terça-feira, agosto 01, 2006

2005/2006 - Análise da equipa: Meio-campo

L.Rodrigues

O meio-campo azul esteve intermitente ao longo da época. Houve períodos em que defendeu bem, outros em que atacou bem, e muitos jogos em que não existiu. Destacaram-se José Pedro e Silas com 4 golos cada um, e José Pedro pelas 5 assistências para golo. Pela negativa, Djurdjevic que seria peça fulcral na manobra da nossa equipa esteve sempre ou lesionado, ou a recuperar, Fábio Januário ganhou respeito da bancada pela atitude combativa, mas não convenceu e Sandro Gaúcho demorou a estabilizar. Quanto a Ricardo Araújo, a revelação da pré-época, nem se viu, e Rúben Amorim revelou-se cada vez mais uma certeza.

Estatísticas dos médios azuis na época 2005/06

Sandro Gaúcho – Fraco de pés, intransponível no jogo aéreo e intratável pelo chão. Sempre em crescendo ao longo da temporada. O único senão é a incapacidade crónica para construir jogo ou para, sequer, se envolver nas trocas de bola do meio-campo. 3,0

Rúben Amorim – Foi a época da confirmação como um valor importante da equipa azul. A exclusão do Europeu Sub-21 foi incompreensível. Sem nunca ser brilhante, mas nunca comprometendo, marcou dois golos importantes em Guimarães e Paços de Ferreira. Com um pouco de ginásio, faz-se um óptimo jogador. 2,8

José Pedro – O mais inconformado no final da temporada, começou mal e chegou a estar arredado da equipa. Foi ganhando confiança, marcou grandes golos, deu outros e mostrou ser um jogador com capacidade para desequilibrar. Em especial se jogar ao meio, algo Carvalhal nunca compreendeu e Couceiro demorou uma eternidade. 3,1

Silas – Uma época atribulada, marcada por lesões que nunca foram totalmente debeladas e o impediam de dar o seu melhor. Teve momentos de magia e outros (mais) de puro apagamento. 2,7

Fábio Januário – Bons pés, boa visão de jogo, abnegação, mas fica sempre a ideia que faltou qualquer coisa mais. Em Barcelos, na última jornada, se o seu remate a instantes do fim não tivesse resultado numa grande defesa, teria feito esse “qualquer coisa mais”. Tem potencial. Mas com a sua idade, já o deveria ter desenvolvido. 2,3

Rui Ferreira – Época apagada, com grandes dificuldades em conseguir lugar no 11. Ao lado de Sandro Gaúcho, ficavam os 2 perdidos. Sozinho no meio campo defensivo, dava mais alguma capacidade de circulação de bola, mas não dava a consistência do Brasileiro. Foi perdendo o seu espaço. 2,8

Ricardo Araújo – Estreou-se na Figueira da Foz depois da derrota caseira com o Estrela da Amadora, e num fraco jogo da nossa equipa, foi o menos mau, jogando em 3 posições diferentes durante o jogo. Desapareceu novamente, e quando reapareceu esteve francamente mal. 2,5

Ivan Djurdjevic – Lesionado, em recuperação… novamente lesionado. Foi assim a temporada de Djurdjevic, que muito condicionou a estratégia azul, pois seria à partida peça fulcral na manobra do meio-campo e lado esquerdo azul. 2,8

Pinheiro – Muita entrega, muitas corridas, mas sem qualquer efeito prático. Inconsistente a defender e insípido a atacar. Procura-se o jogador do Estoril-Praia com o mesmo nome e que se perdeu no caminho… 2,4

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