quarta-feira, março 31, 2004

Assembleia Geral

A AG teve inicio cerca das 21:00, com o ecoar do Hino do Belenenses pela bonita sala do Centro Cultural Casapiano, ao qual se seguiu uma pequena homenagem a João Manuel Palma, Chefe de Sala do Bingo do Belenenses.
De seguida, foi referenciado o falecimento do grande Belenense Eduardo Serra, sócio nº1, a 22 de Janeiro último, tendo sido prestado um honroso minuto de silêncio em sua memória.

Após este acto solene, a Mesa indagou da disposição de algum dos associados para usar da palavra, ao que ninguém respondeu afirmativamente. Vendo que ninguém pretendia falar nos 30 minutos previamente estipulados, Sequeira Nunes pediu a palavra e começou por elogiar o elevado número de sócios presentes (70, pelas suas contas), capaz de fazer inveja a muitos outros, e um sinal inequívoco do crescimento do Belenenses. Posto isto, partiu para um ligeiro ataque áquilo que se percebeu serem inúmeras cartas anónimas recebidas, salientando que esperava que os autores das cartas anónimas aparecessem e dessem a cara, mas sem especificar de que assuntos versavam essas mesmas cartas.
Passou então a explanar que ninguém esperava esta época e que não percebia o porquê, mas garantindo que a fase da asneira estava ultrapassada, e que se sempre havia acreditado que íamos dar a volta por cima, com a contratação de 8 jogadores em Janeiro ficou com a certeza. De seguida, voltando novamente ao facto de ninguém ter pedido a palavra, voltou a enfatizar que a Direcção tem vindo a transmitir junto dos sócios de forma correcta o que pretende para o Belenenses, nomeadamente em termos de Complexo Desportivo, diminuição do passivo e componente desportiva, e que se ninguém se manifestou é porque há um sinal inequívoco da transitoriedade desta situação desportiva.
De seguida, Sequeira Nunes questionou retoricamente quais as promessas que não foram cumpridas, ao que respondeu que a curto prazo serão ultrapassadas todas as previsões de há 3 anos atrás, com o clube engrandecido e as amadoras (que todos sabemos que o não são) no caminho certo. Só realçou um facto, as Salésias ainda não serem nossas, mas apressou-se a prometer: "Não deixarei de ser presidente sem as Salésias voltarem ao Restelo!" ; e "Para o ano sem Sequeira Nunes o clube terá estabilidade com receita baseada em fortes alicerces.".
Seguiu-se a referência ao Ponto 1 como testemunho da grandeza do clube, ao que se voltou ao tema das cartas anónimas, tendo sido esclarecido que os dinheiros do clube e do Estado estão a ser geridos com toda a transparência, e que os dinheiros do Estado até com mais cuidado que os dos sócios, reiterando que quem não tem coragem para aparecer nas AG não vale a pena andar a escrever cartas anónimas, realçando que não aceita suspeições relativamente às obras, tendo havido orçamentos para tudo, concursos públicos quando necessário e convites quando se justificava, pelo que a transparência é total.
Sequeira Nunes passou então ao contra-ataque aos ataques à sua pessoa, salientando que não vale a pena andar a dizer que não basta ser sério e não perceber de futebol, aludindo à Comunicação Social e ao director de um jornal desportivo que curiosamente tem raízes Belenenses, afirmando "Sei ser presidente do Clube de Futebol "Os Belenenses" e serei enquanto me apetecer!", acrescentando de seguida que esta não era uma afirmação de um ditador, mas um desabafo compreendido pelos sócios, que sabem que ele sairá quando assim o entenderem. Enfatizou também que todos os membros da Direcção azul estão de corpo e alma no projecto e por mera satisfação pessoal, sem nada receberem em troca.
Em jeito de conclusão, reafirmou a Bingodependência das últimas décadas, mas colocou o enfoque no final dessa dependência nos anos vindouros, aludindo ao projecto imobiliário. Terminou reafirmando o crescimento do Belenenses, a sua tristeza pelos últimos resultados, mas deixando a certeza que voltaremos aos 3 anos anteriores.

Finalizada a intervenção inicial do Presidente do clube, e sem que mais ninguém quisesse intervir, passou-se então ao Ponto 1 da Ordem de Trabalhos: a aceitação de mais duas filiais e dois núcleos: o Clube Desportivo de Santo António ( Ilha de S. Miguel ) e o Grupo Desportivo e Recreativo de S. Francisco da Serra ( Santiago do Cacém ) como filiais, e o Núcleo "Os Belenenses" da Ajuda/Belém e Peniche Community Club of Toronto como Núcleos. Esta proposta foi aprovada por unanimidade e aclamação.

Passando ao Ponto 2 da Ordem de Trabalhos, que visava a análise das contas do ano transacto, tomou a palavra Jaime Vieira de Freitas, Vice-Presidente para a área financeira, que começou por fazer uma retrospectiva do trabalho da Direcção, que há 3 anos atrás encontrou um clube anestesiado, com as instalações degradadas (Estádio, Piscinas e Bingo), com 3 milhões de Euros de dívidas, muitas delas com processos judiciais já a decorrer, e que foi recuperado economicamente, recuperaram-se as camadas jovens nas mais diversas modalidades e referiu o nosso complexo desportivo como a "Academia do Restelo Séc. XXI"!
Jaime Vieira de Freitas enumerou um sem número de desportos que nos tornam um clube extremamente eclético, os inúmeros atletas internacionais e finalizou esta parte afirmando: "Clubes de futebol há muitos, mas clubes como este há poucos!". Passou então a "atacar" também ele a Comunicação Social, afirmando o seguinte: "(...) os jornais de futebol não nos consideram notícia porque não há nada triste para relatar".
De seguida, passou a explicar sucintamente os números apresentados no Relatório e Contas, salientando:
- resultado positivo
- números resultantes de planeamento antecipado, sem qualquer espécie de "fabrico"
- o clube não existe para ter lucro, mas sim para fomentar o desporto
- temos neste momento 5.000 atletas, mas quando conseguirmos colocar o Rugby nas Salésias teremos muitos mais
- jogadores internacionais das mais diversas modalidades "ofereceram-se" ao Belenenses no início da época
- 18 milhões de receitas
- 5,6 milhões entregues ao Estado na forma de Impostos, mais de 20 milhões em 4 anos, gerando riqueza para o país
- receita líquida de 8 milhões
- 900 mil Euros de receita de quotizações
- Bingo representa 65% da receita líquida, o que será atenuado com o projecto imobiliário e outros que estão na forja
- o passivo inicial de 3 milhões diminuiu logo há mais disponibilidade para investir
- a área comercial foi responsável por receitas de 1 milhão (alugueres, patrocínios)
- as amadoras registaram receitas de 1 milhão 116 mil Euros contra um dispêndio de 1,8 milhões
- a compra de bilhetes à SAD por parte do clube movimentou 2 milhões de Euros
- os custos com o pessoal mantiveram-se, resultantes da reorganização dos Recursos Humanos
- as despesas com água, gás e electricidade ascenderam a 900 mil Euros, valor muito inflacionado em relação a 2002 devido ao aumento de utilização das infraestruturas
- 600 mil Euros aplicados nos pagamentos da Lei Mateus (e consequente "toque" à Comunicação Social que insiste em insinuar que falhamos pagamentos)
- investimento de 425 mil euros nas instalações e equipamentos do Bingo
- os fornecedores, actualmente, ficam surpreendidos com a capacidade de cumprimento de prazos do Belenenses.
Para finalizar, Jaime Vieira de Freitas disse: "Só o Belenensismo nos faz mover!".

Terminada esta intervenção, a Mesa aceitou pedidos de intervenção, tendo o primeiro interveniente sido o associado Rodrigo Saraiva que destacou os seguintes aspectos:
- Ordem de Trabalhos generalista
- manifestou total confiança na credibilidade das contas
- a componente comercial parece ter um papel de relevo, no entanto o gráfico indica que mercadorias e produtos só contribuem com 5% das receitas, ao que Jaime Vieira de Freitas respondeu imediatamente que não tinha razão
- são quase 50% de sócios com menos de 25 anos
- questionou se há acções de formação ou reciclagem do pessoal
- porque é que a ginástica é referido só como serviços aos associados e não é englobada nas modalidades
- ter e assegurar sócios é mais que providenciar prática desportiva, os sócios têm poucas regalias, e questionou se fora já traçado algum perfil sócio-económico dos sócios
- há um Vice-Presidente para o Marketing e um Vice-Presidente Comercial, mas no Relatório vem tudo junto. Porquê?
- deu os parabéns pela colocação de publicidade nos sanitários, proposta há muito alvitrada por si
- o que se passa para não se encontrar merchandising?
- congratulou o Site Oficial e em particular o Miguel Barreiros pelo excelente trabalho, sem deixar de questionar a inexistência de loja on-line
- a que se deveu o desaparecimento das Blue Girls?
- deu os parabéns pela participação na Feira de S. Mateus em Viseu, no Futebol Show e All Football e pelo "abraçar" das figuras públicas Belenenses
- propôs a colocação de um Stand, por exemplo, na OviBeja ou na Fatacil
- questionou o que não correu bem com os bilhetes de época, informação referida no Relatório
- revelou não perceber como é que o propalado Cartão Jovem do Belenenses poderá vir a dar mais benefícios que o próprio Cartão de Sócio
- salientou a Gala no Casino como o ponto mais alto do ano Azul
- congratulou o Eng. Cabral Ferreira pelas obras no Complexo Desportivo, sem deixar de criticar o "marcador electrónico"
- voltou a apelar pela milésima vez à reformulação dos bancos de suplentes, substituindo a cobertura por acrílico transparente
- questionou um pormenor que lhe parecia estar errado, pois no final do Relatório e Contas o Conselho Fiscal "aprova as contas" e segundo a sua opinião o Conselho Fiscal não aprova nada, quem aprova são os sócios, o Conselho limita-se a emitir uma opinião
- para finalizar, salientou as semelhantes "capilares" com o Presidente para lhe pedir que não tenhamos de sofrer tanto em todos os jogos, pois qualquer dia não há mais cabelo para caír

O associado que se aproximou do púlpito de seguida foi o Dr. Gouveia da Veiga, que teceu os seguintes comentários:
- congratulou Sequeira Nunes e considerou-o um dos melhores presidentes de sempre do CFB, cujas obras estão à vista
- um clube que "entrega" 5,6 milhões ao Estado é uma grande empresa e deve ser gerido de forma profissional
- como se justificam os 2,2 milhões de apoio à SAD que deveria ser autónoma?
- porque é que a pista de atletismo não foi pensada para poder receber provas internacionais?
- porque motivo é que a quotização ficou longe do expectável? Para quando pagar quotas por MultiBanco?
- qual a percentagem do CFB na SAD e qual o retorno?
- elogiou o projecto imobiliário
- referiu a inexistência de merchandising
- indagou os gastos por modalidade e no futebol juvenil
- se a culpa foi do Manuel José e a fase da asneira havia passado, porque é que se mudou tudo em Janeiro?
- por último, questionou se os prémios da equipa de futebol são por jogo ou por manutenção.

De seguida, Sequeira Nunes requisitou a palavra para responder aos consócios Rodrigo Saraiva e Dr. Gouveia da Veiga, tendo comunicado o seguinte:
- quando esta Direcção tomou posse, não existia nem área comercial nem de marketing, pelo que tem de ser dado tempo para as coisas funcionarem
- salientou que se a vertente comercial não fosse forte, jamais as amadoras estariam tão fortes
- o Relatório e Contas apresenta claras melhorias de ano para ano, apesar de ainda haver mais para fazer
- em relação ao desaparecimento das Blue Girls, a sua presença era paga e não se justificava
- em relação ao Marcador, quando as obras terminarem vai para a bancada nascente e será comprado outro igual para a bancada poente.
- sobre a impossibilidade de pagar quotas por MultiBanco, esta tem a ver com os problemas que o Belenenses tinha com a Banca e que enquanto não estiverem todos resolvidos, não se poderá avançar com um projecto destes
- sobre a rentabilidade da SAD afirmou de forma humorística: "Não sairei do Belenenses enquanto não houver dividendo de 5 cêntimos!"
- a pista de atletismo é uma pista de trabalho, para formar atletas e para servir a comunidade envolvente, não havendo grande interesse nas provas internacionais, até porque isso tiraria os relvados de trás das balizas onde treinam as escolas de Rugby e Futebol
- em relação à SAD, o Belenenses é accionista maioritário, e Sequeira Nunes afirmou que não foi ele que votou em AG a constituição da SAD
- há já muitos anos que as camadas jovens não eram todas apuradas para as fases finais
- sobre o parágrafo da pág. 9 do Relatório ("Finalmente importa referir (...) que é patente a necessidade de mudanças estruturais no Clube (...). Em especial no que concerne ao modelo de gestão em vigor, há muito ultrapassado."), Sequeira Nunes assume a frase mas reitera que quando chegou a Presidente nem sequer havia relatórios.
- por último, e sobre a profissionalização da gestão, afirmou o seguinte: "Enquanto Sequeira Nunes estiver no Belenenses, ninguém recebe nada, nem no clube, nem na SAD", de forma a mostrar a sua completa oposição a essa situação.

Terminado este primeiro período de perguntas e respostas, toma a palavra o associado Abel Vieira, que teceu as seguintes considerações:
- antes de mais, quis deixar bem claro que pensara vir para uma AG de uma instituição democrática e ainda tinha esperança que assim fosse
- acusou Sequeira Nunes de ter usurpado os 30 minutos iniciais destinados aos sócios
- invocou o direito de resposta (!!!) em relação às cartas anónimas, afirmando ter-se sentido atingido pelas insinuações de Sequeira Nunes
- declarou a intenção de realização de uma AG Extraodinária
- defendeu o seu direito a criticar
- finalizou deixando bem claro que Sequeira Nunes não fica enquanto quiser, mas enquanto os sócios quiserem

Imediatamente Sequeira Nunes, visivelmente agastado, pediu a palavra e retorquiu:
- "Eu não usei 30 minutos de ninguém nem ataquei ninguém", esclarecendo que os 30 minutos não foram utilizados pelos sócios e portanto ele tomara a palavra
- deixou bem claro que a sua honorabilidade não pode ser atacada
- em relação à frase em que Sequeira Nunes afirmara que sairía quando quisesse, a sua resposta foi rápida e concisa, limitando-se a afirmar que isto é uma "frase feita" e não vale a pena começar em jogos florais.

Seguidamente, pediu a palavra o associado Alexandre Trindade, que explanou os seguintes pontos de vista:
- confia plenamente na transparência financeira da direcção
- teria optado por um novo Estádio, mas o que lá vai, lá vai, e portanto tem de dar os parabéns pelo trabalho feito
- deu os parabéns pelas boas assistências nos jogos em casa
- considera o Sequeira Nunes um homem inteligente, no entanto não lhe reconhece capacidade para gerir o futebol, muito menos daqueles que são mantidos à frente da SAD
- questiona "Para quando a mudança de mentalidade?"
- define a gestão do futebol como a que era feita há 50 anos (ao que alguém da assistência retorquiu que nessa altura éramos campeões!), que não basta serem sérios e que a fase da asneira se prolonga há 3 anos

No final da intervenção de Alexandre Trindade, Sequeira Nunes pediu logo a palavra de molde a esclarecer alguns pontos:
- foi deixado bem claro: " Enquanto for Presidente, ninguém recebe, ponto final."
- os prémios têm duas vertentes, existem prémios por jogo e prémio por classificação no campeonato, que abaixo de determinada posição é nulo.
- exigiu que se comparassem saldos, estabilidade e rigor financeiro, e deixou bem explícito que não aceita perseguições a José António Matias
- salienta ser curioso não perceber nada de futebol e estar ligado a ele há 23 anos!

Passados os momentos de maior "tensão" na Sala, o associado Manuel Benavente solicita a palavra e apresenta as suas considerações:
- deixou bem claro que não é um frequentador muito assíduo das AG, mas que como qualquer outro associado tinha o direito a exprimir a sua opinião
- em primeiro lugar, deixou uma palavra de conforto ao Presidente, salientando não podermos esquecer como estávamos no final dos anos 90 e como estamos hoje, pelo que o saldo é francamente positivo
- em relação às Contas, pretendeu rectificar a declaração de Jaime Vieira de Freitas, acrescentando que: "Os lucros não são o mais importante num clube de futebol, mas são bastante importantes."
- deu os parabéns ao Eng. Cabral Ferreira pelas obras do complexo desportivo
- no seu entender, as Contas estão muito pouco analíticas e portanto não são passíveis de um exame exaustivo
- qual o motivo de um IVA a recuperar tão elevado?
- porque é que em 2002 não há dívidas ao Estado em passivo?
- qual o motivo que levou a um crescimento tão acentuado das amortizações?
- as SAD não servem para salvar os clubes, mas sim para estes serem um poucos mais transparentes perante o Estado
- para finalizar, deu novamente nota positiva à direcção, declarando que pode achar muita coisa, mas também não sabe se geriria melhor, e portanto a Direcção que siga no bom caminho, alterando o que entender ser pertinente alterar.

No final desta intervenção, pediu a palavra o Vice-Presidente Jaime Vieira de Freitas, que passou a esclarecer algumas questões:
- como é óbvio, as contas interessam, não se exprimiu correctamente
- as Dívidas de 3os de M/L prazo dizem respeito ao Plano Mateus
- o elevado montante de IVA a receber está relacionado as obras no Complexo Desportivo, pelas quais nós pagámos 19% de 10 milhões de Euros em IVA que acreditamos ter direito a receber, uma vez que não somos consumidores finais do Estádio, temos isso sim uma infraestrutura que alugamos, pelo que há grande possibilidade do nosso pedido ser deferido
- 1 milhão de passivo é passivo corrente, do dia a dia, no curto prazo

Após esta intervenção a esclarecer algumas questões, Rodrigo Saraiva pediu novamente a palavra para uma curta intervenção onde focou:
- que costuma ler regularmente os Estatutos
- o Conselho Fiscal tem de dar um parecer ou positivo, ou negativo, não pode aprovar as contas
- na área Comercial reconheceu a existência de muito trabalho, porém no Marketing há pouco que salte à vista
- voltou a insistir no tema dos "placards electrónicos", ao que foi novamente explicado que ficaram um em cada bancada
- pediu explicações sobre a empresa de licenciamento de Marchandising e o contrato com a Digal
- por fim, deixou uma questão no ar: "Nos últimos tempos tudo mudou, o que é que ainda não mudou...?"

Em seguida, tomou a palavra o Dr. Barros Rodrigues, Vice-Presidente da área do Marketing, que se propôs a esclarecer algumas situações:
- a junção da área comercial com o marketing tem a ver com a sua interdependência
- há um contrato vantajoso com o Montepio Geral para a próxima época
- enfatizou a relação estreita entre resultados desportivos e vendas de merchandising e sucesso do marketing
- em relação à Loja Azul, neste mandato tomou um ar digno com uma decoração condizente com o Belenenses
- o contrato com a Digal é vantajoso, até porque trás entre 6000 a 11000 pessoas para apoiarem o Belenenses, e também precisávamos de uma vitória como a de 2ª feira para trazer mais gente
- em relação a não haver camisolas do Belenenses à venda em lado nenhum, salienta ser impossível pois nenhum retalhista as quer, na medida em que não vendem. A Lotto chega ao cúmulo de quando sabe que vou para fora colocar 2 camisolas no Aeroporto!
- a facturação da Loja Azul nunca passa dos 4/5 mil contos por ano, mas nos últimos tempos tem sido de algumas dezenas de contos por semana
- o contrato de licenciamento inclui pagamento de renda da loja, royalties mínimos e suplementares ao trimestre.
- por último, o camião-loja foi um projecto praticamente sem custos de aquisição, mas que tem tido dificuldades de implementação, tendo estado presente no Estágio em Gouveia, em Vila Real de Sto António e Setúbal. Um dos problemas é que em jogos à noite ninguém para no camião para comprar nada, é irrelevante ir com a equipa ou não. Por outro lado, por questões de segurança não o podemos levar a alguns sítios como Guimarães, Porto, Bessa, Braga, Luz, etc

A partir daque houve uma última intervenção, que não tive oportunidade de ouvir, e procedeu-se à votação do Relatório e Contas, que foi aprovado por maioria, com apenas 6 abstenções.

Terminou assim uma AG comprida, mas com ritmo, e sempre num nível de discussão elevado e com assuntos pertinentes.



Sequeira Nunes sai no fim da época?

Segundo os jornais desportivos de hoje, A Bola, O Jogo e Record, o Presidente do Belenenses, Sequeira Nunes, deverá abandonar o Belenenses no fim da época, altura em que cumpre todas as promessas que fez quando se candidatou: finalização da remodelação do Estádio, recuperação das Salésias e Projecto Imobiliário.

Sem querer parecer politiqueiro ou qualquer coisa parecida, acho que qualquer pessoa de bem só pode olhar Sequeira Nunes como um Homem honesto e que fez sempre tudo em prol do Belenenses, colocando-nos num patamar de estabilidade invejável, e que não merece ser atraiçoado pelas vicissudes do "pontapé na bola". Sejamos minimamente racionais e saibamos agradecer a este Homem pelo que está a construír. Como todos nós, não está isento de erros, mas soube trilhar o seu caminho, para um Belenenses melhor.

Portanto, qualquer que seja a sua decisão, quero deixar bem claro que tenho uma enorme admiração por este Homem. O Belém agradece-lhe Dr. Sequeira Nunes.

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