segunda-feira, setembro 13, 2004

Guerreiros!


Esta noite assistimos a um óptimo jogo de futebol, não muito bem jogado, mas com vontade de fazer golos de parte a parte. Pela parte do Belenenses, excelente final de partida, cheio de querer e vontade, de uma equipa que não se deixou abater pelas adversidades.

Estava o jogo morno, iniciado há uns minutos, quando um remate de Gama da esquerda tabela em Rolando (que o comentador da SporTV insistia em chamar Ronaldo, enfim...) e Marco Aurélio defende a custo. Na recarga, 1-0 para o Rio Ave, por Saulo. A equipa não se deixou abater, pegou no jogo e "caiu em cima" dos Vilacondenses. Antchouet tem uma perdida inadmissível num ponta-de-lança (pareceu demonstrar medo de ir isolado, procurando um companheiro que resolvesse) e o Rio Ave, num lance de cabeça, originado numa das mil falhas de Cristiano, podia ter dilatado. Mas até à meia hora de jogo, o Belenenses já merecia o empate. De repente, aos 30 minutos, o 2º do Rio Ave num pontapé de fora da área de Zé Gomes que tabela em Zé Pedro, desviando a bola de Marco Aurélio. Seguiu-se um período menos conseguido, com o Belenenses a acusar o golo, porém sempre a tantar mudar a sorte do jogo.

No reatamento, Carvalhal tira Marco Paulo e Rodolfo Lima, muito apagados, e faz entrar Lourenço e Brasília, que se tornou no homem do jogo, pelos 2 golos apontados. O Belenenses entra melhor mas, num contra-ataque, novo golo para o Rio Ave, com culpas para a nossa defesa. Parecia o fim, a equipa perdeu-se por uns 5 ou 10 minutos, mas voltou à carga, cada vez mais intensa, até que a 15 minutos do final Brasília na esquerda ganha espaço, remata, a bola tabela em Franco e ilude Mora. O Belenenses galvaniza-se, parte para cima do Rio Ave e Carvalhal troca Petrolina (apagado) por Neca, que viria a deixar o seu cunho no jogo. A 5 minutos do final, Neca leva a bola para o ataque, entrega atrás para Zé Pedro que marca um golo de bandeira. Por essa altura, há que dar mérito ao Rio Ave que sempre procurou o 4º golo, mesmo quando o Belenenses reduziu para 3-2. Marco Aurélio susteve uns remates perigosos dos atacantes do Rio Ave e, na última jogada do desafio, um jogador azul sofre uma falta a uns 30 metros da baliza. Brasília remata, não muito forte, a bola passa por entre um amontoado de jogadores sem tocar em ninguém e Mora, parecendo esperar o desvio da bola, atira-se tarde demais e fica com culpas no lance.

Destaque pela positiva no Belenenses para Brasília, Neca e Andersson e pela negativa para Marco Paulo, Amaral e, fundamentalmente, Cristiano. Uma menção honrosa para Pélé, que passou o jogo todo a fazer de central e lateral-esquerdo, pois Cristiano andava desaparecido em campo.

Em suma, uma exibição positiva da nossa equipa, apesar das vicissitudes do encontro. Souberam sempre levantar a cabeça e lutar. Está de regresso o quarto de hora à Belenenses!

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