Na 6ª feira passada fui, pela primeira vez, ao Bingo do Belenenses, e tenho de dizer que fiquei agradavelmente surpreendido. Esperava um ambiente muito mais sombrio, uma clientela muito mais “duvidosa”, como alguém me disse, esperava um casino clandestino. Não iria tão longe, mas fiquei realmente espantado.
Após cruzar a porta, seriam cerca das 23:15, ver a imensa sala, repleta de gente, deixou-me embasbacado. Não imaginara a dimensão da sala, muito menos a clientela. Acompanhado de um amigo bloguista, procurámos uma mesa e deitámo-nos nos braços da fortuna. Infelizmente, a fortuna nada quis connosco, apesar de um prémio de cerca de 1.300 Euros ter “caído” na mesa do lado.
Nunca tinha jogado num Bingo, e achei um jogo interessante, na medida em que tem pausas que facilitam o convívio, acabando nesse aspecto por ser mais interessante que jogar no Casino, por exemplo. Por outro lado, 1 Euro por cartão, permite jogar por pouco dinheiro (1 euro, psicologicamente, são 100 Escudos e não 200) e prolongar o jogo. Ao longo da noite, são anunciadas jogadas por outros valores (2€ e 5€), que permitem engrossar o prémio. Existe ainda um Jackpot, que estava pelos 30.000€, para quem conseguir fazer Bingo antes da 38ª bola saída.
Acabei por conhecer o Chefe de Sala, e durante alguns minutos trocámos impressões sobre o Bingo, a sua importância para o clube e o seu futuro. Quanto ao funcionamento corrente do Bingo, sinal positivo da parte do responsável pela sala, que encara com naturalidade um ligeiro decréscimo de receitas, considerando o ano de 2004 um ano extraordinário e em claro contra-ciclo. Relativamente ao futuro, não pareceu claramente preocupado, estando convencido que mantendo o nível de serviço, e inovando no necessário, o Bingo ainda terá vida, sendo que o nosso factor de diferenciação relativamente à concorrência passa, exactamente, pela excelência do serviço prestado.
Relativamente à questão que tanta celeuma levantou, quer nos blogs, quer na AG, o orçamentado défice da exploração do bar, foi encarada com a maior das naturalidades. Pelo que foi possível verificar, aos jogadores habituais são oferecidas bebidas e refeições, enquanto de tempos a tempos, por toda a sala são distribuídos bolos. Ao que apurei, aquando da abertura da sala, pelas 15h, é oferecido um lanche aos jogadores que se encontram na sala. Para além disso, ao final da tarde, são oferecidos uma média de 600 pasteis de belém (numero de pessoas na sala). Como curiosidade, e resposta para os porquês do défice do bar, há alguns anos fez-se a experiência de não oferecer lanche aos jogadores que se encontram na abertura da sala. Da média de 100 jogadores/dia, em duas semanas passou-se para 30/40 jogadores/dia… parece estar tudo explicado!
Para o final, deixo o único reparo que me apraz registar: a arrumação dos clientes na sala não é a melhor, sendo que a determinada altura se encontravam muitos lugares para preencher, e muitos clientes saíam por não se conseguirem sentar. Isto porque os clientes entram e se sentam onde lhes apraz, o que resulta em “buracos” de 2 ou 3 cadeiras. A determinada altura, chega um grupo de 4 pessoas, e não conseguem ficar juntas… numa análise superficial, talvez nas horas de maior fluxo, “sentar” os clientes de forma racional, maximizando assim os lugares disponíveis. Isto, à partida, não poderia ser feito, por exemplo, quando a sala abre, pois muitos jogadores têm lugares de eleição, e nos momentos em que a casa não está cheia, não se justifica.
Em suma, uma noite bem passada, numa casa Belenense, na companhia de um amigo Belenense, e que só não foi perfeita por não ter visto “a cor do dinheiro”. Fica para a próxima, que será brevemente!
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