Com o calendário da selecção nacional a impor uma paragem de duas semanas as equipas agradecem e partem para um trabalho de maior integração dos seus plantéis. Esta busca de ritmo competitivo é tão mais relevante quanto as contratações de última hora têm um cada vez mais relevante peso; No Benfica, com a mudança de treinador, chegaram à Luz meia-dúzia de novos jogadores, o Boavista continua a contratar e no Restelo desembarcaram um central (Hugo Alcântara), um Guarda-Redes (Schmit), e dois avançados brasileiros (para substituir Dady e o dispensado Muñoz).
O próprio crescimento exibicional do Belenenses (de fraco para razoável) mostra que esta paragem pode ser útil para que o Treinador Jorge Jesus cimentar o seu trabalho. Falando somente de jogos oficiais: de um jogo fraco na Figueira, passámos para o grande falhanço da época até agora – a derrota caseira com o SC Braga, para melhorar bastante no encontro de Alvalade.
Concordo com a crónica do Luciano Rodrigues quando diz que se começa a perceber o que será o esqueleto da equipa titular desta época.
Hugo Alcântara aterrou vindo da Polónia e passou logo a titular, o que se percebe pela insegurança que a dupla Rolando-Devic vinha transmitindo aos adeptos mas sobretudo ao resto da equipa.
Gomez parece-me também uma peça muito relevante no meio-campo azul: perde-se aparentemente a técnica e capacidade de passe do Hugo Leal no onze mas liberta o Ruben Amorim para as funções de centrocampista, onde realmente joga bem como se viu em Alvalade (que grande jogo!!!). Por outro lado, como já venho defendendo noutras crónicas do Treinador de Bancada, a grande vantagem de jogar com um verdadeiro trinco como o panamiano passa por libertar os laterais para tarefas mais ofensivas, o que também empurra o meio-campo para a frente, onde podemos fazer uso da meia distância (onde temos capacidades com o Zé Pedro, Ruben, Fernando, Silas ou Hugo Leal), ou jogar pelas alas.
Continuamos no entanto com o problema do N.º 10. Como muitos vimos aqui manifestando neste blog está na altura do Zé Pedro começar a “abrir o livro”, ou então de dar lugar a outro. Eu pessoalmente, se o Hugo Leal recuperasse a tempo, gostaria de o ver a titular a “10” frente ao Leiria.
Entendo que no meio-campo estará a chave para começarmos a fazer golos. Temos um média de 1 golo por 270m. O que é bastante fraco. E se pensarmos em oportunidades claras tenho dificuldade em lembrar-me de alguma sem ser o remate ao poste do Ruben (meia distância …) ao minuto 43 em Alvalade, e do cabeceamento esbanjado pelo José Pedro no início da segunda parte nesse mesmo jogo. O ataque produzirá quando o meio-campo lhe der bolas.
Uma última palavra para a baliza. Costinha tem estado muito bem e Marco Gonçalves, que será o provável titular frente à União de Leiria, defendeu o penalti de Moutinho e não teve culpas no golo.
Gostaria ainda de deixar duas notas finais:
a) 1 Ponto é manifestamente pouco mas se pensarmos que o 6.º lugar, ocupado pelo Estrela da Amadora) só tem 4 pontos não é tão grave. Esperemos é que o Marítimo comece a perder o fulgor já no Dragão porque já vai com mais 8 pontos que o Belém.
b) Não consigo alinhar em cabalas de perseguições de árbitros, do sistema, etc. Em meu entender a arbitragem, do Sr. Xistra em Alvalade foi boa. Não tenho dúvidas quanto ao penalti e, apesar de mais discutível, acho o cartão vermelho bem mostrado. Quanto aos amarelos também não percebo a contestação. É normal uma equipa ser mais faltosa quando está a jogar tanto tempo com menos um jogador e a tentar agarrar o resultado.
Espera-se e anseia-se por uma vitória frente à União de Leiria!
Saudações Azuis!
quarta-feira, setembro 05, 2007
Uma Paragem Desejável
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