Entristece-me assistir a um jogo de futebol…
Entristece-me porque considero que as equipas de arbitragem agem, muitas vezes, da forma que mais lhes convém, não sei se por influências externas, se por preferências pessoais.
Não me parece que o trabalho que desenvolvem, jogo após jogo, seja o mais imparcial, demasiadas vezes os “erros” que cometem revelam-se cruciais para o resultado final do jogo e para a tabela classificativa.
Fui ao Restelo assistir a um jogo do Campeonato Nacional (Belenenses vs U. Leiria) e ao jogo da Taça UEFA (Belenenses vs Bayern Munique) e comprovei, infelizmente, que esta questão da arbitragem é um problema à escala global. Digamos que em ambos os jogos o Belenenses saiu prejudicado com a actuação da equipa de arbitragem.
Ainda que no primeiro caso o resultado tenha sido favorável à equipa do Restelo, o desempenho de um dos elementos do trio de arbitragem manchou os 90 minutos de jogo.
Em alguns lances o "fiscal de linha" revelou uma abstracção tal do jogo... ao ponto da bola sair das quatro linhas e ele não saber qual a indicação a dar ao árbitro para que a partida pudesse prosseguir. Já para não falar nas faltas por assinalar e nos fora de jogo que ninguém viu, a não ser claro os adeptos e as câmaras de televisão que transmitiam o jogo em directo.
Prosseguindo a minha análise, parece-me que assistir à dualidade de critérios de arbitragem e à isenção de parcialidade na análise dos vários lances num jogo da Taça UEFA é, sem dúvida nenhuma, um fenómeno grave.
Mais grave é o facto de os árbitros, ainda que avaliados pelos observadores, não sejam responsabilizados pelo mau desempenho das suas funções, que deveriam ser as de mediador de um evento desportivo.
Sei que por vezes se atribui culpas aos árbitros pelos maus resultados das equipas e que, de cabeça quente, sempre consideramos que o nosso clube é o mais prejudicado pelas decisões da equipa de arbitragem.
Mas há algumas questões que me intrigam:
- Porque é que o trabalho dos árbitros é avaliado?
- Porque é que não são castigados pelos erros cometidos? (É claro que errar é humano e que toda a gente tem esse direito, mas quando os erros se sucedem, jogo após jogo, significa que não serviram de ensinamento, logo alguma coisa não está bem!)
Sei que estas questões, triviais e retóricas, foram já colocadas muitas e muitas vezes, por pessoas com muito mais credibilidade que eu para falar sobre este assunto, contudo enquanto adepta de futebol acho que tenho o direito de me questionar e de tornar pública a minha opinião. Faço-o acima de tudo porque acho que todos – jogadores, treinadores, dirigentes e adeptos – merecem que o denominado “desporto rei” beneficie de critérios de arbitragem justos e equitativos.
Quem sabe um dia a utopia se torne realidade…
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