Se há coisa para a qual já me vai faltando a pachorra é para ser confrontado com aquela velha máxima do "porque é que não se candidata?" sempre que alguém aponta uma deficência às candidaturas que disputarão os órgãos sociais do clube, no próximo mês de Abril. Será que é preciso ser candidato para poder intervir no debate interno?
Creio que ninguém, mesmo aqueles que usam a estafada expressão, concordam com a limitação do debate às candidaturas. A discussão das propostas apresentadas (a apresentar neste caso), mas principalmente das ideias que muitos e bons sócios têm vindo a apresentar publica e gratuitamente ao longo dos últimos meses (e anos...) é um direito e uma obrigação de todos aqueles que verdadeiramente amam o Belenenses. Esse direito ninguém me tira e desse dever ninguém me demove.
Não, não me vou candidatar. Nem agora nem provavelmente nunca! Vou pelo contrário fazer algo que o estatuto de candidato nem sempre permite: trabalhar para o clube independentemente de quem ganhar as eleições, desde que isso não me obrigue a fazer, escrever ou dizer coisas com as quais não esteja de acordo.
Portanto, não admito que me digam (nem que digam a outros que por aqui vão deixando o seu qualificado contributo) que nos candidatemos ou que nos calemos. Até porque "a malta dos blogs" (apenas falo pelos blogs porque é o "universo" que conheço) para além de "falar"... concretiza os seus projectos em favor do clube, muitas vezes com claro prejuízo da sua vida familiar (e se calhar também profissional).
Atenção, não quero aqui dar aos espaços virtuais de discussão demasiada importância. Infelizmente, no passado, essa sobrevalorização do que aqui se escreve já conduziu a mal entendidos e a "zangas" desnecessárias, felizmente ultrapassadas. Mas caramba, isto dá trabalho (a todos) e não pode ser sistematicamente apontado como espaço(s) de crítica destrutiva ao clube e seus profissionais. Não pode porque NÃO É!
É óbvio que todos temos as nossas expectativas sobre o resultado eleitoral. Todos temos (ou estaremos em vias de optar) as nossas escolhas e ideias acerca do futuro do clube. Mas mais do que isso sabemos que o Belenenses, fundado em 1919, é muito mais do que uma direcção eleita (e que pode até ser destituída se for essa a vontade maioritária dos sócios) ou do que um processo eleitoral (por mais "apimentado" que seja).
Viva o Belém!
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