sábado, dezembro 31, 2005

Feliz ano novo

L.Rodrigues

2005 chegou ao fim, e os Belenenses olham para 2006 com esperança de que aí venha um ano melhor que este que agora acaba. Não que este tenha sido mau, mas porque a sede de vitória Belenense não se satisfaz facilmente, e tantos são já os anos em que esperamos, paciente ou impacientemente, um êxito na principal modalidade no nosso país.

Durante este ano, também o Belenenses viveu profundas alterações. Logo no primeiro semestre, as eleições ditaram o desígnio dos destinos do nosso clube a uma lista que, assumindo-se de continuidade, pretendia alterar radicalmente algumas "rotinas" do clube. Os resultados imediatos não foram os melhores, e a contestação não se tardou a fazer sentir. Contingências próprias da responsabilidade assumida.

Quanto ao futebol, assumiram-se objectivos ambiciosos, fez-se uma planificação da temporada atempada e com um plantel de qualidade, mas todas as promessas que a equipa havia feito na pré-temporada caíram por terra após uma série negra de 9 jogos sem vencer. O plantel assumidamente curto do início da temporada, mas que apesar disso era capaz de "esgotar" o orçamento, tem claramente de ser reforçado e hoje parece ser praticamente garantida a contratação de Dady, ponta de lança do Estoril, com 5 golos marcados na Liga de Honra. Pessoalmente, esta contratação enche-me as medidas, pois é um jogador que muito aprecio. Resta saber como se adaptará ele às exigências da 1ª Liga.

Quanto às modalidades amadoras, e apesar de todas as fantásticas prestações em tantas modalidades, defino o sucesso deste ano em poucas palavras: Anaís Moniz é Campeã do Mundo Júnior de Triatlo. Está tudo dito!

Desejo a todos um óptimo 2006, com paz, saúde, amor, trabalho e, fundamental, vitórias do Belenenses!

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Um presente de Natal como deve ser

O nosso amigo Luca recebeu um presente de Natal como deve ser: "Foi a melhor prenda que recebi neste Natal. É Lindo. A partir de agora só bebo nesta garrafinha."

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Um abraço para o Luca!

quinta-feira, dezembro 29, 2005

As declarações de Couceiro

L.Vieira

As declarações do treinador do Belenenses na entrevista prestada ao jornal O JOGO na passada terça-feira levantaram muitas vozes de protesto dos vários adeptos azuis. (A entrevista pode ser consultada na integra aqui)

De facto, estas declarações são realmente uma vergonha. Vejamos:

O JOGO: Não lhe agrada muito pegar numa equipa a meio da época. O que o levou então a aceitar mais um desafio deste tipo?
José Couceiro: O FC Porto era um caso excepcional. Quando surge um convite deste tipo não se pode recusar. Contava continuar no FC Porto, mas não saí a mal com ninguém e foi uma opção minha. Também já disse publicamente que gostei muito dos quatro meses que estive lá. Mas agora isso é passado, acabou. Em relação ao Belenenses, pesou muito o facto de eu viver há 30 anos no Restelo, de ter aqui a minha família e encontrar um equilíbrio emocional e familiar que dificilmente encontraria noutro clube.
O JOGO: Se outro clube lhe tivesse proposto um cargo a meio da época, teria recusado?
José Couceiro
: Os clubes grandes, ninguém recusa, mas tive mais convites e não aceitei.
O JOGO: Sair do FC Porto e aceitar o Belenenses foi um passo atrás?
José Couceiro
: Um passo atrás foi, porque treinar o FC Porto é treinar um dos melhores clubes do mundo. Em termos de carreira, só tenho de provar que tenho qualidade e que merecia continuar no FC Porto. Não tenho rancor, nem estou aborrecido com ninguém. São opções que têm de ser tomadas.


Ou seja, ficámos a saber que para Couceiro existe claramente uma divisão entre os “3” e todos os outros clubes – o que significa que não percebe realmente os valores do clube – e que o que o levou a aceitar um cargo de treinador de uma equipa a meio da época foi o facto de viver na zona há 30 anos. Mas se fosse uma proposta de um dos “3” já era outra coisa. Depois diz que aceitar o Belenenses foi um passo atrás na sua carreira. Passo a citar “Um passo atrás foi …”. Ele disse mesmo isto? É obvio que infelizmente (já) não temos o “poder” que tínhamos antes, mas será que o nosso treinador não pensou que a entrevista ia ser lida pelos adeptos azuis? Não está ele a hostilizar os adeptos azuis? O que é que ele estava a pensar?? Isto é inacreditável.

O JOGO: Limitações da equipa?
José Couceiro
: De todos os níveis. Limitações que passam pela equipa ou pelo facto de termos pouco apoio dos adeptos no nosso estádio. As pessoas que vierem ao estádio têm de nos apoiar. Para irem ao estádio para estarem constantemente a assobiar, mais vale ficarem em casa. O Belenenses não tem vantagem nos jogos em casa. O Marítimo, Guimarães e Braga - sem falar nos três grandes - jogam com muitos adeptos em casa e isso é um factor que nós não temos. A equipa, sem público, perde a motivação.


Mais uma vez faz uma distinção entre os “3” e os outros mas em relação ao resto ele está a falar a verdade! O Belenenses não tem “factor casa”. E esta é a realidade.
No entanto, mais uma vez, a forma como Couceiro fala é inaceitável!! Ele diz “Para irem ao estádio para estarem constantemente a assobiar, mais vale ficarem em casa” e concordo, mas não sou o treinador do Belenenses! e por isso, nunca posso dizer essas palavras à comunicação social. O que ele devia fazer era apelar aos sócios para modificarem o seu comportamento no estádio. O que ele devia fazer era, em todas as entrevistas e declarações que faz à comunicação social, convidar todos os sócios e adeptos a apoiar a sua equipa nos próximos desafios. Ele devia aproveitar todas as oportunidades para anunciar que os preços praticados no Restelo – sócios desde 3€ e não sócios desde 7,5€ – são dos mais baratos no campeonato português. É incrível que os novos preços dos bilhetes no Estádio não sejam conhecidos – responsabilidade da Direcção e da SAD – mas isso já é outra conversa.

Muitos defendem que o JC deveria ser imediatamente demitido. Mas se isso acontecesse quais as consequências para o Belenenses? Eu penso que seria muito pior, e por isso, vou dar mais uma oportunidade ao treinador azul. Espero que tal como Carvalhal soube melhorar o seu discurso (comparem o que ele dizia no inicio com, por exemplo, a carta dirigida à Nação Belém) que o JC se identifique com os verdadeiros valores do clube e que corrija o seu discurso. Espero que ele perceba que o Belém não é um clube qualquer. Ele que compreenda que o que somos agora é apenas uma amostra do que já fomos, mas que a esmagadora maioria dos sócios e adeptos azuis é adepta do que o Belém já foi e do que tem esperança que volte a ser. O treinador, como qualquer funcionário do clube, também tem que acreditar que o clube vai voltar a ser o que era. Nós não somos, nem queremos ser um dos “3”, mas também não somos um dos “outros”. Temos uma identidade própria. Somos Belenenses.

Recordação do "15" e do "CM"

L.Rodrigues

Ao ler umas trocas de comentários no Blog Terceiro Anel, em que se falava do jogo Championship Manager (hoje em dia, Football Manager, o “verdadeiro” mudou de nome) e das estrelas desconhecidas do jogo, veio-me uma recordação à memória. Falava-se de nomes que se vieram a mostrar como Quaresma ou Ibrahimovic, e de outros que nunca se mostraram, como Tonton Zola Moukouko ou Kennedy Bakircioglu. E, até mesmo, daqueles que nunca existiram na realidade, de que o exemplo maior é esse mito, Tó Madeira de seu nome, “jogador” do Gouveia.

A esta hora estão aí uns 90% dos bloguistas azuis a pensar que eu ensandeci de vez. Porque raio havia de estar a falar disto???

Em primeiro lugar, porque nos últimos dias tenho vivido perseguido pela ideia de que o Ivanildo vem aío único lado positivo da coisa, é que não é o Carlitos! Sinceramente, até é um miúdo que aprecio, mas o Ivanildo??? Não há por aí nada melhor? Porra, eu nem gosto particularmente do Marco Ferreira, mas ele acabou de rescindir com o Penafiel… ok, tinha decidido que antes de se confirmar, não voltava a falar no assunto, portanto fico por aqui.

Voltando ao tema do dia, lembrei-me de uma história que vem do baú das recordações e me apetece partilhar convosco: afinal é Natal, estamos naqueles dias entre o Natal e o Ano Novo em que nada de especial se passa e já toda a gente tem montes de planos para a noite de passagem de ano e só nós tememos passar a meia-noite na BP do Restelo.

Corria o Verão de 1996 (meu Deus, já lá vão quase 10 anos, parece que foi ontem) e vinha da Baixa no 15, num fim de tarde como tantos outros. Sempre tive um prazer imenso em andar no 15, por toda a “aura” que o envolve e transforma Lisboa num “postal turístico”. “Topar” os carteiristas, ver cinquentões de fugir a piscar o olho a uma sueca, conhecer alguém estrangeiro numa altura em que a Internet pouco desenvolvida estava e a máxima comunicação “on-line” era uma BBS de Miraflores onde jogava Risco e consultar o e-mail de quando em vez (na verdade, durante uns 3 anos recebi 2 e-mails de um amigo Dinamarquês, e o meu e-mail era o do meu irmão!). Escusado será dizer que rara era a viagem no 15 em que não travava conhecimento com um músico Húngaro que ia actuar no CCB ou com um casal de idosos Sul-Africanos encantados com o fim de tarde lisboeta.

Eis então, toda a ligação entre Championship Manager e o “15” . Na altura, havia sido lançado uns meses antes, pela primeira vez, o Championship Manager português, uma edição da desaparecida Bimotor. Era viciadíssimo no jogo e fui Campeão Europeu com o Belenenses 6 vezes em 8 épocas. Na minha equipa pontificavam jogadores como Raul (sim, o do Real Madrid!), Lito, Acuña e Monga (vá, não se riam). Era uma equipa verdadeiramente demolidora.

Ia então eu no “15” quando se senta à minha frente um casal pelos seus 30 anos, com ar estrangeiro. Uns minutos depois, e já lhes estava a dar indicações, pensando serem espanhóis. Depois de lhes explicar o que me perguntaram, rapidamente lhes perguntei de onde eram. Santiago, Chile, foi a resposta. Perguntam-me então se eu conhecia alguém chileno, ao que eu respondi de imediato Ivan Zamorano, apesar do meu primeiro pensamento ter ido para Clarence Acuña, o “patrão” da minha equipa do CM. Mas, afinal, eu tinha contratado o jogador ao O’Higgins (nunca mais na vida conheci um jogador que lá tenha passado), nem eles o deviam conhecer. Cala-te boca.

Perguntaram-me então se eu não conhecia mais ninguém do Chile, e eu aí, a medo, respondi um jogador do O’Higgins chamado Clarence Acuña. Cheio de medo porque não sabia se o raio do jogador chileno não seria uma invenção dos tipos do CM!

Veio então o impensável: o homem desatou a rir-se que nem um perdido, a mulher ficou lívida a olhar para mim, e eu sem perceber o que se passava. Até que a Chilena, muito devagar, me perguntou se eu conhecia o Clarence Acuña, do O’Higgins. Eu disse que sim, e aí descobri que ele era irmão do marido dela!!! De realçar que na altura o Acuña teria uns 20 anos, era desconhecidíssimo, não jogava na selecção e eles estavam do outro lado do mundo. Eu fiquei encantado e eles pasmados! Encontrei o irmão do Acuña no 15!!!

Curioso como um jogo pode trazer-nos tantas memórias. O Championship Manager traz-me muitas memórias ao longo dos últimos 12 anos. Desde o Bari de Gianluca Ricci, ao Hartlepool de Tony Skedd, ao Crewe Alexandra de Danny Murphy ou, ultimamente, ao Belenenses de Marco Aurélio. Em época natalícia, aqui fica o meu reconhecimento pelos milhares de horas de felicidade que o Championship Manager me proporcionou em 12 anos.

Amadoras: Pólo Aquático

Artigo de Joaquim Sousa publicado no jornal Norte Desportivo em 20 de Agosto.

Técnico quer colocar o clube nos lugares cimeiros.
Tó Bé regressa ao Belenenses

Tó Bé está de regresso ao Belenenses em 2005/06 com o objectivo de colocar a eqipa do Restelo nos lugares cimeiros da I Divisão.

Tó Bé será o novo treinador do Belenenses na época 2005/06, sucedendo no cargo a José Augusto. O técnico regressa ao clube do Restelo, depois de já ter levado a equipa, nos anos 90, ao terceiro lugar no Campeonato Nacional da I Divisão, à conquista do Campeonato Regional de Lisboa e do Torneio de Évora. Foi depois convidade, pela Federação Portuguesa de Natação, para ocupar o cargo de seleccionador feminino, que viria a exercer ao longo de três temporadas.
Paralelamente assumiu o comando do Benfica (I Divisão A2). Mais tarde, o novo elenco federativo, eleito no final de 2004, reformulou o departamento técnico e dispensou Tó Bé. Assumiu o projecto do Sporting (II Divisão) em 2004/05. tó Bé não conseguiu que a equipa chegasse à fase nacional da II Divisão, mas viria a conquistar, a título excepcional, o Campeonato Regional de Verão, organizado pela Associação de Natação do Norte de Portugal.

continua...

Convidado para orientar o Belenenses, Tó Bé não hesitou. "Houve convites a outros técnicos, mas não aceitaram. Achei que seria um desafio aliciante e aceitei", afirma a O NORTE DESPORTIVO, o novo técnico do clube da Cruz de Cristo.

"O objectivo é vencer e colocar o Belenenses num lugar mais acima daquilo que tem conseguido. Tem de ser um clube para andar nos lugares cimeiros da tabela", considera Tó Bé, que prefere esperar pela publicação do Regulamento de Competições de 2005/06, no sentido de traçar metas mais especificas.

O Belenenses tem andado afastado das primeiras posições do Nacional da I Divisão.O clube do Restelo foi sétimo classificado na época que findou, tendo sofrido a humilhação nos oitavos-de-final da Taça de Portugal, ao ser derrotado pelo FOCA, equipa do escalão inferior.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Entrevista a Meyong - Futebolista

Entrevista de Meyong à Revista Futebolista em 01 de Outubro.

Meyong
"Gostava de ser o melhor marcador do campeonato"

Foi o herói do V.Setubal e carrasco do Benfica na ultima edição da Taça de Portugal, ao marcar o golo que selou a vitória dos sadinos por 2-1 e que colocou de novo o clube da terra de Bocage e... de Mourinho, na rota da UEFA. Falamos de Meyong, que durante o defeso decidiu trocar a montra europeia pelo projecto do Restelo.

1 - Sabendo de antemão que ia participar na Taça UEFA pelo V. Setubal, o que o fez optar pelo Belenenses, que "só" vai disputar o Campeonato nacional e a Taça de Portugal.
O que me seduziu foi o projecto que o Belenenses me apresentou e que eu achei uma boa proposta. As condiçõies do clube tambem são boas (melhores do que eu pensava), e depois o treinador Carlos Carvalhal, com quem eu já tinha trabalhado algum tempo no V. Setubal, foi determinante e uma das principais razões por eu ter assinado.

2 - Mas falou-se na possibilidade do Meyong rumar ao estrageiro? O que é que se passou para a transferência não se concretizar?
Tive de facto várias propostas do estrangeiro e até melhores financeiramente, mas como não era uma boa altura para eu me mudar por questões familiares (a mulher estava grávida), optei por ficar. Mas pessoalmente gostaria de sair e o meu objectivo passa por continuar a trabalhar para no futuro jogar no estrangeiro.

3 - O Meyong já está em Portugal há cinco anos. Se houvesse o interesso dos "três grandes" na sua contratação continuava a preferir o estrangeiro?
Ai já me fazia pensar duas vezes e ia depender de qual a equipa no estrangeiro que estava interessada. Mas agora é lógico que seria muito bom para mim jogar num dos "grandes". Qualquer jogador que está em Portugal sonha um dia lá jogar e eu não fujo à regra.

continua...

4 - E no Belenenses, quais são as suas expectativas? O clube foi dos que mais se reforçou, o que é que se pode esperar desta equipa?
O projecto que me apresentaram foi o de lutar pela Europa e foi por isso que eu assinei. O Belenenses tem um bom grupo e esse grupo merece estar lá em cima e seu que se eu fizer uma boa época e se marcar muitos golos posso ajudar a equipa a aitngir os objectivos.

5 - E em termos pessoais, quais são as suas metas? Ser o melhor marcador do campeonato é uma delas?
Sim, gostava de ser o melhor marcador do campeonanto, mas se puder trocar entre o melhor marcador e atingir o objectivo do Belenenses, eu vou escolher os objectivos da equipa. O que eu espero é fazer mutios golos e de preferência que esses golos ajudem a equipa a ganhar.




Nome: Albert Meyong Ze

Data de nascimento: 1980/10/19

Naturalidade: Yaoundé (Camarões)

Peso: 71 kg

Altura: 1,81 m

Posição: Avançado

Número: 21

Trajectória:
- 1997/98 - C. Yaoundé (Camarões)
- 1998/00 - Ravenna (Itália - 2ª divisão)
- 2000/05 - V. Setubal
- Desde 2005 - Belenenses

Titulos:
- Campeão Olimpico 2002
- Taça de Portugal 2004/05

Números em Portugal:
- 158 jogos
- 61 golos




Rogger Milla, o ídolo de sempre e para sempre
Meyong é avançado e originário dos Camarões. Como tal, quando lhe perguntamos que é o seu idolo, nem hesita: o mitico goleador da selecção dos Camarões, Rogger Milla. "Sempre foi o meu idolo. Cresci a ouvir falar nele e quando estava nos Camarões sempre que falávamos de avançados só pensávamos no Rogger Milla. Em cada oportunidade que tinha, normalmente fazia golo e nunca ninguem o conseguir igualar e nem sei se alguma vez o vão conseguir fazer." E a duvida é pertinente. Rogger Milla foi uma estrela aos 38 anos no Mundial de Itália (1990) por ter levado a selecção dos Camarões aos quartos de final, algo inédito para uma selecção africana.
Depois disso ainda participou no Mundial de 1994, nos EUA, com 42 anos onde apontou um golo e se tornou no jogador mais velho a marcar numa fase final de um Campeonato do Mundo.

Apurar o instinto
Apesar de já ter marcado 61 golos nos cincos anos que leva em Portugal, Meyong não está satisfeito com a sua média, nem se considera ainda um goleador. "Acho que ainda não sou um verdadeiro matador." À partida este é já um numero bastante aceitável para um avançado a actuar em Portugal, nomeadamente porque jogou sempre em equipas de menor dimensão, mas Meyong quer mais. "Tenho capacidade para fazer mais golos e apurar mais o instinto. Preciso de ser mais frio à frente da baliza. Há momentos em que sou frio e há momentos em que não o consigo ser, e o que quero é trabalhar para ter sempre a mesma frieza". O Belenenses agradece...

Curiosidades
- A sua estreia em Portugal ocorreu pela mão de Rui Águas, o actual treinador adjunto de Jesualdo Ferreira no Sp. Braga, num jogo frente ao Rio Ave a 4 de Março de 2000 que terminou com uma vitória por 2-0 dos "sadinos". O avançado jogou 45 minutos.
- Apesar de já ter tido vários treinadores. Meyong não esquece Jorge Jesus. "foi o que mais me ajudou a adaptar ao campeonato português e o que me ensinou mais coisas".
- A preferência do jovem avançado do Belenenses pelo campeonato francês tem uma forte explicação: "Porque é muito visto nos Camarões".
- Actualmente o jogador que Meyong mais aprecia é Drogba, do Chelsea. "Ele faz tudo. Luta, ajuda, joga, corre, marca golos. Pratica um futebol completo, o que é cada vez mais importante. Não é só um jogador para estar parado lá na frente a marcar golos mas que ajuda a equipa"
- Quando chegou a altura de assinar pelo clube da Cruz de Cristo, as primeiras palavras de Meyong foram as seguintes: "Depois de não chegar a acordo com o Vitória de Setubal, escolhi a equipa que me oferecia as melhores condições de trabalho para continuar a minha carreira. Sinto que está a ser construida uma grande equipa".
- A sua estreia oficial pelo Belenenses ocorreu frente ao Sporting na primeira jornada da Superliga, que se saldou por uma derrota por 2-1 dos "azuis". O camaronês não marcou, apesar de ter estado perto de o faze, ainda o resultado estava 0-0. Na jornada seguinte, a estreia no Restelo foi brindada com dois golos frente ao U. Leiria, na vitória por 3-1, e uma grande exibição.
Promete...

Rugby: Rapsódia em azul aqueceu Monsanto

Artigo de António José Henriques publicado no Diário de Noticias em 23 de Dezembro.

Rapsodia em azul aqueceu Monsanto
A equipa do Restelo esteve quase perfeita e vulgarizou os campeões nacionais.

O Belenenses passou a liderar invicto a Divisão de Honra, após ter ido a Monsanto derrotar os campeões nacionais, por 35-17. Com quatro jornadas realizadas, os "azuis" têm cinco pontos de vantagem sobre o direito e Agronomia que aproveitou a vitória sobre o Benfica (15-12) para se chegar ao topo. Com a realização a meio da semana, das duas partidas que se encontravam em atraso, a prova entrou em férias natalícias até 7 de Janeiro, com todas as equipas a terem, finalmente, os mesmos jogos.

Na fria noite de Monsanto, o "quinze" do Restelo confirmou ser esta época a "besta negra" dos "advogados", depois da vitória na Supertaça, em Outubro. Este surgiram ainda com menos atitude e ideias do que frente ao Benfica - só escapou Miguel Portela, que bem tentou remar contra aquela amorfa maré, mas só com coração e sem a necessária frieza - mas desta feita tiveram pela frente uma equipa confiante, a respirar saúde e a defender como nunca lhe víramos.

continua...
Adam McDonald armou muito bem a sua "orquestra", que deu recital de uma "Rapsódia em azul" que Gershwin não desdenharia. A começar numa avançada móvel e combativa, com os pilares argentinos travestidos em pontas, e o asa João Uva - o melhor em campo - a ser sempre o primeiro a cair sobre a bola, até nos centros, onde Diogo Pinheiro esteve inultrapassável ao lado do sempre fiável Diogo "Rochedo" Mateus. E se Francisco Moreira estivesse nos seus dias - desperdiçou 15 pontos em pontapés! -, o resultado teria sido histórico.

Depois, foi uma questão de coleccionar um número recorde de turn overs (bola no solo era irremediavelmente "azul"), meter duras placagens, e somar ensaio atrás de ensaio (foram cinco no total), através do pilar Spachuk (num longo sprint de 50 metros!), Sebastião Cunha, João Uva e dois de Emiliano Castagnet. Quanto ao Direito, só marcaria um ensaio de penalidade e outro no derradeiro lance do jogo, dando a imagem de uma equipa que bem precisada está de férias.

terça-feira, dezembro 27, 2005

fazer contas

L.Vieira

Na época passada o quinto lugar (ultimo que este ano dá acesso à Europa) foi conquistado pelo Guimarães ao atingir 54 pontos. Por outro lado, a equipa que ficou em 15º lugar - U.Leiria - conseguir atingir os 38 pontos, e se fosse este ano desceria de divisão.

Assim, em teoria, o Belenenses para atingir o objectivo a que se propõs no inicio da época, tem que somar aos 20 pontos já conquistados mais 34.

Uma vez que este ano já foram disputadas 16 partidas estão em discussão 54 pontos (18 jogos). Pode-se então dizer que o objectivo inicial da época está a 11 vitórias e 1 empate de distância. Por outro lado, não descer está ainda a 6 vitórias de distância.

Faltam disputar os seguintes jogos em casa:
- Gil Vicente
- Sporting CP
- Penafiel
- FC Porto
- Naval
- Braga
- SL Benfica
- V.Setubal
- Académica

O Belenenses vai jogar fora frente a:
- U. Leiria
- V.Guimarães
- E. Amadora
- Rio Ave
- Boavista
- Maritimo
- Nacional
- P.Ferreira
- Gil Vicente

Agora é fazer contas. Quantos pontos podemos ainda fazer em casa? E fora?

domingo, dezembro 25, 2005

Belenenses no Mundo

R.Vasco

João Gonçalves

Bar Arco-Íris - Espiche


A rubrica "Belenenses no Mundo" está de volta, desta feita com uma pequena reportagem sobre um "cantinho" Belenenses escondido numa pequena vila algarvia, Espiche, a cerca de 10 minutos de Lagos.

João Gonçalves é sócio do Belenenses, bem como a sua filha de 22 anos, e gere este agradável bar, onde o desporto reina (são dezenas de camisolas e recordações de jogadores, treinadores e equipas), mas onde o Belenenses é figura central, ou não fosse o nosso clube o clube do seu coração. Ao Belenenses está dedicada toda uma parede, onde se encontram curiosidades como camisolas de vários jogadores azuis, a proposta de sócio de Ayrton Senna ou o prémio com que a Fúria Azul distinguiu o treinador Vitor Manuel, e que foi por este oferecido de forma a ficar exposto no bar.

Aqui fica o registo fotográfico, bem como o convite para uma visita dos bloguistas, de forma a deliciarem-se com o material exposto e "matarem a sede" de Belenenses do conssócio João Gonçalves, que vive o seu Belém à distância, sendo que prometeu ficar atento à blogosfera azul.

R.Vasco

Vista Geral do espaço dedicado ao Belenenses


R.Vasco

Mais uma foto da parede do Belenenses


R.Vasco

Foto e autógrafo de Cabral


R.Vasco

Camisola de Carrasqueira, Lacobrigense, que veio das camadas jovens do Esperança de Lagos para o Belenenses


R.Vasco

Camisola de João Paulo Brito


R.Vasco

Espaço dedicado a Lito, que inclui camisola e bracedeira de Capitão


R.Vasco

Espaço dedicado a Ayrton Senna, com a sua proposta de sócio no canto inferior direito da imagem


R.Vasco

Distinção oferecida pela Fúria Azul a Vítor Manuel (treinador), que este gentilmente cedeu ao "Arco-Íris" de forma a ficar exposta

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Estatisticas à 16ª jornada

L.Vieira

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EVOLUÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO
O Belenenses está classificado na 12ª posição tal como na época passada

continua...
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PONTOS CONQUISTADOS
Uma vitória na proxima jornada em casa frente ao Gil Vicente e igualavamos a melhor série de resultados deste ano.

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GOLOS MARCADOS vs GOLOS SOFRIDOS
17 golos marcados e sofridos fazem do Belenenses o 8º melhor ataque e a 9º melhor defesa do campeonato.

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EVOLUÇÃO DA PONTUAÇÃO
O Belenenses está a 17 pontos do primeiro classificado, 9 pontos de um lugar europeu (objectivo do clube) e a 3 pontos da despromoção.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Académica-0-1-Belenenses: Análise Individual

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M.S.Garçao

Marco Aurélio - Exibição tranquila, mas com muitos sustos, no entanto esteve sempre impecável, sem nunca complicar mostrou-se super seguro e conseguiu transmitir isso mesmo ao resto da equipa, um verdadeiro Imperador. 4

Sousa - Não tão activo como na semana passada, esteve bem em quase toda a partida, faltou "estômago" para acompanhar os alas nos minutos finais.No entanto cumpriu e transmite ao resto da equipa, como se deve comportar um jogador que leva a cruz ao peito. 3

Pelé - Muito forte, e sempre com a cabeça no lugar, "safou" o Beleneneses de alguns golos sofridos, rematando sempre para longe. Este homem não inventa, bom jogo. Levou um cartão Amarelo, mas bem, falta inteligente a meio campo que poderia ter sido perigoso. 4

Rolando - Realmente e como o Luciano disse a semana passada, e bem, começa a fazer uma boa dupla com Pelé, quando não estava um, estava o outro, no entanto tem que ser mais sereno e menos trapalhão . 4

Vasco Faísca - Realmente atacar não é com ele, e não lhe podemos obrigar a isso, se é defesa, então é mesmo isso que ele faz, defende com unhas e dentes a baliza do Imperador. 3

Rui Ferreira - Muito discreto mas sempre atento. 3

Rúben Amorim - O miúdo faz-se, e de que maneira, tem vindo a evoluir mas parece faltar-lhe duas coisas que virão com o tempo, mais cabeça e mais força nas pernas. Importantíssimo no meio campo. 4

Pinheiro - Um jogador que se esforça, vale sempre num plantel, no entanto falta-lhe técnica. 2

Paulo Sérgio - Esteve bem enquanto jogou, ou não é ele o pequeno Paulo Sérgio, corre em frente, corre para trás, ganha bolas, procura cruzamentos e golos, é sempre bom saber que está lá. 3

Ahamada - Outro jogador que vem a subir de rendimento, só não leva 5 porque se esquece muitas vezes de soltar a bola mais cedo e acaba sempre por dar um toque a mais, no entanto, parabéns pela actuação, bom passe para golo. Teve também ele várias oportunidades nos pés. 4

Meyong - Que mais dizer da sua postura? Meyong resolve. 5

Silas - Entrou na partida, mas mais uma vez não deu nada, apenas uns sprints, umas perdidas de bola e pouco mais. Pena para um jogador com tanta qualidade. 1

Djurdjevic - Jogou muito pouco mas ainda safou alguns lances, leva 2 pela determinação e vontade com que entrou em campo. 2

Romeu - Quase não tocou na bola. 1

José Couceiro - Acertou em cheio. Não sei o que disse aos jogadores durante o intervalo, mas que funcionou, ninguém o pode negar. Como marcámos cedo, não deixou a equipa recuar e procurou o segundo... Com a Académica a reforçar o ataque viu-se obrigado a descer no terreno, perante tanta emoção, não havia outra coisa a fazer. Bom trabalho, quer a nível táctico quer a nível de substituições. Queremos mais presentes destes Sr. Couceiro. Que seja Natal o resto da época.

Bom Natal a todos.

Académica - 0 - 1 - Belenenses - Lição bem estudada

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M.S.Garçao

Num jogo com pouca história para contar, o Beleneses entrou em campo com a mesma táctica com que jogara frente ao Paços de Ferreira.

Num estádio com cerca de 6000 espectadores, entre os quais alguns adeptos azuis, foi a Académica a criar as primeiras situações de perigo. A defesa parecia estar meio nervosa e por vezes perdida no jogo. No entanto por volta dos 20 minutos, o Belenenses começou a tomar conta do jogo a meio campo, haviam algumas tentativas de criar perigo junto à área de Pedro Roma, mas a equipa não parecia estar no seu melhor.

Boa troca de bola, mas com pouca profundidade, só Ahamada conseguia desequilibrar pela esquerda mas a bola acabaria sempre por sair pela linha de fundo, exceptuando dois perigosos lances que poderiam ter dado em golo, primeiro Ahamada remata em arco com a bola a razar o poste esquerdo, depois e já sobre os 45 minutos regulamentares, cruzamento de Paulo Sérgio e sem tocar no chão Meyong atira por cima, numa bela jogada de entendimento.

Na segunda parte e logo aos 30 segundos de jogo, Ahamada outra vez em destaque, faz uma excelente abertura para Meyong que com a ponta da bota faz a bola passar por cima de de Pedro Roma. O Belenenses parecia mesmo querer oferecer os 3 pontos como presente de Natal.

No entanto a partir daí tudo mudou, apesar de algumas jogadas perigosas em contra ataque. O Belenenses recuou no campo, e quem viu sabe o que custou ver pelo menos aqueles 25 minutos finais, ou melhor 30, visto o árbitro ter dado 5 minutos que não se justificavam.

A Académica procurou o golo por diversas vezes, gerou-se muita confusão na área azul, mas a bola acabaria quase sempre nas mão de Marco Aurélio ou afastada para fora das quatro linhas por um jogador. Sobre um enorme tensão e com os adeptos do Belenenses já em fúria, surge aos 96 minutos um lance polémico na área do Belenenses, que na altura não deu para analisar acertadamente. O árbitro pára o jogo e dirige-se para o fiscal de linha, fez-se silêncio total, e quando se pensava em penalti, o árbitro termina a partida de uma forma no mínimo insólita.

Foi possível ver um Belenenses ao mesmo nível da semana passada, não melhor que isso, no entanto conseguimos vencer num terreno nada fácil, procurámos sempre a vitória e todos os jogadores entregaram-se ao jogo de carne e osso, coisa que já não via à bastante tempo.

Existiu garra, faltas inteligentes a meio campo, determinação, e quando assim é....
Ninguém para o Belém.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Académica - 0 - 1 - Belenenses -> Bisámos!

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L.Rodrigues
Enviado-Especial - Manuel Salema Garção
Recolha de informação - Maisfutebol e Site Oficial do Belenenses

Académica - Pedro Roma, Nuno Luís, José Castro, Danilo, Ezequias, Pedro Silva, Roberto Brum, Paulo Adriano, Filipe Teixeira, Luciano e Marcel

Belenenses - Marco Aurélio, Vasco Faísca, Sousa, Rolando, Pelé, Pinheiro, Ruben Amorim e Rui Ferreira, Paulo Sérgio, Meyong e Ahamada

0' - Início do jogo.
3' - Boa jogada de Filipe Teixeira pela direita, cruzamento anulado pela defesa azul.
6' - Livre de Rúben Amorim desviado ao 1º poste por Faísca. Muito ao lado.
9' - Remate de Pinheiro ao lado.
11' - A Académica controla o jogo, enquanto o Belenenses se mantém na expectativa.
12' - Paulo Sérgio isola Sousa que, só com Pedro Roma pela frente, permite a defesa deste.
15' - O Belenenses acordou e começa a causar dificuldades à Académica.
16' - Paulo Sérgio passa por Ezequias e remata ao lado.
18' - Remate de Marcel dentro da área, com pouco ângulo, para corte para canto de Rui Ferreira.
20' - Luciano assiste Marcel que dentro da área remata ao lado.
24' - Remate frontal de Pinheiro, com a bola a saír por alto.
25' - Grande jogada do Belenenses. Meyong desmarca Ahamada que passa por Zé Castro e remata cruzado, ao lado do poste. Quase golo.
28' - Remate perigoso de Rúben Amorim, para defesa de Pedro Roma a dois tempos.
36' - Livre perigoso para o Belenenses, Rolando não chegou ao 2º poste. Académica parece nervosa.
38' - Académica protesta falta de Pelé sobre Marcel à entrada da área. Jorge Sousa manda seguir...
40' - Paulo Sérgio sai tocado, mas volta ao relvado.
44' - Jogo muito a meio-campo. O Belenenses tem controlado, mas Meyong está muito desapoiado.
45' - 2 minutos de descontos.
45' - Meyong falha grande oportunidade após cruzamento de Paulo Sérgio.
45'+2' - Intervalo.

46' - Ahamada isola Meyong que marca o 1º golo da noite, num "chapéu"!!!
50' - Cartão amarelo para Pelé, após falta muito dura sobre Luciano.
53' - Substituição na Académica: sai Paulo Adriano, entra Nuno Piloto.
54' - Remate de Rúben Amorim, ao lado.
57' - Remate de Pedro Silva para Marco Aurélio defender, com dificuldade.
58' - A Académica pressiona em busca da igualdade. Ezequias cruza para cabeçeamento perigoso de Marcel, para defesa de Marco Aurélio.
61' - Remate ao lado de Filipe Teixeira.
64' - Substituição no Belenenses: sai Paulo Sérgio, entra Silas.
65' - Substituição na Académica: sai Pedro Silva, entra Hugo Alcântara.
66' - Boa jogada de Marcel, que remata da entrada da área e Faísca desvia para canto.
68' - Cruzamento de Ezequias, Marcel "mata" no peito e remata de imediato, ao lado, mas criando perigo.
69' - O Belenenses aposta no contra-ataque para chegar ao golo da tranquilidade.
72' - Marcel desmarca Filipe Teixeira na área, mas este perde muito tempo. Segundos depois, Marcel amortece cruzamento para remate, muito por alto, de Filipe Teixeira.
79' - Substituição na Académica: sai Danilo, entra Zada.
79' - Substituição no Belenenses: sai Ahamada, entra Djurdjevic.
81' - Remate forte de Marcel para defesa difícil de Marco Aurélio. Alcântara falha na recarga.
85' - Substituição no Belenenses: sai Meyong, entra Romeu.
87' - Cruzamento de Brum, Rolando corta para canto mas quase faz auto-golo.
89' - Remate fortíssimo de Marcel, com a bola a saír ligeiramente ao lado.
90' - 5 minutos de descontos.
91' - Remate de Silas para defesa de Pedro Roma.
92' - Em contra-ataque, Romeu assiste Djurdjevic que remata à figura.
94' - Livre para Académica. Amarelo para Rui Ferreira por saír da barreira.
95' - VITÓRIA!!!

Vamos lá passar com distinção!

L.Rodrigues

O Belém vai hoje ao final da tarde jogar em Coimbra mais um jogo em que pode demonstrar o que pretende desta época: se a mediocridade, se de uma vez por todas partir em busca da excelência. E o que o vai ditar não será, de todo, o resultado final, mas sim a atitude. Infelizmente, não poderei ver o jogo, pelo que vou esperar reacções bloguísticas (porque a imprensa vê os jogos de uma forma muito própria).

Espero um jogo difícil, pois a Académica viverá um jogo importante para o desenrolar da temporada e tem um futebol "chato". Para mais, deverá ter uma boa moldura humana no Estádio, uma vez que lançou uma campanha de 5 bilhetes a 5 Euros. A acrescer a isto, será provavelmente o último jogo de Marcel como “estudante”, e uma vez que o seu futuro não está ainda definido, poderá querer mostrar serviço.

Não que Marcel, por si só, me intimide claramente. Parece-me um bom avançado, mas inacreditavelmente sobrevalorizado. Mérito também à Académica que, apesar de ter pago uma fortuna por ele, o tem sabido “valorizar”. É essencialmente um matador com um remate muito potente e colocado. Falando com vários amigos Academistas, é um jogador que nem é muito “apaparicado” por lá, pois é opinião geral que a equipa “vive” para ele e teria a ganhar se não o fizesse.

Será, sem dúvida, um jogo difícil. Mas em que o Belenenses tem de ter o seu pensamento, em primeiro lugar, em não sofrer golos, nunca descurando a hipótese de vencer. E, caramba, a Académica não é nenhum papão. Acordem caraças! Joguem à bola como sabem (já o mostraram esta época), matem-se em campo, e se vierem derrotados, terão aplausos à chegada. Independentemente do resultado.

terça-feira, dezembro 20, 2005

As tranças de Rolando

L.Rodrigues

No final do jogo com o Paços de Ferreira, Rolando foi um dos jogadores que se deslocou à Sala de Imprensa no final da partida. Qual não foi o seu espanto quando, no momento em que se senta para se colocar à disposição dos jornalistas, o repórter de imagem guarda a câmara e volta-lhe as costas. Afinal, Rolando estreou novas tranças e tem tanto direito a mostrá-las ao mundo como os "simuladores de metro e meio" da 2ª circular.

Assim sendo, e para que se faça justiça, o Blog do Belenenses tem o prazer de partilhar convosco as novas tranças de Rolando (pedindo desculpas pela pouca qualidade da imagem, culpa do telemóvel):

R.Vasco


Repare-se na perfeição geométrica das tranças, puxadas desde a testa do central, caíndo numa cadência matemática sobre os seus ombros, onde terminam em bonitas esferas alvas. Um verdadeiro Sansão!

Rolando pode não marcar 15 golos por época de penalty, nem usar o nome da filha para ganhar algum dinheiro. Mas tem umas tranças lindas!

É desta forma que um blog entra pelo mundo da pasquinice. Mas sempre, sempre, só olhando ao Belém! Um grande abraço ao Rolando e desculpa lá a má qualidade da foto! E já agora, marca um golito em Coimbra!

Empréstimos e sonhos...

L.Rodrigues

Deste refúgio para recarregar baterias e fugir ao bulício Lisboeta, na bela cidade de Lagos, gélida por estes dias, foi com preocupação que hoje voltei a ler na imprensa que o Belenenses estaria interessado em Ivanildo e Bruno Moraes, jogadores do Porto, por empréstimo. Não pelo facto do empréstimo em si (apesar de ser um princípio que não me agrada de forma nenhuma), mas essencialmente pelo valor futebolístico dos 2 jogadores.

Ivanildo é um jovem com muito talento, mas que não passa de um miúdo de 19 anos, rápido e com boa técnica, mas cujo valor futebolístico actual (e não o potencial) neste momento não representa um claro acréscimo de qualidade no plantel. A acrescentar, viveria uma mudança radical de estilo de vida, abandonando o Porto (e o ambiente fechado que rodeia o clube), mudando-se para Lisboa…

Quanto a Bruno Moraes, é um avançado que possui capacidades interessantes, mas que tarda em explodir, provavelmente muito por culpa das duas graves lesões que o atraiçoaram no último ano. Estando parado há mais de meio ano, viria para o Belenenses recuperar da lesão que já traz… não coloco em causa as suas capacidades técnicas, mas é um facto que a sua explosão ainda não se verificou e neste momento vive um período sombrio da sua carreira.

Já que falamos em nomes, li hoje que o Beira-Mar, da 2ª Liga, tem praticamente tudo acertado com o Romeno Alin Stoica…! Sendo certo que há já uns 2 anos que não acompanho a sua carreira, lembro-me muito bem dos seus primeiros anos ao serviço do Anderlecht e das selecções romenas, onde deu cartas e lhe era augurado um futuro grandioso. Parece ter-se perdido. Seria interessante investigar porquê e saber se ainda é recuperável.

E, para acabar, já que estou de férias e, mais que nunca, me permito sonhar: Bjorn Runstrom… (não é um sonho assim tão irreal como poderia parecer)

Abraços a todos!

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Belenenses - Paços de Ferreira - Análise Individual

L.Rodrigues

Marco Aurélio - Exibição tranquila. Apenas uma vez foi colocado à prova, respondendo com uma boa defesa por instinto. 4

Sousa - José Couceiro tomou uma medida acertadíssima: devolver a Sousa o lado direito. E em boa hora o fez, pois Sousa deu tudo o que tinha e não tinha, ganhou e perdeu lances, e nunca se "borrou", olhando sempre para a frente, subindo, e obrigando o Paços a recuar. Para além disso, esteve muito bem no lance do 2º golo, com uma assistência magistral. 4

Pelé - Muito forte, começa a formar uma excelente dupla com Rolando. 4

Rolando - Tal como Pelé, esteve intransponível. Em acréscimo, marcou um excelente golo de cabeça e cada vez mais é uma certeza na equipa azul.5

Vasco Faísca - Depois de uma óptima exibição em Setúbal, desceu hoje claramente de produção. O que não se compreende é o porquê de ser permanentemente assobiado... defensivamente esteve acertado (apesar de 2/3 falhas) e ofensivamente é que esteve menos feliz. 2

Rui Ferreira - Boa exibição do trinco azul, que limpou muito bem o que tinha a limpar. 3

Rúben Amorim - Partida sempre em crescendo, com a primeira meia-hora da 2ª parte a ter laivos de genialidade. Uma exibição soberba de classe a meio-campo, com garra a defender,bom posicionamento táctico e aberturas de grande categoria. Com mais uns quilinhos de músculo em cima, pode ser um craque. 5

Pinheiro - Exibição fraquinha do trinco nortenho, parecendo andar sempre no sítio errado, apesar de toda a entrega. 1

Paulo Sérgio - Estava bem no jogo, muito mexido, a trocar bem a bola, mas uma entrada assassina de um adversário rasgou-lhe a zona do tendão de aquiles e, em esforço, ainda se manteve em campo durante muito tempo. Exibição positiva. 3

Ahamada - Passou largos períodos alheado do jogo, mas teve meia dúzia de lances que indiciam estar a ganhar confiança e poderá vir a ser útil. Tem de partir para cima dos adversários e ter o timing certo para soltar a bola. 2

Meyong - O que dizer? É um craque. Fabricou o seu próprio golo, com um grande trabalho à entrada da área. De resto, muito bem a segurar a bola e a esperar o apoio. 4

Silas - Jogou na esquerda do meio-campo e a ponta-de-lança, e pouco se viu. Depois de uma semana sem treinar, devido a lesão, parece estar com claras dificuldades. 1

Djurdjevic - Poucos minutos, mas que ainda deu para uma boa jogada pelo corredor esquerdo e para ajudar a controlar as operações a meio-campo. 2

Ricardo Araújo - Muito poucos minutos, tocou apenas 1/2 vezes na bola. 1

José Couceiro - "Teve-os no sítio" ao fazer a convocatória e montou bem a equipa, fialmente com dois homens abertos na ponta e outro a organizar jogo (Ruben Amorim). Teve de fazer saír Paulo Sérgio por lesão, e aí não tinha opção no banco que desse "velocidade", e posteriormente fez duas substituições "calmas", dando minutos a Araújo e Djurdjevic.

domingo, dezembro 18, 2005

Juvenis: Caldas - 1 - 1 - Belenenses

Artigo da autoria de Francisco Martinho, jogador do Caldas e editor do Blog Simplesmente Briosa:

A equipa de juvenis de futebol do Belenenses deslocou-se esta manhã às Caldas da Rainha para defrontar o clube local numa partida a contar para 16ª jornada do Nacional de Juvenis.

Vindo de uma derrota caseira, o Belenenses tinha que se redimir e apagar a má imagem. E entrou disposto a isso. Foram 10 minutos de completo domínio do Belenenses. No entanto, a partir daqui o Caldas passou a tomar conta do jogo. Criou duas oportunidades claras de golo e mostrou porque está a atravessar o melhor momento da época.

Aos 30 minutos, um cabeçeamento da equipa de Belém podia ter dado golo. Saiu ao lado, azar. Ao intervalo 0-0.

Na segunda parte o Belenenses assumiu que queria ganhar o jogo. Mostrou que tem um ataque muito forte e capaz de fazer estragos. Chegou ao golo por volta dos 8 minutos da segunda parte, tendo sido o nº9 o autor.

A partir daqui assistiu-se a um jogo muito disputado. O Caldas tentou, tentou e o Belenenses defendeu. Justamente, diga-se, após um livre o Caldas empata fixando o resultado em 1-1.

Acabou assim o jogo.

Apresentação de "Poema Seis" de Luis Brito Pedroso

Image hosted by Photobucket.comLuís Brito Pedroso, adepto azul, cujas raízes familiares estão intimamente ligadas à história do Belenenses desde a sua fundação, lançará nesta Segunda-Feira, dia 19 de Dezembro, pelas 22h, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, na Av. D. Carlos I, 61 - 1º Andar, o livro "Poema Seis", a sua primeira obra.

A apresentação da obra será feita pela mestre arquitecta Ana Elisa Vilares e pelo Professor António Oliveira.

Um livro de poemas, que mais não são que o reflexo das vivências de um jovem com uma paixão pelas letras. O Blog do Belenenses tem todo o prazer em apoiar o autor no início de uma carreira que, esperamos, será auspiciosa. Boa sorte Luís.

sábado, dezembro 17, 2005

Belenenses-Paços de Ferreira - Vitória!!!

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L.Rodrigues

O Belenenses venceu esta tarde o Paços de Ferreira, numa exibição “razoavelmente boa”, nas palavras de Rolando, autor do primeiro golo, e que resume a exibição azul de forma perfeita. Após entrar mal no jogo, o Belenenses conseguiu ganhar alguma confiança e o golo trouxe outra tranquilidade à equipa. No entanto, um “fantasma” ia pairando nas bancadas, até que já perto do final Meyong marca um golo de cabeça na sequência de mais uma das investidas ofensivas de Sousa, que faz um cruzamento espectacular. Foi uma vitória importante e que se espera tenha continuidade nas próximas jornadas.

Continua...

O Jogo
O Belenenses não entrou propriamente bem na partida, manifestando muita dificuldade em termos ofensivos, e as despesas iniciais da partida cabiam na sua maioria aos “castores”. Neste período, em que nas bancadas já se começava a desesperar, Ronni desvia dentro da pequena área para uma óptima defesa de Marco Aurélio.

A partir daqui, de registo, apenas um período em que o Belenenses se posicionou por alguns minutos mais no meio-campo do Paços, e que culminou com o golo de Rolando, num excelente cabeçeamento após um cruzamento milimétrico de Ruben Amorim, que foi claramente o melhor em campo, com uma exibição brilhante.

Após o intervalo, o Belenenses entrou muito bem, mas com o passar dos minutos e sem que surgisse o 2º golo, as bancadas começavam a recear que o empate pudesse, de forma fortuita, surgir. No entanto, foi o Belenenses que chegou ao golo da tranquilidade, numa jogada em que Meyong segura bem a bola, solta na direita para uma excelente investida de Sousa, que faz um cruzamento perfeito para Meyong, que em voo descansou as bancadas.

Destaque para a faixa envergada pela Fúria Azul no início da partida: “Ordenados em dia, exibições em atraso – Honrem a vossa camisola”

O Árbitro
Pouco se deu por ele e a partida não teve lances duvidosos. Jogo calmo em que o árbitro não se destacou, o que é sempre positivo

Conclusão
Importante vitória do Belenenses, num jogo que era de facto fundamental para fugir à “linha de água”. Apesar da exibição não ter sido brilhante, foi inteligente e houve indícios bem positivos. Faz-nos mesmo acreditar que Ruben Amorim poderá vir a ser um jogador de eleição. Hoje, esteve absolutamente brilhante. Resta agora dar continuidade em Coimbra, trazendo pelo menos um ponto.

Vitória frente ao Paços

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L.Vieira

No primeiro jogo da época a realizar-se antes das 19h e a não ser transmitido na televisão o Belenenses regressou ás vitórias. Mas ao contrário do que disse a Antena 1 e do que está escrito no Maisfutebol esta não foi a primeira vitória do José Couceiro como treinador do Belenenses uma vez que antes havia vencido frente ao Nacional.

O onze titular foi o seguinte: Marco Aurélio; Sousa, Rolando, Pelé e Vasco Faisca; Rui Ferreira, Ahmada, Pinheiro e Ruben Amorim; Paulo Sérgio e Meyong. Destaques para a saida de Fábio Januário, Amaral, Zé Pedro e de Silas. Jogaram ainda Silas, Djurdevic e Ricardo Araujo. Não chegaram a entrar Pedro Alves, Gaspar e Sandro.

Os golos foram marcados por Rolando e por Meyong, como podemos ver na ficha do jogo do site maisfutebol:
1-0 aos 31 minutos por Rolando: boa combinação entre Paulo Sérgio e Ruben Amorim, na direita, com o ultimo a levantar a bola para a área, onde Rolando saltou mais alto do que toda a gente para cabecear para as redes.

2-0 aos 77 minutos por Meyong: grande golo. Meyong trabalha bem à entrada da área, atraindo os defesas contrarios, antes de abrir na direita para a entrada de Sousa. O lateral, com espaço, desceu até à linha de fundo e cruzou tenso para o camaronês, em mergulho, cabecear para as redes de Peçanha.

Destaque ainda para o facto do Meyong ter à 15ª jornada 10 golos igualando assim o melhor marcador da Liga. O Belenenses está neste momento classificado na 13ª posição.

Estatisticas à 14ª jornada

L.Vieira

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Evolução da Classificação

continua...

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Evolução da pontuação

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Pontos conquistados

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Golos marcados vs Golos sofridos

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Psicologia Desportiva: Que Importância?

C.Figueiredo

Não estando eu habilitado a falar sobre Psicologia Desportiva, visto a minha vertente laboral ser a Psicologia Clínica, julgo ter algumas luzes sobre o assunto e quanto mais não seja, penso ser útil abordá-lo e discuti-lo entre todos nós, primeiro porque está muito em voga e segundo pela prestação da equipa sénior profissional do nosso CFB.

Uma análise do desporto mundial, mostra que a evolução da preparação física, técnica, táctica e da tecnologia aplicada ao mesmo, cresceu de uma maneira vertiginosa nestes últimos anos. Quase tudo é proporcionado ao atleta para que no momento da competição ele possa apresentar o seu desempenho máximo. Mesmo assim muitos atletas têm falhado na hora da verdade, pois o factor psicológico, tão importante como os demais factores associados ao rendimento humano, tem sido descuidado ou não levado em consideração.

Continua...

Como em tudo na vida, desporto incluído, a mente de uma pessoa pode quebrar e ultrapassar barreiras...ou então ficar encurralado e preso nelas. Em todos os desportos, o controlo da mente e por sua a vez o controlo do jogo, é trabalhado ao ínfimo pormenor, casos como o ténis, o volley, o futsal, o andebol, etc., quem de nós já não assistiu a recuperações milagrosas do marcador? Claro que sem ter técnica e táctica, tudo é mais difícil, mas pior ainda se o atleta não acredita nele próprio, porque é à sua mente que vai buscar a crença, energia, vontade, raça e querer para virar algo a seu favor.
Um dos exemplos mais flagrantes da importância do factor psicológico são as lesões, e calha bem porque existem certos jogadores que vão de lesão em lesão no nosso plantel (Silas é um exemplo gritante).
Se por um lado, essas lesões podem ser causadas por factores físicos como carga de treino, fadiga, acções mal executadas e acidentes, por outro, tem sido enfatizado também que o factor psicológico, pode determinar uma predisposição do atleta para esse transtorno. Alguns investigadores, referem que a ocorrência de uma lesão física num atleta pode levar ao aparecimento de ansiedade, depressão e prejuízos na sua auto-estima, chegando mesmo a proporções clínicas significativas. Numa abordagem qualitativa, estes investigadores entrevistaram 10 atletas de elite (3 homens e 7 mulheres), tentando verificar a forma como eles lidavam com as suas lesões. Os atletas referiram, medo, tensão, fadiga, incredulidade, depressão e queixas somáticas (enjoo, perda do apetite, insónia e etc.) (Perturbação Somática em Psicologia consiste na manifestação física de sintomas psíquicos). Os autores também verificaram que os atletas expressaram a sua incapacidade de conviver com o período longo de reabilitação, a restrição da actividade e a sensação de ser dominado pela lesão.

Este é apenas um exemplo que como a mente interfere e de que maneira no rendimento de cada um e neste caso específico dos atletas.

Na verdade, cada vez mais está institucionalizada a prática de testes psicológicos para aferir capacidades, de modo a permitir ou não que candidatos entrem numa qualquer empresa. Se assim é, na altura de fazer contratações, porque não se avaliam (além dos aspectos técnicos, físicos e tácticos) os aspectos psicológicos e até sociais dos jogadores em causa?

A resposta talvez esteja na sapiência, inteligência e enorme visão de quem pensa que gere o futebol. No futebol existe muita gente sem humildade para reconhecer que algumas coisas lhes escapam entre os dedos, e quem tudo tenta fazer, acaba ou por não fazer nada ou, pior ainda, comete erros..

Abraço

quinta-feira, dezembro 15, 2005

A BOLA: O sonho azul do Daniel

L.Vieira

Artigo publicado no jornal A BOLA em 14/12/2005

Momento da equipa é delicado mas não esmorece a paixão deste homem de 69 anos

Não há idade para sonhar. Nem tão-pouco para cumprir esse sonho. Daniel Freitas que o diga. Aos 69 anos, este angolano, que vive no Algarve, meteu-se ontem no comboio com a familia e cumpriu um sonho de menino: visitar o Estádio do REstelo. Com o Belenenses no coração desde que se lembra que existe, muito por influência do pai, Daniel correu ontem atrás do sonho. Com a emoção estampada no olhar...


«Bom, na verdade, não é a primeira vez que aqui estou. Há trinta e tal anos estive cá, a ver um Belenenses-Benfica, era o Melo guarda-redes e o Belenenses perdeu 2-3. Não me lembro de mais nada. Foi chegar, ver o jogo e sair. A nada me soube...», explica Daniel Freitas, enquanto olha em redor do estádio. Respira fundo, saboreia o momento. «Este sim, é o momento por que tanto esperei», refere depois.

Daniel Freitas faz-se acompanhar pela mulher, Mari aJosé, pela filha, Daniela, que está em Portugal de férias, pois vive nos EStados Unidos, e por um prima, Maria de Lurdes, a principal dinamizadora da concretização do sonho deste homem vivido. Nasceu em Angola, emigrou depois para San Diego, Califórnia, e instalou-se na Fuzeta, no Algarve há 14 anos.

continua...

Levantaram-se cedo, às seis da manhã. Mas valeu a pena. Daniel está radiante, a familia muito feliz por ver... a sua felicidade, sobretudo Maria josé, que, vacinada pelo marido, sofre no sof´+a a cada jogo do Belenenses. «Ai, meu Deus, não perco um. Como poderia perder?», dispara Daniel. «Ele tem perdido anos de vida com o Belenenses» diz Maria José. «Mas o estádio é lindo, a vista fabulosa», acrescenta a senhora olhando para o Tejo.

A actual época, até agora menos conseguida, motiva alguma apreensão em Daniel. «Isto não está nada bem. Mas, ganhando ou perdendo, serei sempre do Belenenses. Que hei-de fazer? É uma paixão», diz.

E fica um pouco nervoso quando sabe que, dentro de momentos, vai começar mais um treino da equipa. A possibilidade de conhecer José Couceiro deixa-o entusiasmado, mas a sessão acaba por realizar-se no relvado principal, e o encontro, que A BOLA iria promover, não se concretiza.

Os olhos fixam-se agora no relvado. «Olha o Zé Pedro, que grande jogador; o Rolando, o Amaral... Maria, olha o Marco Aurélio», alerta.

Aqui, e enquanto Daniela tira algumas fotografias, Maria José não se contém e chama o brasileiro, que, com a simpatia que lhe é característica, acena.

Os ponteiros aproximam-se do meio-dia e há mais visitas para fazer, sobretudo a familiares, pois o regresso ao Algarve estava previsto para a noite.

Antes, porem, deixou alguns recados:
«O Belenenses tem de reforçar-se. E é bom que ganhe ao P.Ferreira, que vai ser um caso sério. Têm de arrebitar as orelhas.»

E lá foi, com um sorriso de menino, próprio de quem tinha concretizado um sonho. Aos 69 anos...

Vit.Setúbal - Belenenses - Análise Individual

L.Rodrigues

Marco Aurélio - Apesar de no golo poder ter feito mais qualquer coisa, estando mesmo assim longe de ser responsável pelo golo, fez uma boa intervenção a remate de Adalto, isolado. 3

Amaral - Pouco importunado em termos defensivos, ridículo no apoio ao ataque. Um lance perto do final em que, com 30 metros pela frente, corre em direcção à linha lateral com a bola, diz tudo. Volta Sousa! 1

Gaspar - Boa exibição de Gaspar, sem muito trabalho, e sempre seguro, apesar de pouco confiante para saír a jogar. 3

Rolando - Muito boa exibição do jovem central azul, o mais sereno da equipa e que esteve intransponível e sem as habituais hesitações. 4

Vasco Faísca - A melhor exibição com a camisola do Belenenses. Este mostra, claramente, ter estofo para envergar a camisola do Belém. Depois de publicamente ter assumido as suas falhas e a pouca estima dos adeptos, respondeu com boas exibições. Seguro a defender e muito (e bem) a envolver-se nas manobras ofensivas. 4

Rui Ferreira - O único verdadeiro jogador no meio-campo. Ainda assim, foi pouco. 3

Rúben Amorim - Boa 1ª parte, muito importante no controlo das operações a meio campo. Na 2ª parte baixou claramente de produção e precisa de ir ao ginásio ganhar músculo. 1

Fábio Januário - Se na 1ª parte ainda foi clarividente na circulação de bola, roçando a nota positiva, a 2ª parte foi absolutamente desastrada. Apesar de tudo, mostrou a entrega habitual. 1

Silas - O que dizer? Mal não esteve, trocou relativamente bem a bola (mais no 1º tempo), mas mostra uma lentidão assustadora, e por vezes complica. Quantas vezes, com Faísca a desmarcar-se inteligentemente pela esquerda, insistiu em não ver o companheiro? Quantos adversários transpôs?... 2

José Pedro - 1ª parte interessante, apesar de ter o "dom" de parar todo o jogo da equipa. Mas circulou bem a bola, apesar de pelos seus pés terem passado a maioria dos lances em que poderíamos ter desequilibrado, nunca tomando a melhor opção. Saíu logo no início da 2ª parte.2

Meyong - Mostrou a sua habitual categoria, entregou-se ao jogo, foi à direita e à esquerda, mas nunca foi servido em condições, excepção feita ao lance logo no início em que poderia ter marcado. 2

Ahamada - Entrou para a frente de ataque e, por vezes, espicaçou o jogo. Mas foram poucas vezes e perfeitamente inconsequentes. Teve nos pés o empate, isolado por Meyong, mas adiantou a bola e nem foi atrás dela nem tentou "sacar" o penalty. E era tão fácil... 2

Romeu - Voltou aos tempos em que jogava 10 minutos. Ou seja, nada... mostrou empenho (no mesmo lance roubou 2 vezes a bola a colegas para ver se acelerava o jogo!!!). 1

Pinheiro - Jogou apenas alguns minutos, numa tentativa de reforçar o meio-campo e dar-lhe algum poder de fogo. Nem deu para perceber que passou pelo jogo. 1

José Couceiro - Couceiro não mostrou ideias no banco, esperando uma eternidade para lançar Romeu. Para quando Romeu e Meyong?...

terça-feira, dezembro 13, 2005

Vit. Setúbal - Belenenses - Derrota amarga

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L.Rodrigues

O Belenenses teve na noite de ontem um resultado negativo em Setúbal, no encontro que nos opôs ao Vitória, uma equipa muito traiçoeira. Infelizmente, fomos mais uma das vítimas do cínico futebol Sadino, muito por culpa própria, pois entrámos desconcentrados na 2ª parte. Destaque-se, no entanto, a boa circulação de bola da 1ª parte, apesar de por vezes manifestar pouca profundidade, mas que envolvia bem os Setubalenses, sem nunca descurar a defensiva. Após o golo do Vitória, a sua acertada defensiva contra o nosso incipiente ataque só poderia resultar num treino contra uma parede.

Continua...

O Jogo
A 1ª parte foi por nós dominada, sob consentimento Sadino, e o Belenenses foi inteligente na forma como soube não cair na tentação de se desconcentrar em termos defensivos. A única oportunidade de golo da 1ª parte pertenceu a Meyong, com um remate rechaçado que foi defendido para canto.

Com a 2ª parte, veio a derrota azul: o Setúbal aproveitou um Belenenses desconcentrado e Ribeiro dentro da área (para defesa de Marco Aurélio) deu o sinal para o golo que surgiria logo depois, na sequência de um canto, por intermédio de Auri. Daí até final, o Setúbal deixou de atacar, fazendo esporádicos contra-ataques e o Belenenses foi absolutamente incapaz de criar perigo, excepção feita a um lance em que Ahamada, isolado, adianta demais a bola, não corre atrás dela nem tenta “ganhar” um penalty.

O Árbitro
Paulo Baptista teve uma actuação fraquinha, apitando por tudo e por nada, com algum prejuízo para o Belenenses. Mas se a maioria dos nossos jogadores tivesse jogado com o nível com que o árbitro apitou…

Conclusão
Após uma 1ª parte em que o Belenenses demonstrou ter a lição bem estudada para acabar com a “aura” do Vitória, o início da 2ª parte deitou tudo a perder. Também Couceiro foi muito lento a responder no banco, e nas bancadas começa a estranhar-se a permanência no banco de Djurdjevic. Note-se, no entanto, que o Belenenses jogou sem Pele (referência defensiva) nem Paulo Sérgio, que mais ou menos trapalhão, é o único homem no plantel capaz de imprimir velocidade ao jogo, jogadores estes que já estarão disponíveis para a recepção ao Paços de Ferreira, num jogo importante para que o Belenenses deixe a linha de água para trás. Em suma, uma derrota com um sabor amargo, tal a incapacidade do adversário para convencer pelo seu futebol, apesar de todo o mérito que têm de, com as limitações conhecidas, estarem a fazer um campeonato fenomenal.

Derrotado pela Blogosfera

L.Rodrigues

Depois do jogo de ontem, no Bonfim, invadiu-me uma enorme tristeza, por vários motivos, o menor dos quais terá sido a exibição azul, que foi mediana, na minha opinião. Deixa-me triste é ver a linha de água logo aqui. Deixa-me triste é não ter sido o Belenenses a “acabar” com o Setúbal, cuja aura está por semanas. Deixa-me triste que jogadores com provas dadas não sejam capazes de explanar tudo o que sabem. Deixa-me triste que os adeptos fiquem cegos e transformem uma derrota contra o 3º classificado, em casa deste, num jogo equilibrado, num descalabro. Mas, acima de tudo, deixa-me triste chegar a casa e ver mais ataques “blogosfericos” à minha pessoa.

Ou seja, chegou para mim um momento de reflexão em que vou colocar na balança o que mais vale a pena: se continuar a “blogar”, se continuar a ajudar o Belenenses, ou se meter a viola no saco, ir à minha vidinha, e mandar dar uma curva a quantidade de malucos que pululam por este clube e são incapazes de ajudar o clube a melhorar.

Os Blogs surgiram como um espaço de discussão, em que havia discussões, por vezes até muito acesas, mas em que se discutia o nosso Belém. Agora, parece que há quem prefira fazer tudo para chatear pessoas em vez de discutir o clube. Ora, como no rescaldo do jogo de ontem, decidiram num blog vizinho chamar o meu nome ao barulho na crónica do jogo, esclarecendo posteriormente que a intenção era claramente “gozar” comigo, então esta não é a blogosfera que eu conheci e para a qual, ao meu modo, contribuí. Se calhar até é melhor, mas não é a blogosfera que eu gosto. Não é a blogosfera onde escrevia para pessoas que discutiam o clube e outras, que por cá passavam, que gostavam do nosso trabalho, e iam dando “uns bitaites”. Estes últimos, quando me encontram, dizem que lêem, mas fogem dos comentários como o diabo da cruz, não vão ser logo apelidados de cinzentos e outros epítetos. Os primeiros, muitos já fugiram e outros preferem discutir o clube ao vivo, sem “interferências”.

É momento de reflexão: para dirigentes, treinador, jogadores e, pasme-se, um mero bloguista. O Blog tem-se transformado numa obrigação que, aliada a outras obrigações azuis, muito tem prejudicado a minha vida pessoal. Faço-o por um amor imenso ao Belenenses (do qual muitos duvidam, não tenho dúvidas) e porque acho que será útil ao clube. Mas, ao que parece, sou incómodo. Ainda não percebi é porquê… não pretendo criar movimentos, não escrevo “artigos de referência”, não sou anónimo nem uso pseudónimos. Não tenho artigos em stock e as crónicas das derrotas demoram eternidades porque não consigo escrever com a "alma murcha". Limito-me a tentar divulgar o Belenenses. Peço desculpa pela minha ousadia.

O Belenenses é, de facto, um clube de doidos. Infelizmente, eu sou um deles. Sou doido de amor a este clube!