Mais uma vitória suada do Belenenses, contra um opositor francamente fraco, mas que curiosamente ainda na primeira parte conseguiu assustar por "azelhice" nossa e na 2ª parte chegou mesmo a encostar-nos às cordas. Incrível e inadmissível o desnorte que o Belenenses viveu durante cerca de 10 a 15 minutos da 2ª parte. Atingimos os 35 pontos e espero, sinceramente, que Carvalhal seja sincero quando diz que agora é para olhar para cima. E que tal ir ganhar a Moreira de Cónegos? E que tal ir ao Minho jogar com vontade e impôr o nosso jogo, em vez de entrarmos assustados e à espera que o jogo acabe depressa em 0-0?
Destaco pela positiva Paulo Sérgio, indiscutivelmente. Já disse muito mal dele, mas tenho de admitir que é diferente dos outros. Não, não é melhor. Mas, simplesmente, ainda não vive de manhas, de jogar devagar e devagarinho, de ganhar faltinhas e "sacar" cartões. Não! Tem vontade de jogar, defende e ataca, à direita e à esquerda, umas vezes mais clarividente, outras mais trapalhão. Continuo a achar que é um crime ter aquele corpinho frágil. Mas olhem, tenho de ser sincero, e já o acho importante na equipa! Marco Aurélio, como sempre, fez mais duas boas defesas na hora H e Marco Paulo ensinou, por exemplo, a Lourenço, como se marcam golos simples quando se está isolado.
Pela negativa, tenho de dar o destaque às exibições de Juninho Petrolina (os adeptos e ex-colegas do Beira-Mar ainda devem estar a pensar o que lhe temos andado a fazer), completamente deslocado do jogo e da dupla de centrais, perfeitamente ridícula, com Wilson a ter erros incríveis num central com a sua experiência. De resto, Neca hoje esteve infeliz mas esforçado e de Lourenço nada mais há a dizer que o homem não sabe marcar golos, ponto final, parágrafo. Adapte-se o homem a extremo, sempre disfarça. O cabeçeamento que sai 3 balizas ao lado completamente sozinho entra nos "falhanços de 2005".
Enfim, saí do Estádio feliz pelos pontos, mas com uma azia monumental. Vejo muito pouca vontade de correr na nossa equipa. E posso tolerar tudo, menos falta de atitude. Não posso criticar Sousa quando perdeu a bola e isolou o avançado Aveirense, mas recuperou e foi lá de carrinho ceder canto. Agora, só posso criticar quando o meio campo parece a rede num jogo de ténis. Assiste e às vezes a bola bate nela. Até faz lembrar uma piada que Herman José costuma dizer, "assistem a tudo mas não entram em jogo".
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