(Artigo publicado na página da LCB, no dia 21.03.2005)
«Queria anunciar a contratação de um reforço para a equipa de basquetebol profissional do Belenenses, Keith Vassell, internacional canadiano, que vem no seguimento da nossa perspectiva de estar em momentos altos da época de uma forma competitiva». Foi assim que Barata Mendes, elemento da direcção do Belenenses Montepio Studio Residence surpreendeu adeptos e a concorrência após a vitória dos azuis do Restelo sobre o CAB Madeira, a contar para a 25.ª jornada da Liga TMN.
No final da partida, era grande o corrupio de associados e jovens jogadores dos escalões de formação do Belenenses à porta da sala de imprensa. Não pela indiscutível vitória sobre os madeirenses, mas sim pela curiosidade de ver como era Keith Vassell, de 34 anos, a última aquisição do clube lisboeta, que estava ladeado na mesa por Barata Mendes e pelo treinador José Couto.
«Não só foi um esforço da Direcção do clube, como também de um patrocinador, que a título meramente gracioso e mantendo o anonimato — que é isso que ele pretende —, quis ajudar o seu clube e fazer com que a equipa possa melhor dignificar as cores do clube e tentar lutar ao máximo, quer na Taça de Portugal, quer na Liga. Desejo as maiores felicidades ao novo jogador e ao técnico para o futuro do nosso clube», esclareceu ainda Barata Mendes.
Quanto a José Couto, como é seu habito, o técnico não quis revelar muito sobre as capacidades de Vassel e preferiu reafirmar a filosofia de todos trabalharem para o grupo. «O objectivo é procurar reforçar o colectivo com mais um jogador, mantendo sempre a perspectiva de que a equipa é o mais importante».
«O que importa é o grupo, não há estrelas. Toda a gente trabalha para a equipa e está sempre acima do individual. Ele joga na posição 3, mas não quer dizer que não possa igualmente actuar a 4. Lançador? Quanto ao resto, o melão fica por abrir...».
E como Couto manteve o melão fechado, tentámos saber o que havia lá dentro através do próprio Keith Vassell, de 1,95 m e 105 kg, que apesar de ser canadiano e já ter actuado pela selecção deste país em muitas ocasiões e diversas competições, possuiu passaporte islandês, país onde actuou todas as épocas desde 1998 e em diversas ocasiões foi finalista quer da liga como da Taça, competição que ainda na época passada conquistou. Isto apesar de agora ter vindo do campeonato sueco, após a equipa onde actuava ter sido eliminada da primeira ronda do play-off (3-2).
«A equipa que hoje vi pareceu-me ser um conjunto lutador, mas que ainda estou a tentar perceber como funciona e quais as suas dinâmicas. No entanto achei que fizeram um bom jogo, jogaram muito bem durante 35 minutos. Estive a tentar descobrir onde me posso ajustar no plantel, algures no meio dele, mas, apesar de não parecer haver muito espaço, acho que é uma situação boa», começou por referir Vassell, que regularmente defende as cores canadenses desde 1995.
No que se refere ao campeonato português, as informações vêm quase todas do amigo e compatriota Richard Anderson, um dos elos de ligação que possibilitou a contratação. «Sei muito pouco do campeonato em Portugal. Mas como o Richard e eu somos amigos, sempre acompanhei para ver como ele e a equipa se estavam a sair. Acho que se havia alguma equipa em Portugal que conhecia era esta, porque estava sempre a ver as suas estatísticas».
Quanto à forma de como se vê enquanto jogador de basquetebol, Keith respondeu: «A melhor maneira de me descrever é que sou um jogador muito intenso. Posso marcar dentro dá área, sou muito forte e gosto que as pessoas saibam que sou forte, por isso irão sentir a minha presença quer dentro como fora».
«Sou capaz de transportar a bola se for necessário e consigo lançar de uma distância razoável». Se sou um all-around? Sim, acho que...». E foi então que José Couto interrompeu: «No próximo jogo ele vai mostrar o que faz. É já um convite para que venham ao nosso próximo jogo». «Será um grande momento», rematou Keith Vassell.
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