Há 52 anos que Lisboa não via cair neve. Foi hoje, primeiro uns flocos no final do almoço, depois um nevão “à séria”, quando tinha acabado de chegar ao Restelo. Que maravilhoso foi assistir a tal espectáculo desde o varandim do Acácio Rosa, por cima da Capela do Sto. Cristo, e ver o Tejo, os Jerónimos e a ponte entrecortados por flocos de neve. Uma imagem que não esquecerei nunca. Veio depois o jogo, e pouco há a contar para além dos golos. Vitória fácil contra a pior equipa do campeonato e, talvez, a pior equipa que vi jogar na 1ª Divisão. Os golos sucederam-se, a equipa esteve muito bem, e registe-se a estreia de Rui Jorge, que com 2 assistências e muita concentração defensiva, mostrou ser um reforço de peso.
Continua...
O Jogo
O Belenenses entrou bem e adivinhava-se o primeiro golo, mais tarde ou mais cedo. Ahamada foi o primeiro a levar alguma emoção às bancadas, com um remate fantástico que saiu a rasar a barra. O golo acabaria por surgir por intermédio de Ahamada (que esteve fantástico na entrega e qualidade de jogo), solicitado por Sandro num grande passe, e que após excelente trabalho sobre um defesa adversário já dentro da área, atirou a contar, sem que o guarda-redes adversário esteja isento de culpas.
O jogo manteve-se na mesma toada, e o 2º golo da tarde surge por intermédio de Rolando (começa a tornar-se um caso sério lá à frente), que correspondeu a um cruzamento do estreante Rui Jorge (o vídeo deste golo está disponível no post anterior). No entanto, minutos volvidos, o Belenenses sofreu um revés, com a expulsão de Sandro Gaúcho, perfeitamente aberrante. Nas bancadas, sentia-se alguma inquietação…
No entanto, a equipa reagiu bem, e surgiu então o 3º golo, por intermédio de Romeu, dentro da pequena área, de cabeça, assistido por Rui Jorge. Era o golo da tranquilidade e do “alívio” para Romeu, que há tanto tempo procurava e merecia este golo, e o festejou como se de um jovem estreante se tratasse.
Veio a 2ª parte, e com ela voltou o Belenenses mandão. Logo nos primeiros minutos, um cruzamento de régua e esquadro de Rui Jorge encontra Ahamada completamente solto a poucos metros da baliza, mas o cabeçeamento saiu sobre a barra. No entanto, poucos minutos volvidos, o mesmo Ahamada, assistido por Silas, fez o 4º golo, num lance que originou a expulsão de Odaír por protestos, invocando um suposto penalty no lance anterior a favor da equipa nortenha.
Poucos minutos depois, Romeu é lançado pela direita, entra na área, trabalha sobre o guarda-redes e um defesa e a bola sobra para Ahamada, que empurra para o 3º golo da tarde, o 5º da nossa equipa.
Daí até final, o Belenenses mostrou-se pouco interessado em aumentar o placard, levando as bancadas, por vezes, a exasperar, tal a falta de vontade de marcar mais golos. E, com a tarde fria que estava, os adeptos estavam sedentos de festa.
O árbitro
O árbitro esteve pouco coerente, mostrando todos os cartões logo desde início, mas mostrando o 2º amarelo a Sandro Gaúcho numa falta inócua a meio-campo, que jamais seria merecedora de amarelo. De resto, na expulsão de Odaír é impossível aferir do seu ajuizamento, apesar no tal lance que os durienses reclamaram ter acertado.
Conclusão
Boa vitória azul, por bons números, capaz de dar alento para o resto do campeonato. Importante, agora, era não perder na próxima semana em Guimarães, de forma a manter alguma consistência para receber o Porto. Destaque para a atitude “mandona” com que a equipa entrou em campo. No entanto, custa-me conceber que uma equipa, a vencer 5-0 perante um adversário destroçado, recue e tenha pruridos em desfazer o pouco que ainda resta deles. A vencer 5-0 a 25 minutos do final, havia tempo para fazer história. Assim não foi, e a justiça da vitória e a boa exibição azuis são incontestáveis. Ah, e sendo o Penafiel uma equipa muito fraca, ainda ninguém os havia vencido por 5-0…
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