Que é feito de ti
meu belenenses?
quem és tu que escrevo
a carvão?
Restamos
os dois, isolados
ainda,
sem oriente,
a percorrer a solidão?
Ou desististe já
de correr?
Lambendo a custo
as tuas feridas,
penando
só
até morrer?
O que de ti resta
meu velho amado,
passa bem sem futebol.
O artista que te escreve
derrotado,
a sua angústia
de décadas
sem ver o sol.
Mas sólido
ardente serás,
lutador
em naufrágio.
Se o amor
de quem te ama,
arranjar
quem te possa salvar
da tua dor
por sufrágio.
Por Pedro Sequeira
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