terça-feira, janeiro 24, 2006
Não convencem ninguém!
O Belenenses empatou em Leiria 2-2, um resultado que se pode considerar aceitável, mas que após assistir aos 90 minutos se revelou um verdadeiro achado, fruto de muita sorte e do trabalho de apenas meia dúzia de jogadores. Estranhamente, entrámos bem na partida. Mas sofremos um golo e a equipa desapareceu. O 2º golo do Leiria surgiu rapidamente e entrámos num período letárgico de 50 minutos, até que Couceiro percebeu que estávamos a perder e decidiu colocar em campo Dady. Curiosamente, este jogador sofreu a falta que originou o 1º golo e foi importante no espevitar do ataque azul. Porquê esperar 50 minutos para “correr atrás do prejuízo”? Porquê ter arriscado sofrer o 3º golo imensas vezes??? Caramba, não é por 15 minutos decentes que apagam todas as asneiras que fazem. Se sabem fazer esse quarto de hora, então sabem jogar. Então joguem! Assim, não convencem ninguém!!!
O Jogo
O Belenenses entrou bem na partida, e Rolando logo nos primeiros minutos poderia ter colocado o Belenenses em vantagem, tendo valido ao Leiria uma grande defesa de Costinha. Alguns minutos depois, foi a vez de Pele fazer um cabeçeamento inofensivo da entrada da área, para Costinha mostrar a sua característica veia “frangueira” e só por milagre ver a bola devolvida pelo poste.
Na primeira vez que o Leiria atacou, 5 ou 6 defesas do Belenenses atrapalharam-se uns aos outros e Paulo César aproveitou uma bola perdida para marcar um grande golo. O Belenenses desapareceu então do jogo e, com naturalidade, o Leiria fez o segundo golo aos 20 minutos, por Touré. A partir daí, durante 50 minutos, limitei-me a abanar a cabeça e insultar a TV por me mostrar tamanha vergonha. Uma equipa derrotada, um treinador derrotado, uma derrota certa, faltava saber por quanto.
Ao intervalo, Couceiro substituiu o inexistente Ricardo Araújo (cerca dos 20 minutos, o realizados filmou-o. Foi a única vez que apareceu no ecrã) por Ahamada, que embora trapalhão, atrapalhou mais os adversários que o Brasileiro. O marasmo prolongou-se, apenas “traído” por uma investida individual de Sousa, que atirou à barra.
Até que Couceiro decidiu, 50 minutos depois de estarmos a perder 2-0, colocar Dady em campo. Segundos depois, Romeu ganhou uma bola, endossou-lha, Dady driblou um adversário e ganhou a falta. Nasceu aí o primeiro golo. E depois, dos pés de Dady, não saiu um pingo de magia, mas saiu a simplicidade que a nossa equipa precisa. Receber a bola, passar a um colega solto, sempre com a preocupação de passar a bola para a frente do colega, para que este pudesse progredir. Tem de vir um rapaz da 2ª divisão para ensinar os craques. O Belenenses crescia, até se assemelhava a uma equipa com “estaleca” europeia, e Silas num bom remate restabelece a igualdade. O jogo abre e o Belenenses poderia ainda ter vencido.
Sinceramente, estes jogos irritam-me solenemente, dão-me a volta as entranhas! Porra, porque não jogamos sempre assim??? Porquê??? Porque é preciso esperar 50 minutos para arriscar??? O raio do jogo não estava já perdido “Mister”???
O árbitro
Globalmente bem, preocupado em deixar jogar. No 1º golo do Belenenses, havia fora de jogo posicional de Romeu e, no limite, fora-de-jogo de Sousa. Errou aqui em benefício do Belenenses. Antes assim!
Conclusão
E pronto, lá conseguimos um pontito. Com uma “vaca” descumunal, sem merecer minimamente, quando o resultado mais justo teria sido estar a levar 4 ou 5 aos 70 minutos. Ricardo Araújo não existiu, Amaral é, neste momento, um jogador ridículo e Sandro anda a ver passar os comboios. Por outro lado, Sousa encheu, como sempre, o campo, Romeu esteve muito bem, mas desapoiado durante mais de uma hora e Dady revelou que merece e é imperativo que jogue ao lado de Romeu. Valeu pelo ponto. Mas por favor, acordem e joguem à bola! Vem aí o Penafiel. Se não é a estes que ganhamos…
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