Amigos Belenenses, está próximo mais um jogo da liga Sagres que se avizinha muito difícil.
O nosso Belém tem vindo a preparar este jogo longe dos olhares das pessoas e dos adeptos e longe do sr Fernando Sequeira, devido à inexistência de escolta policial.
Este jogo revela-se importante, pois a equipa só conquistou 1 ponto, frente ao Paços e tem revelado debilidades ao nível do seu estilo de jogo. Parece-me que será um jogo em que o Belenenses tem que abordar de modo diferente, como foi aquele com o Porto. Não podemos jogar em bloco baixo, mas sim fazer uma pressão alta no meio campo do Sporting. Fazer como fez o Barcelona, a jogar com confiança (é outro dos clubes que tem só um ponto na Liga Espanhola), a pressionar constantemente o adversário e a circular muito bem a bola. Porque a circulação de bola e o domínio do meio campo é a chave para se ganhar jogos e o Belenenses é uma equipa que é forte no centro do terreno. Falta ao Belenenses encontrar ainda a organização defensiva e o “matador” no ataque.
A meu ver, o Belenenses terá de estar com os níveis anímicos elevados, mas como os resultados tem sido negativos, o trabalho mental do treinador tem que ser feito.
Casemiro Mior apresentou-se no Restelo com muita ambição e a promessa de um bom futebol, mas sabia que teria de encontrar forma de fazer face à grande herança dos anos anteriores. Para Mior, o mais difícil é fazer face a essa herança, pois os resultados como todos nós sabemos são imperiosos, e mesmo um bom trabalho com a formação ou mesmo com novas ideias de trabalho (ao nível da metodologia de treino) por vezes não é reconhecido, veja-se o caso de Carlos Queiroz.
Em todos os jogos, o Belenenses teve dificuldade em encontrar um onze base. Na baliza está o indiscutível Júlio César (ainda me recordo daquele emotivo jogo com o Leixões em que Júlio César defendeu dois penalties), na defesa Mior também embateu-se com algumas dificuldades utilizando uma dupla Carciano – Arroz, mas devido à lesão deste a titularidade deverá ser dada a Alex (que ainda precisa do melhor ritmo mas é um central muito possante, experiente e portanto conhecedor do estilo de jogo do futebol europeu).
O meio campo é a “chave do jogo” do Belenenses. Mior neste sector só tem dúvidas na posição 8 (que pertencia o ano passado a Ruben Amorim). Utilizou nesta mesma posição jogadores como: Vinícius, Mano, Organista e mais recentemente Cândido Costa, que na minha opinião é o jogador que melhor se adapta nesta posição, pela sua consistência táctica e pela sua irreverência e constantes subidas pela ala direita.
Neste mesmo sector, o Belenenses tem os jogadores “sobreviventes do bom futebol” e da inteligência táctica, Silas e Zé Pedro. O primeiro, sabe gerir os ritmos de jogo, joga bem e faz jogar e quando não está em forma a equipa ressente-se (veja-se o jogo com o Setúbal). Faz-me lembrar um Zidane, pelo estilo de jogo, por vezes não se notando em campo, mas têm ambos grande preponderância nas suas equipas, pela sua forma de jogar muito “cerebral”. É claro que Silas não será um Zidane, mas já teve uma grande carreira em Portugal e é dos tais que merecia ser campeão (como Matateu e muitos outros que nos representaram sempre com grande profissionalismo e qualidade). Quanto ao segundo jogador, na minha opinião é um “génio da bola” ao nível português. Não é um Maradona, nem nenhum Messi, mas é o Zé Pedro. Aquele jogador que por vezes remata a vinte metros e …… é golo!
É de facto um jogador espectacular, e para mim que tenho 19 anos é o melhor que vi jogar no meu tempo (porque adorava ter visto Matateu ou Di Pace jogar). Tacticamente superior a muitos que apareceram na nossa selecção (caso de Hugo Viana), Zé Pedro assume-se como um jogador do futebol bonito e irreverente.
São estes dois jogadores que dão alma ao futebol do Belém e que prevalecem com os “tiques do passado” (entenda-se bom estilo de jogo).
Também não nos poderemos esquecer da posição 6, muito importante no futebol europeu. Mior escolheu à semelhança de Jesus, o trinco Gomez, que é do plantel o que faz melhor a transição defesa – ataque. Sabe ler o jogo e é muito forte nos confrontos físicos.
Como afirmei o nosso melhor sector é o centro do terreno, pela grande criatividade que muitos jogadores proporcionam e pela consistência táctica de alguns elementos, caso de Gomez, que trabalha bem a “fase defensiva” e penso que é por esta posição que podemos ganhar ao Sporting.
Falta portanto o sector que provavelmente irá dar muitas dores de cabeça a Mior, o ataque.
Ao nível atacante o Belém, perdendo a sua referência principal, Weldon, ressentiu-se. Conseguiu assegurar alguns reforços (diga-se em quantidade foram muitos mas a qualidade ainda não está a vista), tais como Marcelo ou mesmo Júnior Negão.
Mais recentemente veio a “lufada de ar fresco” para Mior, que foram as chegadas de Wender e Porta para o ataque. De facto, a chegada destes últimos reforços vem acrescentar algum poder de “fogo” que faltava ao nosso ataque. Wender um jogador mais experiente, mas com grande qualidade no passe (para mim foi dos melhores contra o Setúbal) e Porta que no último amigável não se destacou, mas reparei que se movimentou bem no último terço do terreno. Falta a experiência europeia e falta também a adaptação ao estilo de jogo da equipa, mas sobretudo a qualidade está lá (basta os mais de 40 golos em 70 jogos pelo River Plate do Uruguai).
É assim, num clima de muita pressão, num “vazio directivo” e numa onda constante de críticas que a equipa jogará em Alvalade.
Jogar neste estádio e com este clube não tem sido fácil, mas não há impossíveis e não existem derrotas antecipadas.
O Belém terá que ser fiel ao seu bom futebol de velhos tempos e terá que iniciar o jogo com ambição, querer, vontade e garra.
Mior ao que tudo indica manterá a estrutura táctica dos últimos anos (4x4x2) e só esperemos que tudo corra bem.
Porque é preciso apoiar o Belenenses nos tempos difíceis, (e aí é que se vêem os grandes adeptos) esperemos que esta equipa encontre “o seu bom futebol” e que dê uma resposta positiva em Alvalade.
Uma última questão, Mior disse recentemente que não se demitia, porque “nunca abandonou nenhum projecto”, e coloco a questão, porque é que alguns se demitiram recentemente? Não foram ambos alvos das mesmas pressões? Mais razão teria até Mior que todo o mundo cai nele e é sempre constantemente criticado.
Esperemos fazer um bom resultado em Alvalade!
Saudações Azuis!
Nuno Valentim
O nosso Belém tem vindo a preparar este jogo longe dos olhares das pessoas e dos adeptos e longe do sr Fernando Sequeira, devido à inexistência de escolta policial.
Este jogo revela-se importante, pois a equipa só conquistou 1 ponto, frente ao Paços e tem revelado debilidades ao nível do seu estilo de jogo. Parece-me que será um jogo em que o Belenenses tem que abordar de modo diferente, como foi aquele com o Porto. Não podemos jogar em bloco baixo, mas sim fazer uma pressão alta no meio campo do Sporting. Fazer como fez o Barcelona, a jogar com confiança (é outro dos clubes que tem só um ponto na Liga Espanhola), a pressionar constantemente o adversário e a circular muito bem a bola. Porque a circulação de bola e o domínio do meio campo é a chave para se ganhar jogos e o Belenenses é uma equipa que é forte no centro do terreno. Falta ao Belenenses encontrar ainda a organização defensiva e o “matador” no ataque.
A meu ver, o Belenenses terá de estar com os níveis anímicos elevados, mas como os resultados tem sido negativos, o trabalho mental do treinador tem que ser feito.
Casemiro Mior apresentou-se no Restelo com muita ambição e a promessa de um bom futebol, mas sabia que teria de encontrar forma de fazer face à grande herança dos anos anteriores. Para Mior, o mais difícil é fazer face a essa herança, pois os resultados como todos nós sabemos são imperiosos, e mesmo um bom trabalho com a formação ou mesmo com novas ideias de trabalho (ao nível da metodologia de treino) por vezes não é reconhecido, veja-se o caso de Carlos Queiroz.
Em todos os jogos, o Belenenses teve dificuldade em encontrar um onze base. Na baliza está o indiscutível Júlio César (ainda me recordo daquele emotivo jogo com o Leixões em que Júlio César defendeu dois penalties), na defesa Mior também embateu-se com algumas dificuldades utilizando uma dupla Carciano – Arroz, mas devido à lesão deste a titularidade deverá ser dada a Alex (que ainda precisa do melhor ritmo mas é um central muito possante, experiente e portanto conhecedor do estilo de jogo do futebol europeu).
O meio campo é a “chave do jogo” do Belenenses. Mior neste sector só tem dúvidas na posição 8 (que pertencia o ano passado a Ruben Amorim). Utilizou nesta mesma posição jogadores como: Vinícius, Mano, Organista e mais recentemente Cândido Costa, que na minha opinião é o jogador que melhor se adapta nesta posição, pela sua consistência táctica e pela sua irreverência e constantes subidas pela ala direita.
Neste mesmo sector, o Belenenses tem os jogadores “sobreviventes do bom futebol” e da inteligência táctica, Silas e Zé Pedro. O primeiro, sabe gerir os ritmos de jogo, joga bem e faz jogar e quando não está em forma a equipa ressente-se (veja-se o jogo com o Setúbal). Faz-me lembrar um Zidane, pelo estilo de jogo, por vezes não se notando em campo, mas têm ambos grande preponderância nas suas equipas, pela sua forma de jogar muito “cerebral”. É claro que Silas não será um Zidane, mas já teve uma grande carreira em Portugal e é dos tais que merecia ser campeão (como Matateu e muitos outros que nos representaram sempre com grande profissionalismo e qualidade). Quanto ao segundo jogador, na minha opinião é um “génio da bola” ao nível português. Não é um Maradona, nem nenhum Messi, mas é o Zé Pedro. Aquele jogador que por vezes remata a vinte metros e …… é golo!
É de facto um jogador espectacular, e para mim que tenho 19 anos é o melhor que vi jogar no meu tempo (porque adorava ter visto Matateu ou Di Pace jogar). Tacticamente superior a muitos que apareceram na nossa selecção (caso de Hugo Viana), Zé Pedro assume-se como um jogador do futebol bonito e irreverente.
São estes dois jogadores que dão alma ao futebol do Belém e que prevalecem com os “tiques do passado” (entenda-se bom estilo de jogo).
Também não nos poderemos esquecer da posição 6, muito importante no futebol europeu. Mior escolheu à semelhança de Jesus, o trinco Gomez, que é do plantel o que faz melhor a transição defesa – ataque. Sabe ler o jogo e é muito forte nos confrontos físicos.
Como afirmei o nosso melhor sector é o centro do terreno, pela grande criatividade que muitos jogadores proporcionam e pela consistência táctica de alguns elementos, caso de Gomez, que trabalha bem a “fase defensiva” e penso que é por esta posição que podemos ganhar ao Sporting.
Falta portanto o sector que provavelmente irá dar muitas dores de cabeça a Mior, o ataque.
Ao nível atacante o Belém, perdendo a sua referência principal, Weldon, ressentiu-se. Conseguiu assegurar alguns reforços (diga-se em quantidade foram muitos mas a qualidade ainda não está a vista), tais como Marcelo ou mesmo Júnior Negão.
Mais recentemente veio a “lufada de ar fresco” para Mior, que foram as chegadas de Wender e Porta para o ataque. De facto, a chegada destes últimos reforços vem acrescentar algum poder de “fogo” que faltava ao nosso ataque. Wender um jogador mais experiente, mas com grande qualidade no passe (para mim foi dos melhores contra o Setúbal) e Porta que no último amigável não se destacou, mas reparei que se movimentou bem no último terço do terreno. Falta a experiência europeia e falta também a adaptação ao estilo de jogo da equipa, mas sobretudo a qualidade está lá (basta os mais de 40 golos em 70 jogos pelo River Plate do Uruguai).
É assim, num clima de muita pressão, num “vazio directivo” e numa onda constante de críticas que a equipa jogará em Alvalade.
Jogar neste estádio e com este clube não tem sido fácil, mas não há impossíveis e não existem derrotas antecipadas.
O Belém terá que ser fiel ao seu bom futebol de velhos tempos e terá que iniciar o jogo com ambição, querer, vontade e garra.
Mior ao que tudo indica manterá a estrutura táctica dos últimos anos (4x4x2) e só esperemos que tudo corra bem.
Porque é preciso apoiar o Belenenses nos tempos difíceis, (e aí é que se vêem os grandes adeptos) esperemos que esta equipa encontre “o seu bom futebol” e que dê uma resposta positiva em Alvalade.
Uma última questão, Mior disse recentemente que não se demitia, porque “nunca abandonou nenhum projecto”, e coloco a questão, porque é que alguns se demitiram recentemente? Não foram ambos alvos das mesmas pressões? Mais razão teria até Mior que todo o mundo cai nele e é sempre constantemente criticado.
Esperemos fazer um bom resultado em Alvalade!
Saudações Azuis!
Nuno Valentim
1 comentário:
Não prestas pah!!! :p
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