Ontem foi, desportivamente falando, talvez o dia mais triste da minha vida. Perdemos contra uma equipa que joga qualquer coisa com uma bola e duas balizas, mas não é futebol. Com 11 jogadores dentro da área, um ponta-de-lança que aparece a dobrar os centrais (Vryzas), com um avançado a lateral-direito (Charisteas, por várias vezes), onde é sequer impossível tentar o chuveirinho porque pura e simplesmente eles parecem um cão vadio a ver um pedaço de carne, tudo o que seja adversário é para caír em cima, chocar, nem que isso seja falta. Não posso dizer que sejam violentos, mas são de um anti-jogo atroz.
Sinceramente, só me fazem lembrar o Boavista, é tudo o que posso dizer. E isso não abona nada a favor. Tal como em Portugal, tirando os Loureiros e meia dúzia de capangas, mais ninguém suporta sequer ouvir falar no nome dessa espécie de clube de bairro (mas em mais pequeno), também na Europa do futebol ninguém gosta da vitória dos Gregos.
Porque foi a vitória da brutalidade sobre a beleza. Porque foi a vitória do jogo sujo sobre o futebol.
Gostava, por outro lado, de deixar uma palavra de clara desaprovação para com o público português, que mostrou uma vez mais, como é normal, que vai ao estádio para dizer que vai e não para apoiar a equipa. Éramos mais do dobro dos Gregos e, até ao golo Grego, ainda se ouviam umas coisas. A partir do golo, o público foi uma vergonha. Os Gregos jogaram em casa. Obrigado aos 40.000 inúteis que foram ao Estádio para gritar se estivessemos a ganhar. Se calhar era boa ideia reverem as atribuições de bilhetes, pois das 7 pessoas que comigo estavam a ver o jogo, todas as pessoas que conhecíamos que foram ao Estádio ver a final (e eram mais de 15), NENHUMA delas era adepta de futebol, e iam simplesmente porque tinham arranjado um convite, porque a prima da tia era amiga do filho da mãe, etc e tal. Os estádios são para quem gosta de futebol, e os adeptos estão lá para apoiar as equipas. É muito bonito as meninas aparecerem na TV todas pintadas, A Bola fazer capas com uma menina que deve ser "engate" de alguém da redacção e que, para além de não valer rigorosamente nada como mulher ao lado de muitas beldades que passaram pelo Euro, ainda tem direito a falar sobre futebol no jornal. Claro que está no estádio, claro que não canta. Porque no fim ainda é entrevistada e tem de brilhar. PÚBLICO VERGONHOSO!
As boas notícias, ou talvez não, é o regresso do Belenenses aos trabalhos, tema que ao longo do dia terá novos desenvolvimentos.
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