terça-feira, novembro 25, 2008
Agora? Agora, há que ter calma!
Depois da derrota por 2-0 em Setúbal, parece que o céu desabou sobre nós, Belenenses. Foi mau? Foi, muito mau, terrível em especial na 1ª parte. Foi algo de novo? Não. Foi algo que não se esperásse? Não. É algo que não vamos voltar a ver até Maio? Não. Portanto meus amigos, a hora é de esfriarmos todos a cabeça e perceber de onde vem isto e para onde vamos todos.
A origem:
Volto a bater na mesma tecla que já aflorei a seu tempo, mas de forma suave, pois o tempo era de loas ao "Fugitivo Sequeira" e ai de quem questionásse o que quer que fosse. A verdade é que o plantel do Belenenses foi muito, mas mesmo muito mal construído. A acrescentar ao plantel, desencantou-se um treinador sem passado (sim, sim, um 4º lugar no Nacional com Brasileiros vindos do Cruzeiro e afins?), nem presente (fundo da tabela do mítico campeonato de Hong-Kong) ou futuro (sem um nome a defender, apenas contratos no Oriente ou Arábias, ou então de um clube europeu doido... nós!).
Na baliza, 5 estrelas. Júlio César é um valor seguríssimo, grande guarda-redes ainda com margem de progressão. Costinha é um suplente com traquejo e qualidade garantida e Assis, ao que parece, é um jovem com valor.
Em relação à defesa... o que dizer de um plantel feito com 4 centrais brasileiros, uns de clubes de algum nome mas sem curriculum, outros vindos do "sertão", nenhum deles adaptado ao futebol europeu. Tentou-se emendar a mão com um central Chileno, que foi uma das next big things do futebol sul americano há uns 8 anos, internacional A muito jovem, Itália, etc, mas cuja carreira tem vindo a descer, a descer... até ser dispensado do Marítimo onde era suplente e ter estado a "marinar" em Chipre. Ainda bem que veio, pois é claramente o central mais adaptado ao futebol europeu que temos. Para a esquerda, uma boa contratação, China! Para a direita... nada, niente... temos o Cândido, toca a meter o rapaz mais um anito a jogar onde não deve, porque ele tem garra e dá tudo em campo! Saiu o suplente? Venha então mais um brasileiro de fundo de catálogo. Está feita a defesa, um adaptado, 2 por adaptar e um que se há-de desadaptar tal a inaptidão à sua volta. Espectáculo!
O meio-campo é forte, sem dúvida. Ter Gavilán, Silas e José Pedro é meio caminho andado para um dos melhores meio-campos da Liga. Isto se tiverem uma defesa atrás que não lhes incuta pânico de perder a bola (cada perda de bola é meio-golo do adversário) e um avançadozinho jeitoso a empurrá-las para a baliza. Não há. Portanto o meio-campo parece mau.
No ataque, veio à última da hora Wender, um bom jogador muito experiente para jogar na ala, o Marcelo de quem se diziam maravilhas mas com um curriculum estranho, o Porta em forcing final e manteve-se o Roncatto (que para mim não é avançado, é jogador para jogar no apoio ao ataque, no lugar de Silas eventualmente) e o João Paulo. E golos? Pois...
A actualidade:
O Belém começou muito mal, sem conseguir vencer. Curiosamente, em termos ofensivos a equipa até fazia umas flores, mas a equipa deixava a defesa muito exposta e esta tremia como varas verdes. Veio Pacheco e uniu os blocos, meteu a equipa muito baixinha e começámos a conseguir defender em condições. O problema é que Silas e Zé Pedro pegam na bola a meio do nosso meio-campo e não no meio-campo adversário e o ataque desaparece. A equipa não jogou terrivelmente mal em Setúbal. Houve concentração a defender (e arbitragem habilidosa) e a equipa absteve-se de atacar. Penso que foi isso que Jaime Pacheco criticou, porque a equipa sendo curta, tem obrigação de querer atacar. E não quis na primeira parte. Mas mesmo que quisesse, pouco mais faria que cócegas, tão curta que estava. Mas tinha obrigação de tentar. E tem de o fazer no futuro, senão na melhor das hipóteses empatamos uns joguitos a zero.
O futuro:
Simples. Nós, adeptos, feitos loucos na bancada a dar uma forcinha porque todas as forças vão ser precisas. E a pressionar os adversários e os árbitros. Eles, dentro de campo, curtinhos, a defender com atino e ver inventamos uns golitos. Somos fraquinhos? Somos. Mas há mais uns quantos fraquinhos e só descem dois, portanto temos de ir à guerra. Deixar tudo em campo e nas bancadas e defender sempre a Cruz de Cristo. Também está nas nossas mãos enquanto adeptos. Apoiar, apoiar, apoiar.
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