sexta-feira, março 24, 2006

A propósito de equipamentos

L.Vieira

A propósito de equipamentos este artigo vai debruçar-se sobre uma das novidades que surgiram no início da época que foi o fim do contrato com a Lotto e a celebração de um novo, com a duração de 3 anos, com a empresa MPH.

Fazendo uma análise do que aconteceu nos 3 anos em que a Lotto vestiu os “azuis” pode-se ver que as principais queixas (dos adeptos, entenda-se) estiveram relacionados com o aspecto dos equipamentos e com a dificuldade em adquiri-los, quer dentro do Restelo, quer fora dele.

Em relação à questão dos “gostos” tenho que concordar com o velho ditado. Há quem achasse os equipamentos feios, mas aceito que também existisse quem os considerasse atractivos. Pessoalmente, penso que os dois primeiros anos eram horríveis, mas o ultimo acho que era muito bonito, principalmente a cor, mesmo com o “ovo estrelado” – aquele patrocínio horroroso. Haviam depois outras questões relacionadas com o tamanho dos logos da marca e com a cruz de Cristo não ser bordada, com os quais até concordava, mas isto eram pormenores.

O principal problema colocava-se, na minha opinião, com a disponibilização dos equipamentos, que também é uma forma de publicitar o clube, e neste nível podemos dizer que era fraco. Fora do Restelo apenas vi o nosso equipamento em duas cadeias de lojas: Sportzone e Brooklins, mas não nas lojas todas.

Agora com a nova marca é escandalosamente pior. Ainda não vi os nossos equipamentos à venda por uma única vez!! A não ser que estejam sempre esgotados!!!! Por outro lado, também não quero ser injusto, e admito que não costumo visitar com regularidade as lojas de desporto, mas já lá vai cerca de 9 meses e ainda não vi nada.

Na altura do lançamento o clube emitiu um comunicado que definia que os objectivos desta nova parceria seria assegurar: 1. qualidade geral dos materiais; 2. qualidade das inserções; 3. equilíbrio na exposição da marca própria; 4. cumprimento de prazos; 5. facilidades logísticas; 6. desenvolvimento de uma linha para «merchandising» coerente, com distribuição nacional e com colocação no mercado no «timing» certo

Admito que no plano financeiro este acordo possa ser muito mais vantajoso do que o anterior, e que os pontos 1, 2, 4 e 5 estejam a ser cumpridos, mas estão-se a repetir erros do passado, nomeadamente nos pontos 3 e 6.

De facto, dentro do Restelo a situação melhorou! Desta vez as Lojas Azuis puseram à disposição dos sócios os equipamentos logo no primeiro jogo, e não três meses depois de começar o campeonato como aconteceu em 2004/05. Aqui melhorámos.

Mas por outro lado, apenas por uma vez vi um equipamento desta marca – umas calças de guarda-redes – pelo que, exposição da marca e distribuição nacional, parece não estarem a cumprir.

Também não quero deixar de apontar alguns dados curiosos, como por exemplo, em Coimbra, grande parte das lojas ter artigos relacionados com a Académica e em várias lojas de Lisboa, já vi este ano, equipamentos do Marítimo, da Académica e do Boavista.

Também quero reforçar a ideia – que já foi aqui expressa, quer por mim, quer por vários adeptos – de que a Loja Azul devia ter descontos para sócios do clube. Mas isso são outras histórias…

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