Tomei hoje conhecimento da parceria estabelecida com o IADE para o desenvolvimento da sinalética do nosso recinto desportivo, num concurso aberto aos alunos de 3º e 4º ano de Design Visual daquele Instituto. Eis uma boa iniciativa, em que ambas as partes saem a lucrar.
De facto, se há algo que os alunos universitarios sempre se queixam a da excessiva teorização dos seus curriculos disciplinares. Na verdade, a maior parte dos trabalhos práticos são meras teorizações sem quaisquer perspectivas práticas, pelo que quantas e quantas vezes a qualidade final do trabalho se ressente dessa desilusão e, por arrasto, os alunos acabam por não desenvolver as suas capacidades?
É sem qualquer dúvida uma iniciativa de registar, mas que tem de ser inserida num contexto mais largo, numa verdadeira teia de dependências, tão importante para todas as partes, como fundamental para o sucesso de ambas. Há que estabelecer parcerias com institutos das mais variadas áreas, pois se por um lado damos continuidade à nossa função social (ao proporcionar aos alunos oportunidades únicas de enriquecimento pessoal), por outro daí retiramos dividendos. Em especial quando falamos de tarefas criativas, em que é muito importante "apanhar" pessoas sem vícios e que não estejam encostadas a um bonito e preenchido curriculo.
Quantas e quantas ideias não brotam da cabeça de alguém que não vive dominado por tabus e que pensa sempre que é possível inovar, e não apenas copiar?
Espero, portanto, que seja o início de uma longa pareceria e de uma nova atitude do Belenenses perante a comunidade académica. Porque não darmos nós o primeiro passo daquele que é um dos grandes problemas da educação em Portugal: a ligação entre o ensino e as "empresas".
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