Pois é, ao contrário da época passada, em que tínhamos bons jogadores e não tínhamos equipa, este ano temos uma boa equipa a que faltam 2 ou 3 jogadores. Este jogo só não teve outra história por três motivos: um erro crasso de Sousa aos 3 minutos coloca os remendados à frente; arbitragem vergonhosa (o normal…) até ao 0-2; falta um ponta de lança que seja, pelo menos, razoável. Mas de uma coisa podemos ter certeza no Restelo: com muitas limitações, temos equipa e treinador.
Continua...
A partida ia ainda no início, movimentada e com Cândido Costa a querer mostrar serviço na ala direita, quando num balão sem qualquer perigo para a nossa área e sem qualquer pressão, Sousa com tempo para tudo decide afastar de cabeça. Acerta mal na bola e acaba por isolar Linz que não perdoou.
A partir daqui, com uma arbitragem deplorável, o Belenenses pegou no jogo e começou a dar trabalho ao Boavista, que se limitava a defender. Olegário Benquerença esqueceu-se dos cartões e num lance de contra-ataque Zé Manel faz o 0-2. Até aí, William vira cartão amarelo por falta fora da área (Roma rouba a bola ao guarda-redes, que faz duas ou três faltas até finalmente o “baixinho” não aguentar mais e só aí o árbitro interrompeu, mas a primeira falta é feita ainda com Roma a caminhar em direcção à baliza deserta, depois de fintar William) e o árbitro perdoara o 2º amarelo a Cissé de forma escandalosa. Cissé cortara um contra-ataque perigoso que poderia isolar Silas com a mão, o árbitro dá a lei da vantagem (ou seja, viu a infracção) e quando o jogo pára fingiu que não era nada com ele. Para além disso, até ao 2º golo aos 36 minutos, ficaram por mostrar 2 ou 3 amarelos aos axadrezados, sendo que Zé Manel levou 3 (três!!!) avisos do árbitro, mas nenhum amarelo. Particularmente ridículo quando a bola sai para pontapé de baliza a nosso favor, Zé Manel sai de campo, pega na bola e coloca-a junto à bandeirola de canto para queimar tempo. Costinha não pode repor a bola, pede cartão amarelo para aquela pequena palhaçada do jogador adversário, e ainda é advertido pelo árbitro, que manda um apanha bolas entrar em campo para tirar a bola. Enfim…
Com o 0-2, e o jogo praticamente resolvido, continuou a palhaçada do árbitro, agora limpando-se, correndo a equipa do Boavista com amarelos, para amanhã a ficha de jogo vir coberta de amarelos para os axadrezados e até se pensar que foram roubados (2 ou 3 amarelos foram claramente para se limpar). Quando já não havia praticamente mais ninguém para amarelar em campo, até ao banco foi mostrar um amarelo. Uma verdadeira palhaçada, depois de ter resolvido o jogo.
O Belenenses nunca baixou os braços e aos 30 minutos já havia entrado Eliseu (muito, muito infeliz esta noite) para o lugar do inexistente Manoel, que saiu lesionado. Pegámos no jogo, tentámos tudo, mas faltava claramente categoria na área.
Ao intervalo, sai Roma (apagado) e entra Dady, mas não foi com ele que melhorámos à frente. Apesar de tudo, atitude extraordinária da equipa, liderada por um magnífico Silas, à direita, ao centro e à esquerda, com Alvim a fazer um jogo muito, muito bom e Cândido Costa a dar muito trabalho na direita. Mais atrás, Ruben Amorim muito bem a pautar o jogo. Dady de cabeça, sozinho falha o golo certo para um ponta de lança, houve mais 2 ou 3 lances de perigo do Belenenses, mas o jogo acabaria com o ingrato 0-2.
Uma derrota contra o Sistema (nada de novo), mas a certeza que temos equipa e treinador. Falta apenas um ponta de lança, que é de facto a nossa grande pecha. Se o ano passado tínhamos um amontoado de jogadores em que Meyong lá à frente resolvia os problemas, este ano temos uma equipa em que ninguém lá à frente resolve qualquer coisinha. Mas fica uma postura irrepreensível da equipa em termos de entraga e profissionalismo e a imagem, já quase esquecida no Restelo, de um treinador interventivo e inconformado com o resultado. Para a próxima corre melhor!
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