Eu voto na Lista A. Voto em Cabral Ferreira. Agora que alguns leitores já me insultaram de alto abaixo, passo a deixar a minha visão do período eleitoral que vivemos e que, no meu caso pessoal, é atípico, pois acabei por estar afastado de Portugal e do Belenenses no período mais quente da mesma até ao momento. Penso que perdi alguns dos dias mais interessantes dos meus 25 anos de vida…
Ao que vejo, e a cada coisa que leio ou oiço maior é a minha convicção, o futuro do Belenenses pode apenas e só passar pela Lista A, liderada por Cabral Ferreira. Este, após um ano de rotundo falhanço de uma equipa constituída pela SAD e equipa técnica que vinham de trás, partiu para um 2º ano de mandato fulgurante (final da Taça e actual 4º lugar no futebol, excelentes prestações com orçamentos reduzidos no Andebol e Basket), colocando o Belém nas bocas do mundo, pelos melhores motivos. A meio do mandato, mostrou toda a sua tenacidade e espírito de missão num desgastante Caso Mateus, em que tantas e tantas vezes lutou sozinho dentro do próprio clube. Depois de em 2005 ter concorrido com uma lista de ruptura, mas que na realidade era uma lista de consenso, e que alguns problemas em termos de solidariedade lhe trouxe, parte desta feita para uma lista de verdadeira ruptura, vendo os membros dissidentes da sua tão criticada direcção espalharem-se pelas duas listas concorrentes. Estranho, no mínimo…
Relativamente à Lista B, de Duarte Ferreira, pareceu numa fase inicial sair de uma “zanga de comadres” da oposição, contendo vários membros que se dizia serem afectos a Fernando Gouveia da Veiga, acabou por ganhar “lastro” com o decorrer da pré-campanha e campanha, mas surge nesta recta final como uma lista que praticamente assume a derrota e pretende apenas e tão só denegrir o candidato da Lista A, enlameando com isso o nome do Belenenses, que deveria estar acima de toda e qualquer disputa eleitoral, pelo menos tomando por base a entrevista hoje transmitida pela RTP-N. Quanto a ideias, projectos e formas de os concretizar, pouco se sabe para além dos habituais “investidores” de quem toda a gente fala, mas normalmente desaparecem sem deixar rasto. Acima de tudo, noto nesta lista uma enorme incongruência, com variações de discurso (Jesus já foi o Diabo e agora é um Anjo…) e vejo uma lista à deriva.
No que diz respeito à Lista C, de Fernando Gouveia da Veiga, parece mais bem estruturada que a anterior. O seu maior defeito é, na minha opinião, o querer passar uma mensagem que nada tem de real: quer passar a mensagem que é uma lista de descontinuidade, de ruptura, quando na realidade é a lista, claramente, do status quo, do poder instalado, dos Conselhos e afins. Tem como grande trunfo uma maquete de um projecto de novo complexo desportivo, sem dúvida bonito, mas estranho numa lista que anuncia que o clube se extinguirá a curto prazo. Quanto a formas de financiar este projecto, e uma equipa competitiva, nada de concreto… De resto, recentemente na Rádio Clube Português afirmou pensar aumentar o número de modalidades, quando anteriormente falara em reduzir e autonomiza-las.
Em suma, Cabral Ferreira teve um 1º ano “lixado”, mas aprendeu depressa e equilibrou o barco. Quanto mais não fosse por isso, não quero ter de novo um marinheiro a aprender o que é uma corda e um cabo, quando já tenho um Almirante que navega em mar alto quase de olhos fechados e fez frente a algumas “armadas invencíveis”. Se a isso acrescermos que os marinheiros disponíveis parecem “enjoar” com facilidade, não tenho qualquer dúvida relativamente ao meu sentido de voto:
Voto A, voto Cabral Ferreira, voto num Belenenses cada vez melhor.
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