Homenagem a Mariano Amaro
Em Maio de 1987, morreu Amaro, uma das maiores figuras da história do Belenenses e do futebol português.
Transcrevemos o texto que, então, foi publicado nas páginas da “Bola” por Aurélio Márcio, assumido benfiquista mas que (contrariamente à maior dos jornalistas de hoje) conheciam a história do desporto português.
“Era um nome histórico do futebol do Belenenses, fica bem ao lado de Artur José Pereira, dos olímpicos, como então se dizia, Augusto Silva e César de Matos, do nome lendário de José Manuel Soares (Pepe), o jovem perdido antes dos vinte anos e, claro, de Matateu, estes os nomes, não sei se nos falta algum, dos homens que ajudaram a escrever a história do futebol do Belenenses.
Mariano Rodrigues Amaro morreu ontem, aos 72 anos, fulminado por um ataque cardíaco e ficado ligado aos maiores triunfos do futebol do seu clube de sempre (…)
Era um jogador excepcional, dos maiores de sempre do nosso futebol, um centrocampista que seria hoje pago a peso de oiro, sempre do lado direito, onde mostrava uma versatilidade de jogo a fazer inveja, ainda hoje, aos nossos melhores centrocampistas.
Com ele, outra grande figura do nosso futebol, também das maiores, o madeirense Pinga, interior-esquerdo do F.C.Porto, com o qual travou duelos, nos encontros Belenenses – F.C.Porto que são da história do futebol, por conterem um elevado conteúdo técnico e uma corecção exemplar entre dois jogadores fora de série.
Dezanove vezes internacional, entre 1937 e 1947, praticamente entrou na selecção nacional em 1937 e dela nunca mais saiu até dar o lugar, atraiçoado por uma doença que o marcou, não a um sucessor, mas a vários jogadores que passaram pelo lugar que ele desempenhou com tanto brilho e que tantos anos levou depois a encontrar quem o substituísse.
Campeão Nacional, com o Belenenses, em 1945/46, vencedor da Taça de Portugal, em 41/42, Mariano Amaro, para além da sua classe de grande jogador exibia, dentro e fora do terreno, uma correcção e uma educação exemplares, nunca criando quasquer problemas a quem quer que fosse.
O primeiro número de ‘A Bola’ fica assinalado por uma entrevista notável, de José Alves dos Santos, em que Amaro, recuperado da doença que o acometeu num Sábado, na véspera de uma final da Taça, Belenenses – Sporting, declara que ia recomeçar, aos 30 anos, com o mesmo entusiasmo dos seus primeiros tempos.
Um grande jogador que nos deixa, uma figura histórica do futebol português e do Belenenses.
Morreu como queria, o velho amigo, de repente, sem dar trabalho a ninguém, certamente a olhar para o sorriso de uma mulher”.
A este artigo há que acrescentar que Amaro, no Belenenses, além de um Campeonato Nacional e de uma Taça de Portugal, conquistou ainda dois Campeonatos de Lisboa (1943/44 e 1945/46). Esteve ainda em duas outras finais da Taça que o Belenenses não conseguiu vencer, e só pela doença referida no artigo é que não esteve numa 4ª.
Noutro âmbito, na lista jogadores referidos por Aurélio Márcio como tendo sido “os jogadores que ajudaram a escrever a história do futebol do Belenenses”, faltam muitas figuras importantes. Entre muitas outras, basta lembrar as Torres de Belém (os grandes Feliciano, Vasco e Capela), Serafim, Artur Quaresma, Di Pace, Scopelli, Vicente, José Pereira…
Finalmente, lembremos que Pepe morreu aos 23 anos (e não antes dos 20), tendo constituído, juntamente com Augusto Silva e César de Matos, o trio de jogadores belenenses presentes na brilhante presença da Selecção Nacional, nos Jogos Olímpicos de 1928, em Amesterdão, fazendo do Belenenses o clube mais representado.
Em Maio de 1987, morreu Amaro, uma das maiores figuras da história do Belenenses e do futebol português.
Transcrevemos o texto que, então, foi publicado nas páginas da “Bola” por Aurélio Márcio, assumido benfiquista mas que (contrariamente à maior dos jornalistas de hoje) conheciam a história do desporto português.
“Era um nome histórico do futebol do Belenenses, fica bem ao lado de Artur José Pereira, dos olímpicos, como então se dizia, Augusto Silva e César de Matos, do nome lendário de José Manuel Soares (Pepe), o jovem perdido antes dos vinte anos e, claro, de Matateu, estes os nomes, não sei se nos falta algum, dos homens que ajudaram a escrever a história do futebol do Belenenses.
Mariano Rodrigues Amaro morreu ontem, aos 72 anos, fulminado por um ataque cardíaco e ficado ligado aos maiores triunfos do futebol do seu clube de sempre (…)
Era um jogador excepcional, dos maiores de sempre do nosso futebol, um centrocampista que seria hoje pago a peso de oiro, sempre do lado direito, onde mostrava uma versatilidade de jogo a fazer inveja, ainda hoje, aos nossos melhores centrocampistas.
Com ele, outra grande figura do nosso futebol, também das maiores, o madeirense Pinga, interior-esquerdo do F.C.Porto, com o qual travou duelos, nos encontros Belenenses – F.C.Porto que são da história do futebol, por conterem um elevado conteúdo técnico e uma corecção exemplar entre dois jogadores fora de série.
Dezanove vezes internacional, entre 1937 e 1947, praticamente entrou na selecção nacional em 1937 e dela nunca mais saiu até dar o lugar, atraiçoado por uma doença que o marcou, não a um sucessor, mas a vários jogadores que passaram pelo lugar que ele desempenhou com tanto brilho e que tantos anos levou depois a encontrar quem o substituísse.
Campeão Nacional, com o Belenenses, em 1945/46, vencedor da Taça de Portugal, em 41/42, Mariano Amaro, para além da sua classe de grande jogador exibia, dentro e fora do terreno, uma correcção e uma educação exemplares, nunca criando quasquer problemas a quem quer que fosse.
O primeiro número de ‘A Bola’ fica assinalado por uma entrevista notável, de José Alves dos Santos, em que Amaro, recuperado da doença que o acometeu num Sábado, na véspera de uma final da Taça, Belenenses – Sporting, declara que ia recomeçar, aos 30 anos, com o mesmo entusiasmo dos seus primeiros tempos.
Um grande jogador que nos deixa, uma figura histórica do futebol português e do Belenenses.
Morreu como queria, o velho amigo, de repente, sem dar trabalho a ninguém, certamente a olhar para o sorriso de uma mulher”.
A este artigo há que acrescentar que Amaro, no Belenenses, além de um Campeonato Nacional e de uma Taça de Portugal, conquistou ainda dois Campeonatos de Lisboa (1943/44 e 1945/46). Esteve ainda em duas outras finais da Taça que o Belenenses não conseguiu vencer, e só pela doença referida no artigo é que não esteve numa 4ª.
Noutro âmbito, na lista jogadores referidos por Aurélio Márcio como tendo sido “os jogadores que ajudaram a escrever a história do futebol do Belenenses”, faltam muitas figuras importantes. Entre muitas outras, basta lembrar as Torres de Belém (os grandes Feliciano, Vasco e Capela), Serafim, Artur Quaresma, Di Pace, Scopelli, Vicente, José Pereira…
Finalmente, lembremos que Pepe morreu aos 23 anos (e não antes dos 20), tendo constituído, juntamente com Augusto Silva e César de Matos, o trio de jogadores belenenses presentes na brilhante presença da Selecção Nacional, nos Jogos Olímpicos de 1928, em Amesterdão, fazendo do Belenenses o clube mais representado.
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