Com vista para os Jerónimos, assisti à maior venda da vida do Belenenses, a crer nos valores adiantados pela CS e pelo comunicado do site oficial.
Nivaldo foi uma agradável surpresa na época transacta; se ao início, e como é normal na massa adepta, olhavam de soslaio para o homem que, não complicando, chutava para onde estava virado, aplicando o chavão brasileiro de “bola para o mato, que o jogo é de campeonato”, no final da 1ª parte da temporada, o brasileiro como que se transfigurou para melhor, conseguindo colocar bolas em profundidade com maior eficácia, assim como saia para ao ataque com objectividade, tornando-se, sem sombra de dúvida, o patrão da defesa azul.
Não tenho a menor dúvida que o futebolês de JJ e a gradual adaptação do brasileiro ao nosso futebol, foram a chave para a brilhante época que realizou, e que o levaram a ser cobiçados por clubes estrangeiros.
Com toda a certeza, não será fácil colmatar a sua ausência, pois Gonçalo Brandão ainda continua muito “verde” (assim como o próprio Rolando, pese a maior experiência adquirida) e Devic, para mim, é uma incógnita, apesar de achar que será uma boa aquisição, sem esquecer, no entanto, a fraquíssima imagem que deixou no jogo Belenenses – Beira-Mar da época passada. Por outras palavras, a não ser que o JJ conheça algum novo “Nivaldo”, torna-se imperioso a aquisição de mais um central, de preferência com créditos firmados no futebol europeu, porque a UEFA está a chegar e decerto que não queremos ficar à porta da fase de grupos.
Não quero terminar este assunto sem ressalvar a questão monetária e o princípio que terá de ser o nosso para o futuro: a valorização dos activos é o catalisador do crescimento sustentado do Belenenses.
A capacidade negocial dos clubes portugueses é diferente a partir do momento que falamos dos 3 “ditos grandes” e dos restantes; que não haja dúvidas sobre isso. Cabe à Direcção actual e vindouras garantir que o nosso poder negocial vá aumentando gradualmente; para tal, posições cimeiras e constantes presenças na UEFA tornam-nos mais “visíveis” no mercado internacional e autorizam-nos a pedir mais por aquilo que é nosso. Tão simples quanto isso…
O ano passado queixamo-nos da venda do Meyong pelos valores que foram lançados para a CS; a realidade é que ele no Levante pouco fez, o que me leva a mim (como já na altura me levou) a questionar a real mais-valia do camaronês. Hoje conseguimos vender um defesa central brasileiro de 27 anos para uma equipa francesa de meio da tabela por 3.000.000 €, que representam 60 % do nosso orçamento, quando ele nos custou meia dúzia de tostões. Possivelmente, bem melhor que aplicar o dinheiro nas acções da REN ou da Martinfer…
PS: ontem também assisti a mais uma exibição da tragicomédia protagonizada por esse actor de nome José Couceiro. Haja paciência, que a mim já me falta. Não dá para passar a cólica renal do CF (as melhoras, Presidente) para o homem?
sexta-feira, julho 13, 2007
Com vista para os Jerónimos: Nivaldo
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