O Belenenses perdeu, na noite de ontem, em Alvalade, ante o Sporting, por 2-1, no jogo de abertura da Liga Bet&Win - 2005/06. Num jogo de nível médio, com alguns períodos interessantes, nomeadamente da equipa azul, o Sporting teve a sorte do jogo. A fechar a 1ª parte, o primeiro golo, e poucos minutos após a igualdade o golo da vitória, num lance de infelicidade da defesa azul. Apesar de não termos apresentado um futebol de bom nível, houve movimentações interessantes e, como Peseiro lembrou no final da partida, jogámos bastante melhor que a Udinese que ganhou a semana passada em Alvalade. Um resultado algo amargo e que leva a que nós, adeptos, exijamos a desforra no próximo fim-de-semana, na recepção à União de Leiria.
Continua...
O Jogo
O início do jogo foi algo dividido, apesar de algum ascendente leonino. Curiosamente, a primeira situação de golo foi logo aos 3 minutos através de um livre directo cobrado por José Pedro ao qual Ricardo, de forma algo atabalhoada, deu resposta. O jogo mantinha-se numa toada em que o Sporting dominava mas não criava perigo, com Douala a caír em cima de Amaral e perfeitamente anulado e com Pelé a secar completamente o "abono de família" Liedson, o que sucedeu durante toda a partida. No entanto, destaco claramente muitos erros de marcação do meio campo azul, em especial quando se registavam trocas de posição nos médios de Alvalade.
A meio da primeira parte deu-se o lance que pode ter definido o jogo: Tonel, claramente nervoso com a estreia, atrapalha-se ao atrasar a bola a Ricardo e deixa Meyong completamente sozinho, com tempo para tudo (rematar, fintar, fazer "chapéu"...). O Camaronês hesitou, hesitou, e acabou por atirar uma "biqueirada" por cima da barra, num lance que merece um valente puxão de orelhas, pois golos destes não se podem, de todo, falhar. Alguns minutos volvidos, e nova situação de golo iminente, com Pinheiro a chegar uns centímetros atrasado a uma solicitação de José Pedro que o deixou com a baliza escancarada.
Surge então o 1º golo do Sporting, por Rogério, num lance em que as já referidas falhas de marcação tiveram um papel fulcral. De facto, não lembra ao Diabo que o lateral direito da equipa adversária receba a bola a meio do nosso meio campo e desfira um remate sem que tenha nenhum adversário num raio de 10 ou 15 metros. O golo foi bonito e foi bom, e apesar de Marco Aurélio já ter defendido dezenas ou centenas de remates daqueles, hoje não conseguiu, e sinceramente ali não tem qualquer culpa.
No reatamento, entrou Fábio Januário para o lugar de Vasco Faísca, numa jogada muito bem pensada por Carvalhal, que assim ganhava maior profundidade ofensiva no lado esquerdo e também mais consistência defensiva, uma vez que Douala ia "caír" daquele lado, e Djurdjevic sente-se muito mais à vontade com o tipo de jogo do Camaronês que o Vasco Faísca. O Belenenses, no entanto, não trocava fluentemente a bola (José Pedro não ajuda nada à fluência de jogo), e o jogo perdia claramente qualidade.
Até que, do meio do nada, Pinheiro arranca um remate que lhe sai mal, à figura do guarda-redes e com pouca força, mas Ricardo dá um frango monumental e o Belenenses iguala a partida! Alguns minutos volvidos, Januário isola-se, domina a bola e remata muito, mas mesmo muito mal, naquele que foi o último remate do Belenenses na partida, a mais de 30 minutos do final...
Isto porque é então a vez do Sporting chegar novamente à vantagem e ao resultado final através de um auto-golo de Rolando, na sequência de uma má defesa de Marco Aurélio, para a frente da baliza, com a bola a tabelar no defesa azul, a embater na barra e a entrar na nossa baliza. A partir daqui, o jogo acabou: o Sporting limitou-se a defender a vantagem e o Belenenses não conseguia criar futebol, sendo constantes os lançamentos dos centrais em busca de Romeu, que havia entrado e deu muita luta, porém sem efeitos práticos.
Árbitro
O árbitro Pedro Proença esteve bastante bem, passando despercebido. Como lances mais complicados de ajuízar, regista-se uma queda de Tello na nossa área, numa clara simulação, que foi bem ajuízada pelo árbitro, e uma entrada de Rochembach aos 13 minutos sobre Meyong, de frente e com os pitons levantados, e que deveria ser sancionada com cartão vermelho. No entanto, compreende-se a amostragem do cartão amarelo, pois no momento, sem repetição em slow-motion, não fica a ideia de haver tamanha gravidade no lance. Fossem todas as arbitragens como esta...
Conclusão
O Belenenses não jogou bem, mas mostrou estar melhor que na temporada passada. Pela positiva, destaques para Amaral, Pelé e Pinheiro, enquanto pela negativa destacaria José Pedro (apesar de ter sido dos seus pés que saíram quase todas as boas jogadas azuis, porém não pode continuar a perder 3 ou 4 bolas a meio-campo por casa passe acertado que faz, perdendo-se em toquezinhos e retoquezinhos bonitos, porém ineficazes), Meyong e Paulo Sérgio. Para a semana há mais, e uma vez mais todos seremos poucos para apoiar a nossa equipa nesta caminhada rumo à Europa. Hoje mostrámos que, com muito trabalho, será possível atingir tal objectivo. Também está nas mãos dos adeptos o apoio que levará a equipa a trabalhar nos limites.
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