O nosso adversário
O Gil Vicente é uma equipa que mescla da melhor forma a experiência com a irreverência da juventude. Assenta numa defesa certinha e alta, apoiada por um meio campo combativo e defensivo, partindo em velocidade para o contra-ataque, de duas formas distintas: por um lado, a bola pode saír directamente para a ponta (Nandinho, Yuri, Fábio Januário, Duah) e ser colocada nas costas da defensiva contrária ; outra opção, leva o ataque a ser dirigido pelo centro, através do possante Josiesley Ferreira, que posteriormente rasga diagonais para a ponta, onde surge um dos anteriormente referidos.
Por outro lado, há que ter em atanção as subidas dos laterais, em especial o lateral-direito Ferreira, jogador tecnicamente esclarecido. No entanto, este mesmo jogador apresenta algumas lacunas tácticas, que poderão ser aproveitadas por quem se encostar no nosso corredor esquerdo. No lado oposto, Nuno Amaro é tecnicamente mediano, mas muito solícito a todas as necessidades, subindo e descendo todo o jogo, sempre com abnegação. No eixo da defesa, Gaspar é autoritário e "caceteiro" (quem não se lembra da tesoura em Antchouet na época passada) enquanto Nunes é o central mais cerebral, apesar de também não ser propriamente um "patrão". No cômputo geral, serão mais facilmente ultrapassados pela relva do que pelo ar, onde se sentem mais à-vontade.
À frente da defesa, jogará de certeza Luís Loureiro, um jogador já com algum nome (o Scolari é "jóia"!), eficaz a destruír, mas muito duro e que se for amarelado cedo em princípio não acaba o jogo. A seu lado, deverá jogar Braima, o típico "trinco" africano, esguio, rápido, porém com algumas dificuldades em calcular o tempo de entrada e propenso a faltas feias. No entanto, Braima é um poço de força e energia, e corre do princípio ao fim. Também a meio campo, deverá jogar Luís Coentrão, este servindo de ligação defesa-ataque.
Mais à frente, deverão surgir Yuri e Fábio Januário. Yuri é um jogador fantástico, que ao que parece problemas disciplinares afastaram do Bessa por alguns meses. Técnicamente é um prodígio, e quando é objectivo é difícil de parar e muito perigoso. Do lado contrário talvez surja Fábio Januário, um Brasileiro tecnicista, mas fisicamente frágil, mas com excelente capacidade de passe. À frente, surge Josiesley Ferreira, o "Panzer" de Barcelos, que alia a uma mobilidade interessante uma força enorme, sempre com a bola controlada, possuíndo ainda um remate fácil e funcionando muito bem como pivot ofensivo, fazendo tabelas com os companheiros e surgindo em trocas nas pontas, baralhando a defesa contrária.
Como outras opções válidas, destaco em primeiro lugar Duah, há muito afastado da equipa, mas um jogador que desde os tempos da União de Leiria na 2ª Liga me enche as medidas. Não sei o que se passará com ele, ao que sei tem um salário muito elevado e esse foi o principal facto que levou a direcção Gilista a tentar "despachá-lo". Mauro é um ponta-de-lança móvel, estilo Rodolfo Lima, mas com menos velocidade e mais força, vindo do Odivelas (aqui tão perto do Restelo) e que tem dado boa conta de si, tendo sido contratado em Janeiro. No meio campo, Rui Figueiredo poderá ser um elemento a entrar para refrescar, fazendo bem a ligação defesa-ataque. Para a defesa, Marcos António, emprestado pelo Porto, é uma solução para o eixo, jogador eficaz no jogo pelo solo mas com deficiências no jogo aéreo.
segunda-feira, março 29, 2004
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