No próximo Sábado o Belenenses desloca-se ao Estádio da Luz, numa altura em que faltam apenas 4 jornadas para o final daquele que é, talvez, o campeonato mais disputado de sempre. Preparamo-nos, pois, para defrontar o primeiro classificado e equipa que mais próxima está de conquistar o título que lhe foge há já mais de uma década. Por mim, Belenense a 100%, é-me perfeitamente indiferente quem vença o campeonato, já que só ficaria feliz se visse o Belenenses em primeiro. Assim sendo, não me interessa minimamente se o campeão é A ou B. Agora, o que me interessa, e muito, é pelo menos estragar a festa de alguém. Viva o fair-play e o desportivismo, mas eu não gosto de ser o “bombo da festa”. Portanto, não quero ser o “bombo da festa” na Luz.
Ou seja, quero ardentemente ir à Luz e sair de lá com uma vitória, lançar o Benfica novamente para “a molhada”, saber que não é à nossa custa que se fabrica o campeão e se, no fim da época, à custa de outros o Benfica for campeão, então os meus parabéns e fica a desilusão por não ter sido o Belém o campeão.
Sei que vamos jogar contra um estádio cheio de adeptos sedentos de vitória, feridos no orgulho por anos e anos de desnorte e derrotas sucessivas. Sei que, provavelmente, teremos de jogar contra 11 em campo ajudados por mais uns quantos. Tenho a perfeita noção que após os resultados desta última jornada, o estádio estará ao rubro. Cabe-nos então a nós calá-lo.
Mas também tenho a perfeita convicção que toda esta onde de euforia nas hostes encarnadas pode, e deve, jogar a nosso favor. Aliada à euforia, vive a pressão e o medo de morrer na praia. Veja-se este último jogo do Benfica com o Estoril no Algarve (???) e a completa desorientação que varreu o nosso próximo adversário. Resta-nos, portanto, ir jogar à Luz com a categoria que a espaços dilatados mostrámos ao longo deste campeonato, sem qualquer pressão a nível classificativo (infelizmente) e mostrar ambição.
Há que incutir nos jogadores esta vontade louca que os adeptos azuis têm de estragar a festa encarnada. Ao contrário do que a imprensa gosta de fazer passar, a verdade é que os adeptos azuis são-no integralmente, e poucos são aqueles que têm um “segundo clube”, expressão que caracteriza gente com pouca capacidade de resistir na adversidade de forma a saborear a 100% a glória.
Peço, portanto, aos jogadores azuis, que nos deixem saborear um segundo de glória nesta longa caminhada de adversidade. Porque as paixões, por mais adversas que sejam, têm de ser alimentadas. E a paixão por um clube, alimenta-se com vitórias. Não contra o Benfica, mas pelo BELENENSES!
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