quarta-feira, novembro 14, 2007

O empate com o Leixões e a atitude de um capitão


Quem se deslocou ao Restelo na passada 6.ªF, ou acompanhou o jogo contra o Leixões pela Sport TV, assistiu a mais um jogo em casa em que o Belenenses não se conseguiu assumir o tempo todo como uma equipa vencedora. Por essa razão, e tal como contra a Académica, a repartição de pontos pareceu-me justa.

O Belenenses entrou no jogo mandão - a circular bem e depressa a bola e a jogar pelos flancos, com o lateral-esquerdo Rodrigo Alvim a subir no terreno e com Hugo Leal a dinamizar o jogo a meio-campo com o tecnicista do costume – José Pedro.

Ainda o jogo mal tinha começado já estávamos a ganhar. No seguimento de uma óptima arrancada de Ruben Amorim pelo lado direito, José Pedro, que lá vai sendo o “ganha-pão” dos golos, fez o primeiro. Continuámos a atacar e a dominar o jogo até à meia-hora, altura em que o treinador do Leixões, Carlos Brito, a perder, lançou um avançado para o lugar de um médio defensivo e equilibrou um jogo … que na segunda parte dominaria!

Deve por isso dizer-se que o empate, que só surgiu ao minuto 80, foi o resultado justo e deveu-se à vitória das alterações efectuadas por Carlos Brito contra as de Jorge Jesus. Se tanto elogiamos o nosso treinador quando é caso disso não podemos deixar de fazer o contrário quando o achamos, e Jorge Jesus perdeu na disputa com o seu homólogo matosinhense.

Na minha opinião o Belenenses perdeu 2 pontos porque não teve garra para manter o pressing da primeira meia-hora, porque falhou o 2-0 nesse período (Aí Weldon …) e porque quis gerir durante 60 minutos uma vantagem magra. Hugo Leal, já sem fulgor na segunda parte, deu lugar a Fernando, recuando José Pedro. Roncatto, para desespero dos adeptos uma vez mais lento e inconsequente, deu lugar a Gavilan que continua a jogar futebol como se fosse normal as equipas não acabarem com os onze jogadores que iniciam as partidas em campo. Levou 2 amarelos em menos de 20 minutos, e quanto a mim, deveria ter recebido um outro por falta dura no meio-campo mal tinha entrado.

No entanto o sinal mais grave de desânimo e de aceitação da partilha de pontos foi a atitude do capitão Silas ao ter ordem para ser substituído. Cedeu como habitualmente a braçadeira de capitão ao seu colega José Pedro e saiu a passo. A passo, meus senhores!!! Como se estivesse contente com o empate! Não é só por demorar quinze segundos quando devia ter demorado três, mas o sinal que isso transmite ao resto da equipao de baixar os braços a menos de dez minutos do fim da partida. Ainda para mais um capitão experiente que deve ser o primeiro a dar o exemplo!

Isto sim foi para mim preocupante, pois não vejo este onze a “comer a relva” todos os jogos como víamos o ano passado! Para ficarmos no 5.º lugar, para além dos três habituais, só uma das outras equipas pode ficar à nossa frente e com Guimarães, Vitória de Setúbal, Marítimo e Braga à nossa frente com um terço de campeonato cumprido começa a não ser fácil!

A nossa equipa está bem montada para jogar numa toada de contra-ataque nos terrenos dos adversários mas em casa mandamos nós e temos que pegar no jogo, marcando o primeiro, o segundo e os que se seguirem. Só assim se amealharão os tão necessários pontos e se cativam os adeptos a irem ao estádio.

Por semana e meia pensaremos só na Selecção Nacional. Esperemos que não deixe escapar a qualificação para mais uma grande competição internacional – o Euro 2008.

Saudações Azuis … e esta semana também vermelhas e verdes!

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