Ainda na 3ª jornada, após uma derrota em Alvalade e uma vitória segura (porém, não convincente) em casa ante a União de Leiria, o Belenenses tem, na minha opinião, uma prova de fogo esta noite em Penafiel, prova essa que vai muito para além do resultado final. Trata-se de uma prova de atitude da equipa quando actua fora de portas, fartos que estamos de ver um Belenenses coitadinho e subserviente fora de casa. Se todos no clube assumem aspirações que passam pelas competições europeias, vamos então mostrar que de facto temos estofo físico e, essencialmente, psicológico, para lá chegar.
Continua...
Ontem, ao ver os últimos 15/20 minutos do Boavista-Paços de Ferreira, dei por mim a pensar há quanto tempo não vejo o Belenenses com aquela disponibilidade física e mental fora de portas para, nos últimos 15 minutos, tentar inverter uma desvantagem de 2 golos. Com 2-0 a favor do Boavista, o Paços carregou, bombeou bolas, atacou pela direita, pela esquerda e pelo centro e conseguiu reduzir para 2-1. Logo de seguida, balde de água fria, golo do Boavista, 3-1, pensei que baixariam os braços, faltariam 5 minutos. Nada disso, toca a carregar para cima do Boavista… e por fim o 4-1. Injusto. Porém, saíram de cabeça erguida do Bessa. O que tanto nos tem faltado nos últimos anos.
Bem sei que em cada adepto há uma forma de ver o jogo. Mas tenho para mim que sair de consciência tranquila é o mais importante. E nos últimos anos poucas vezes vi o Belenenses fora de casa sair de consciência tranquila no final de um jogo, independentemente do resultado. Aceito a vitória do adversário quando este claramente nos supera ou tem a sorte do jogo. Não aceito a nossa derrota quando nos rebaixamos e fugimos da nossa obrigação.
Por isso, esta noite, em Penafiel, espero um Belenenses afoito, capaz de neutralizar os pontos fortes do Penafiel e explorar os seus pontos fracos. Ou seja, capaz de não cair na tentação de deixar espaço aos Durienses nas nossas costas para explorarem o seu contra ataque, muito cuidado nas tabelas entre o gigante Roberto e os médios, que rompem de trás (como N’Doye tão bem faz… ele que não deverá jogar hoje) e aproveitar as faixas laterais da defesa Penafidelense, que mostra muitas debilidades.
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