A palavra a Nuno Gomes
Artigo da autoria de Nuno Gomes, um sócio preocupado
"Companheiros, consócios, amigos.
Isto anda tão morto e eu sinto-me tão cansado... Acho que escrevo como forma de me automotivar, em jeito de preparação para mais um fim de semana de esforçado e abnegado sofrimento.
Bem tento não pensar nisso, e lembrar-me de todas as razões lógicas para não sofrer em demasia (há vida além do futebol, etc e tal) mas não consigo. Não me conformo com este destino anunciado, com este futuro provável o qual levaremos muito tempo a recuperar. Com esta pouca vergonha, de tanta gente que devia servir e apenas se serve. Nem sei como.
A crise desportiva instalou-se com a saída do ... do... do... sabem quem (ia escrever o nome mas só saem adjectivos vernáculos). Foi provocada, à priori, pela realização de um contrato de trabalho, regiamente favorável para o prestador, com incrivel cláusula de rescisão sem direito a indemnização em caso de saída extemporânea, que veio a acontecer (se estava lá e não é comum, é porque era para ser usada, daaaa!!!). É preciso ser muito estúpido para aceitar condições destas. Até parece que não havia mais treinadores (portugueses então...) disponíveis. Ficámos dependentes de um senhor (letra pequena) que tudo indicava estaria de saída a breve prazo e estaria desejoso de receber a esperada proposta. Mas não saiu sem antes despachar três jovens promissoras esperanças, que comparando com alguns que ficaram e outros que vieram, são autênticos Pelés (o outro, o velho - não desfazendo n'O' que temos), desbaratando aquele que já era um dos mais pobres plantéis da liga principal.
O que é criminoso é deixar impune o responsável por isto. De aceitar condições e riscos deste tipo num contrato de trabalho, daquele senhor (letra pequena), como se de um treinador de renome internacional se tratasse, daqueles com carradas de títulos, e que fazia um grande favor em coordenar o nosso futebol, nem que fosse por 4 meses. Mas não. Tratava-se mesmo daquele senhor (letra pequena) que por um acaso do destino se escapou ao provável - ser pescador.
Trouxe-se depois um desconhecido, que cometeu o crime (lesa-pátria) de pôr os meninos a trabalhar no duro, imagine-se o atrevimento. Não gostaram, fizeram queixinhas, puseram areia na engrenagem, perderam uns jogos (à conta do que entrámos no escorrega de que agora queremos sair) e... e lá mandaram o homem embora. Não estava comprometido com nada de negativo, até percebia umas coisas de bola mas foi vítima da ânsia de ócio dos coitadinhos que tinham de treinar duas vezes por dia alguns dias por semana.
Para comparação, este que lá está levou 2 meses ou mais a perceber que o Tuck é imprescindível para segurar o, caso contrário, inexistente meio campo defensivo. Tem um palmarés vergonhoso e teve 8 ou 9 reforços. E só gosta dos que ele escolheu.
O cabeça de giz, qual mente iluminada, lá continua a arrastar a carcaça e a fazer de conta que faz. Acumula agora com a função de avaliador de danos para seguros automóveis. Quase certo, continuaria, não fosse a saída do ainda 'maior' para servir cafés e atender telefones áquele do golfe, com um grande bronzeado - tipo pinho envernizado a mogno -, e cabelo lambido por gigantesca vaca com doença de Creutzfeldt-Jakob. Merda para a política.
Chamem-me o que quiserem mas acredito que o Tuck não está sozinho e ainda há jogadores que querem que a coisa resulte e que, apesar de tudo, consigamos ainda salvar a pele e para isso estão dispostos a sofrer e dar o litro. Sei que há!
Por isso deixo aqui um pedido, uma súplica ao jovem e ex-promissor futuro ex-treinador: Deixe jogar esses, deixe-se de invenções, deixe-se de ... ... deixe-nos em paz!"
quinta-feira, abril 22, 2004
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário