O Belenenses iniciou esta temporada com um plantel fraco e com poucas soluções, que no entanto em Janeiro foi reforçado por alguns elementos válidos e que, acima de tudo, proporcionaram variedade ao treinador.
Condição essencial para a nova temporada é a definição do técnico que vai trabalhar no Belenenses na próxima época. Inácio está sem "bancada", mas após esta vitória, conseguindo uma vitória convincente sobre o europeu Braga poderia ganhar um capital de confiança que lhe mantivesse a posição. Mas em caso de saída, vários nomes se perfilam no horizonte azul, a saber: Nelo Vingada, José Couceiro, Manuel Cajuda, Marinho Peres, José Peseiro, entre outros.
Sinceramente, Inácio tem-me desiludido, mostrando-se um treinador com pouca capacidade para equipas que lutam para não descer. No entanto, o último jogo foi uma agradável surpresa, e talvez já começe a ambientar-se e a perceber que agora tem de jogar de outra forma. Gostava sinceramente que isso sucedesse, pois é uma pessoa sincera e em quem ainda tenho alguma esperança. A ver vamos.
Mas muitos outros problemas afectam o nosso Belenenses, desde a indefinição directiva até à instabilidade no plantel, com 12 jogadores em fim de contrato. E tudo isto numa altura em que os concorrentes directos se encontram já no mercado.
Quando regressámos à 1ª divisão em 1999, criámos uma espinha dorsal de uma equipa que tão boa conta de si tem dado: Marco Aurélio, Wilson, Filgueira e Tuck foram esteios de uma equipa sempre fustigada por entradas e saídas, mas com resultados a apresentar. Urge agora encarar a nova época como uma época em que se procuram novas referências dentro de campo, porque se Marco Aurélio ainda está para durar, o mesmo não se pode dizer dos outros 3, que devem continuar a ser referências do Belém, mas fora de campo. Sinceramente, acredito que dentro do plantel possuímos já alguns jogadores que pela sua qualidade e carácter podem desempenhar essas funções de espinha dorsal.
Continuando a contar com Marco Aurélio na baliza, a manutenção de Emerson significava continuarmos com um líbero de qualidade e que transmite confiança à equipa. Pélé, a meio campo, é já uma referência do Belenenses e muito nos custaram os 2/3 meses em que esteve lesionado. À sua frente, Neca, se conseguir que as lesões deixem de o apoquentar, é também um elemento a considerar. Na frente, Antchouet, pelo espírito de sacrifício patenteado e pela sua qualidade (sem apoio ninguém vai a lado nenhum) é outro dos símbolos azuis. Temos, assim, construído um eixo pelo qual poderia passar o futuro azul, sem esquecer outros nomes que bem enquadrados poderiam ajudar a formar uma equipa sólida: Andersson (para segurar e pensar o jogo), Sousa (com um médio a fechar o lado direito carrega muito jogo), Brasília (aplica-se o mesmo que a Sousa, para mim é um lateral ofensivo), Leandro (um médio capaz de recuperar bolas e lançar o ataque e que ainda conta com um remate forte) e Hugo Henrique (um verdadeiro matador, como se calhar não há outros em Portugal, mas já sei que aqui todos me olham de lado). Obviamente, os produtos dos escalões de formação também têm de ser levados em consideração, uma vez que Eliseu, Gonçalo Brandão, Fábio Rosa, Ruben Amorim ou Bruno Simão podem ser apostas muito válidas a curto/médio prazo. Estes nomes, com a entrada de mais 2 ou 3 jogadores (um central de marcação forte, um trinco e um extremo) fariam uma bela equipa.
Essencial, na minha opinião, é nunca mais caírmos no erro de ficar nas mãos do treinador. Seja ele qual for, e se for o Inácio, se é treinador do Belenenses (e se continuar a acertar como no último jogo) eu apoio-o. Toca a trabalhar...
terça-feira, abril 27, 2004
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