Estive no outro dia na Fnac e encontrei um livro sobre o futebol da Académica de Coimbra intitulado "Académica - História do Futebol" da autoria de João Santana e João Mesquita e apesar de não ter analisado o livro com muita atenção não pude deixar de ficar impressionado com a obra.
Pareceu-me sobretudo um livro muito bem conseguido, uma vez que está bem organizado (primeiro por épocas, depois por temas), está muito bem ilustrado (mais de 1500 fotografias) e com uma boa qualidade (até ao nível do papel). O livro de facto destaca-se dos outros porque além de ter um formato grande contém ainda mais de 700 páginas! (E ao que parece pesa ainda quase 4 kg!) O preço também não é pequeno... cerca de 50 euros!
A Académica, os seus adeptos e sobretudo os autores estão de parabéns por esta obra.
Relativamente ao Belenenses penso não existem muitos livros além dos escritos pelo Acácio Rosa nos anos 80 e 90 pelo que uma obra do género seria muito bem-vinda! Será que já temos alguém a trabalhar nisso? Desconfio que sim...
"A HISTÓRIA DO FUTEBOL DA BRIOSA, julgamos nós, dificilmente será entendida se desligada da história da Associação Académica de Coimbra. Não apenas porque foi no seio desta que nasceu a prática da modalidade entre os universitários coimbrãos, estava o regime republicano no seu advento. Mas porque de outro modo não se compreenderia porque é que, em 1969, por uma única vez, o Presidente da República não esteve presente na final da Taça de Portugal. Como não se perceberia porque é que, em Junho de 1974, a secção de futebol da Associação Académica foi temporariamente extinta por decisão de uma Assembleia Magna estudantil.
O 25 de Abril foi há mais de três décadas e a chamada crise académica de 69 há mais tempo ainda. Mas não, não se trata de velharias, no que também simbolizam no relacionamento entre a Briosa e os estudantes. Ainda não há muito, durante um jogo, o estádio do Calhabé estava pejado de cartazes contra as propinas na Universidade. Em que outro estádio do país é possível - dir-se-ia mesmo, é normal - ver os estudantes a manifestarem-se assim?
E não, não são resquícios corporativos, como alguns poderão ser tentados a pensar. Ao contrário: se a história do futebol da Briosa é, desde sempre, inseparável das lutas estudantis, ela confunde-se igualmente, em larga medida, com a própria história da cidade e do país no último século."
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