sábado, maio 14, 2005

Basquetebol: a Liga da vergonha

Rui Vasco



Os adeptos presentes no Pavilhão Acácio Rosa nesta noite de 6ª feira assistiram a (mais um) golpe de teatro. A partida entre Belenenses e FC Porto contava para a 1ª eliminatória do Play-off da Liga de Basquetebol. Os protagonistas principais chamaram-se António Pimentel, Paulo Sevilha e Sérgio Silva.

A partida foi bem disputada, com um bom ritmo e alta concentração do jogadores de Belém, que entraram muitíssimo bem no 1º período, conseguindo amealhar um avanço de 7 pontos. A equipa mais portuguesa da Liga enfrentava uma legião estrangeira perfeitamente imoral numa competição portuguesa, que em tese se destina a promover a modalidade em Portugal...

Ambas as equipas faziam o seu jogo, com o Belenenses a comandar o marcador até ao final da 1ª parte, deixando-se apenas ultrapassar no reatamento da partida, após um conjunto de turnovers (uns por culkpa própria, outros por responsabilidade dos protagonistas da partida).

Chegado ao último minuto e meio da partida, e com uma diferença no marcador de 11 pontos a favor dos visitantes, o Belém opta pela táctica das faltas rápida (obrigando os adversários a ir para a linha de lançamento livre) seguidas de ataques eficazes, aproveitando a mão quente de Nuno Perdigão e Reggie Moore. Assim, e depois de uma sucessão de faltas, lançamentos falhados por parte dos portistas e triplos convertidos pela parte dos nossos jogadores, o marcador registava 92-95.

O Belenenses dispunha ainda de alguns segundos para atacar e o triplo era a única forma de levar o jogo para prolongamento. Assim, e quando a bola parecia queimar nas mãos dos jogadores, é Nuno Perdigão quem tenta o lançamento exterior, encostado à linha direita do ataque azul. Stanback faz falta, Perdigão falha o lançamento e o jogo é dado como concluído.

Paulo Sevilha, o protagonista de entre os protagonistas, viu a falta que levaria Perdigão para a linha de lançamentos livres, com possibilidade de empatar a partida. Viu e deu a entender a todos que viu. Por isso, e mal ouviu o "apito" final, cumprimentou Luís Magalhães - treinador do Porto - e fugiu para a cabine, seguido por António Pimentel e Sérgio Silva.

Com o Porto em vantagem, a eliminatória ficou decidida ao 3º jogo. Uma vez mais, a equipa campeã, constituída por um batalhão de estrangeiros, foi levado ao colo pelos sujeitos do costume. António Pimentel e Paulo Sevilha são aliás reincidentes neste tipo de comportamento no Acácio Rosa. E são por isso conhecidos por todos.

O Belenenses saiu derrotado por um trio de arbitragem sem nível e que demonstrou ser incapaz de apitar um jogo tão importante quanto este. E o basquetebol saiu mais fraco da partida desta noite.

Quanto a mim já não temo afirmar: esta Liga é uma farsa, pelo menos tão obscura como a de futebol. A modalidade está viciada e os arbitros (nomeados, como na LPFP) ditam no terreno de jogo o destino das equipas.

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