terça-feira, janeiro 17, 2006
600 quilometros para meia dúzia de segundos
De forma surpreendente, convidaram-me no Domingo à noite para estar no Porto esta noite no programa “Depois da Hora”, da RTP-N. Devo confessar que apenas uma vez, e de passagem, havia visto o programa, do qual pouco ou nada me recordava. Bom, perante este desafio, não podia dizer que não, em especial porque ia defender o meu Belenenses. E como tentei, pela mensagem que passei, a melhor defesa é o ataque.
O Belenenses e o Sporting acabaram por ter menor “tempo de antena”, na medida em que o jogo foi pacífico, por contra-ponto aos jogos Benfica-Académica (recheado de “casos”) e à derrota do Porto na Amadora. Ou seja, 600 km e 1 hora de programa deram para apenas duas intervenções:
- na primeira intervenção, questionado sobre o que se passa com o Belenenses, referi que esta é uma situação que não é esporádica, mas que se arrasta há vários anos, sendo uma espécie de cultura instalada no balneário, que faz com que os níveis de empenho sejam geridos pelos jogadores ao longo da época, de forma a ter uma temporada calma, no meio da tabela. O problema é que por vezes há um descuido e, quando se quer acelerar as pernas, a cabeça já não deixa. Referi também que não é aceitável jogar sem ponta-de-lança demonstrando um respeito inusitado por um adversário banal como o Sporting. Aliás, referi, de forma a “picar um bocadinho”, que o Sporting é actualmente uma equipa do meio da tabela, mas nem assim consegui que a discussão viesse para o lado do Belenenses-Sporting
- na segunda intervenção, após entrevista a Rolando (em estúdio, em Lisboa), fui questionado se preferia o Rolando no Belenenses ou 3,5 milhões de Euros (cláusula de rescisão), ao que respondi que os 3,5 milhões dariam muito jeito, mas que acho que o Rolando ainda tem muito para dar ao Belenenses, começando a formar uma excelente dupla com Pele, naquele que ainda é dos poucos sectores que não dá dores de cabeça aos adeptos. E, a sair, que saia para o estrangeiro.
Em suma, tive pouco tempo para falar (e o à-vontade, claro está, não era o maior), e mesmo nesse pouco tempo a pressão era sempre constante… fiz o melhor que pude.
Problema maior foi a chegada a Lisboa, pelas 2:30 da manhã, pois liguei a TV e estava a dar a repetição do programa e tive a infelicidade de me ver na TV… OK, maquilhagem não é mesmo a minha especialidade! Não que tivesse dúvidas, atenção!
Uma experiência muito engraçada, num ambiente de camaradagem entre os representantes dos clubes, comentadores, apresentador e equipa técnica.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário