Hoje li na última página do jornal "A BOLA" um artigo acerca da delicada situação do jogador da Lázio Di Canio, o qual foi protagonista de uma triste cena durante uma partida do Calcio, quando voltado para a claque do seu clube fez a saudação fascista.
Trata-se felizmente de uma situação quase isolada e que acredito estar longe de se verificar em Portugal. Os nossos jogadores há muito que apreenderam os valores da saudável convivência entre homens de vários credos e tons de pele.
Já o mesmo não se pode dizer dos adeptos, que continuam a comportar-se muitas vezes de forma completamente vergonhosa. Os exemplos são muitos e estarão com certeza presentes nas nossas mentes.
No Belenenses esta questão não é tão evidente, mas seria faltar à verdade não dizer que ainda se vão verificando, aqui e ali, situações que a mim pessoalmente me envergonham. No basquetebol, por exemplo, é mais ou menos comum ouvir grunhidos oriundos da bancada como tentativa de provocar jogadores negros das equipas adversárias. Lamentável... Mais ainda quando são também os nossos muitos e bons jogadores com esse tom de pele a sentir-se eles próprios ofendidos e incomodados.
Hoje à noite temos jogo no Acácio Rosa. Uma importante partida da Liga, a opôr Belenenses e Barreirense. Pessoalmente gostaria de regressar do Restelo com duas satisfações: uma vitória da nossa equipa e a sensação de que os grunhidos diminuiram e que no Belenenses a tolerância e a saudável convivência entre pessoas diferentes são valores efectivos e não meramente programáticos... Trata-se afinal de uma questão de civismo.
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