inferior”

Eu estou bem enganado! Obviamente que apesar de se reconhecer que houve bastantes alterações no plantel não se aceitará que o Belenenses termine a época ficando só na primeira metade da tabela. A luta pela UEFA é o objectivo e tem que ser uma realidade todos os anos. Todos – não de dez em dez. Acredito que mais do que realista, Jorge Jesus tenta claramente tirar alguma responsabilidade que, bem ou mal, lhe é exigida atendendo aos resultados da pretérita temporada e aos reforços que entretanto chegaram.

JJ - “Nunca pensei que o Dady e o Nivaldo saíssem. Isso paga-se, e o Belenenses vai pagar durante os primeiros meses, enquanto não conseguir trabalhar os jogadores com o tempo que tive no ano passado.”

JJ - “São jogadores [Silas e Zé Pedro] que ainda não atingiram o nível habitual. Esse é outro dos factores para que a equipa não esteja tão bem.”

A equipa está a pagar pela sua falta de coesão por muitos dos jogadores serem novos no grupo e pela baixa de forma de alguns jogadores vitais, como os dois mencionados. Tal como na época passada, acredito que a segunda volta, com uma equipa mais una e mecanismos rotinados, será melhor que a primeira.

JJ - “Essa é a minha riqueza de treinador: potenciei os jogadores desportivamente e em termos económicos. É o que tenho feito, e dá-me um grande gozo. Tenho de descobrir a mina para ter ouro.”

Potenciar jogadores é sem dúvida uma das mais valias de Jorge Jesus, e a “invenção” Dady é o melhor exemplo disso no Belenenses. No entanto acredito que o actual Treinador do Belenenses tem também outras duas particularidades que o tornam um dos melhores na sua profissão em Portugal. Primeiramente a capacidade de leitura de jogo, não tendo receio de mudar a equipa mesmo que seja a meio da primeira parte. A segunda é a coesão e exigência que cria no grupo.

UEFA

JJ – “Queremos um resultado que faça com que as pessoas acreditem que, no segundo jogo, ainda possa ser possível vencer a eliminatória. O objectivo é trazer a eliminatória para Lisboa ainda por definir.”

Mais do que a “fava” que nos calhou no sorteio da UEFA acho que tivemos azar no facto do primeiro jogo ser na Baviera e não no Restelo. Por isso é realista a análise de trazer o jogo por definir para Portugal – pode ser a diferença entre uma assistência de 5 mil ou 15 mil adeptos, o que não é desprezível em termos de receita de bilheteira.

Futuro Azul

JJ - “Se o Belenenses quiser ser o quarto clube em Portugal, não pode pensar só pelas épocas desportivas. Terá de potenciar os jogadores da formação, mas precisa de condições. O Braga está a projectar um centro de estágio, o Guimarães já tem um complexo, e os três grandes também. Se o Belenenses não arranjar um, vai ser, nos próximos anos, ultrapassado por outros clubes.”

Ora aqui está aquele que para mim é o grande assunto da entrevista. O dinheiro das vendas desta e das próximas épocas deve, no meu entender, servir para potenciar as condições do Clube, para que se cresça sustentadamente, criando uma marca “Belenenses” nos jogadores, nos métodos de trabalho e no forma de jogar.

Já a expressão “ultrapassado” é discutível. Nos últimos 20 anos as classificações não têm estado à altura dos pergaminhos históricos do Clube. Não se pode ser ultrapassado por uma equipa como o SC Braga que nos últimos 3 anos ficou em 4.º lugar e que é o principal candidato a fazer o mesmo esta época.

Saudações azuis e que ganhemos os primeiros 3 pontos da época, no Domingo, frente à União de Leiria!

Uma Paragem Desejável

Com o calendário da selecção nacional a impor uma paragem de duas semanas as equipas agradecem e partem para um trabalho de maior integração dos seus plantéis. Esta busca de ritmo competitivo é tão mais relevante quanto as contratações de última hora têm um cada vez mais relevante peso; No Benfica, com a mudança de treinador, chegaram à Luz meia-dúzia de novos jogadores, o Boavista continua a contratar e no Restelo desembarcaram um central (Hugo Alcântara), um Guarda-Redes (Schmit), e dois avançados brasileiros (para substituir Dady e o dispensado Muñoz).

O próprio crescimento exibicional do Belenenses (de fraco para razoável) mostra que esta paragem pode ser útil para que o Treinador Jorge Jesus cimentar o seu trabalho. Falando somente de jogos oficiais: de um jogo fraco na Figueira, passámos para o grande falhanço da época até agora – a derrota caseira com o SC Braga, para melhorar bastante no encontro de Alvalade.

Concordo com a crónica do Luciano Rodrigues quando diz que se começa a perceber o que será o esqueleto da equipa titular desta época.

Hugo Alcântara aterrou vindo da Polónia e passou logo a titular, o que se percebe pela insegurança que a dupla Rolando-Devic vinha transmitindo aos adeptos mas sobretudo ao resto da equipa.

Gomez parece-me também uma peça muito relevante no meio-campo azul: perde-se aparentemente a técnica e capacidade de passe do Hugo Leal no onze mas liberta o Ruben Amorim para as funções de centrocampista, onde realmente joga bem como se viu em Alvalade (que grande jogo!!!). Por outro lado, como já venho defendendo noutras crónicas do Treinador de Bancada, a grande vantagem de jogar com um verdadeiro trinco como o panamiano passa por libertar os laterais para tarefas mais ofensivas, o que também empurra o meio-campo para a frente, onde podemos fazer uso da meia distância (onde temos capacidades com o Zé Pedro, Ruben, Fernando, Silas ou Hugo Leal), ou jogar pelas alas.

Continuamos no entanto com o problema do N.º 10. Como muitos vimos aqui manifestando neste blog está na altura do Zé Pedro começar a “abrir o livro”, ou então de dar lugar a outro. Eu pessoalmente, se o Hugo Leal recuperasse a tempo, gostaria de o ver a titular a “10” frente ao Leiria.

Entendo que no meio-campo estará a chave para começarmos a fazer golos. Temos um média de 1 golo por 270m. O que é bastante fraco. E se pensarmos em oportunidades claras tenho dificuldade em lembrar-me de alguma sem ser o remate ao poste do Ruben (meia distância …) ao minuto 43 em Alvalade, e do cabeceamento esbanjado pelo José Pedro no início da segunda parte nesse mesmo jogo. O ataque produzirá quando o meio-campo lhe der bolas.

Uma última palavra para a baliza. Costinha tem estado muito bem e Marco Gonçalves, que será o provável titular frente à União de Leiria, defendeu o penalti de Moutinho e não teve culpas no golo.

Gostaria ainda de deixar duas notas finais:

a) 1 Ponto é manifestamente pouco mas se pensarmos que o 6.º lugar, ocupado pelo Estrela da Amadora) só tem 4 pontos não é tão grave. Esperemos é que o Marítimo comece a perder o fulgor já no Dragão porque já vai com mais 8 pontos que o Belém.

b) Não consigo alinhar em cabalas de perseguições de árbitros, do sistema, etc. Em meu entender a arbitragem, do Sr. Xistra em Alvalade foi boa. Não tenho dúvidas quanto ao penalti e, apesar de mais discutível, acho o cartão vermelho bem mostrado. Quanto aos amarelos também não percebo a contestação. É normal uma equipa ser mais faltosa quando está a jogar tanto tempo com menos um jogador e a tentar agarrar o resultado.

Espera-se e anseia-se por uma vitória frente à União de Leiria!

Saudações Azuis!