Decidimos destacar mais uma vez o excelente blog O Outro Lugar do nosso amigo Luis do Ó que mais uma vez publicou um artigo muito, muito pertinente, e que lança sérias dúvidas sobre as causas do momento que o clube está a atravessar.
"10.12.08 Chamem a polícia
A diferença entre o erro humano e a intenção propositada de prejudicar um clube de futebol é de difícil fronteira, pois, existirá sempre a dúvida se essa falha foi mesmo intencional ou resultado de um erro involuntário. Quando estamos na presença de erro devemos assumir que a lei das probabilidades será respeitada e que a tendência, ao longo de 90 minutos, será de enganos equilibrados para as duas equipas em confronto.
Quanto tal não sucede e a equipa prejudicada é sempre a mesma, difícil será acreditar que a razão aleatória do erro suceda sempre para o mesmo lado. A científica lei das probabilidades assim o contesta e o bom senso também o contradiz.
Sendo o futebol um jogo exigente e com elevada competitividade, acaba por ser habitual a existência de erros. Também é habitual que os clubes reclamem quando se sentem injustiçados e recorram às instâncias desportivas da Liga ou da Federação, consoante a competição em causa.
Vem esta introdução a propósito de algumas arbitragens que têm calhado ao Clube de Futebol “Os Belenenses” ao longo deste campeonato. Os jogos na Amadora e no Funchal mostraram, a todo o país, árbitros que erraram sempre para um mesmo lado e sempre através de erros escandalosos que tiveram consequência directa no resultado final.
Ao verificarmos estas ocorrências podemos questionar a falha involuntária. E passamos a ter toda a legitimidade para interrogar se estamos na presença de algo mais sério, que ultrapasse a justiça desportiva. O facto de situações tão bizarras como as verificadas na Amadora ou no Funchal acontecerem num desporto que movimenta largos milhões de euros já é, suficientemente, grave; porém, a gravidade aumenta quando se sabe que o Belenenses vive momento financeiro, particularmente, complicado e que a descida de divisão poderá ter consequências explosivas na sobrevivência da colectividade. Ora, sabendo-se que os terrenos que o clube possui no Restelo são uma verdadeira mina de diamantes, uma oportunidade de negócio de dimensões gigantescas, não é mera teoria da conspiração questionar se não existem elevados interesses num cenário que conduza à extinção do Belenenses. Na verdade, ao longo dos últimos anos, diversas têm sido as tentativas, fracassadas, do clube poder rentabilizar o seu milionário património. Todavia, num dia em que o Belenenses encerre, alguém crê que aqueles terrenos sejam preservados para a prática desportiva?
Quanto às ocorrências recentes, parece-me que uma denúncia para possível investigação criminal seria o mais sensato porque conversas inconsequentes com quem faz parte do problema não nos levarão a lado nenhum. Atente-se nas declarações de António Sérgio, presidente da APAF, o qual – sem investigar, rigorosamente, nada – afirma não existir qualquer perseguição dos árbitros. Deviam ser as próprias pessoas sérias, que acredito que ainda existam no mundo cão da bola, a exigir a intervenção de quem de direito. Erros graves deviam motivar penalizações desportivas e erros deliberados deviam ser penalizados em tribunal. Se um árbitro não erra mas, deliberadamente, prejudica um clube, isso não é desporto, mas um caso de polícia."
"10.12.08 Chamem a polícia
A diferença entre o erro humano e a intenção propositada de prejudicar um clube de futebol é de difícil fronteira, pois, existirá sempre a dúvida se essa falha foi mesmo intencional ou resultado de um erro involuntário. Quando estamos na presença de erro devemos assumir que a lei das probabilidades será respeitada e que a tendência, ao longo de 90 minutos, será de enganos equilibrados para as duas equipas em confronto.
Quanto tal não sucede e a equipa prejudicada é sempre a mesma, difícil será acreditar que a razão aleatória do erro suceda sempre para o mesmo lado. A científica lei das probabilidades assim o contesta e o bom senso também o contradiz.
Sendo o futebol um jogo exigente e com elevada competitividade, acaba por ser habitual a existência de erros. Também é habitual que os clubes reclamem quando se sentem injustiçados e recorram às instâncias desportivas da Liga ou da Federação, consoante a competição em causa.
Vem esta introdução a propósito de algumas arbitragens que têm calhado ao Clube de Futebol “Os Belenenses” ao longo deste campeonato. Os jogos na Amadora e no Funchal mostraram, a todo o país, árbitros que erraram sempre para um mesmo lado e sempre através de erros escandalosos que tiveram consequência directa no resultado final.
Ao verificarmos estas ocorrências podemos questionar a falha involuntária. E passamos a ter toda a legitimidade para interrogar se estamos na presença de algo mais sério, que ultrapasse a justiça desportiva. O facto de situações tão bizarras como as verificadas na Amadora ou no Funchal acontecerem num desporto que movimenta largos milhões de euros já é, suficientemente, grave; porém, a gravidade aumenta quando se sabe que o Belenenses vive momento financeiro, particularmente, complicado e que a descida de divisão poderá ter consequências explosivas na sobrevivência da colectividade. Ora, sabendo-se que os terrenos que o clube possui no Restelo são uma verdadeira mina de diamantes, uma oportunidade de negócio de dimensões gigantescas, não é mera teoria da conspiração questionar se não existem elevados interesses num cenário que conduza à extinção do Belenenses. Na verdade, ao longo dos últimos anos, diversas têm sido as tentativas, fracassadas, do clube poder rentabilizar o seu milionário património. Todavia, num dia em que o Belenenses encerre, alguém crê que aqueles terrenos sejam preservados para a prática desportiva?
Quanto às ocorrências recentes, parece-me que uma denúncia para possível investigação criminal seria o mais sensato porque conversas inconsequentes com quem faz parte do problema não nos levarão a lado nenhum. Atente-se nas declarações de António Sérgio, presidente da APAF, o qual – sem investigar, rigorosamente, nada – afirma não existir qualquer perseguição dos árbitros. Deviam ser as próprias pessoas sérias, que acredito que ainda existam no mundo cão da bola, a exigir a intervenção de quem de direito. Erros graves deviam motivar penalizações desportivas e erros deliberados deviam ser penalizados em tribunal. Se um árbitro não erra mas, deliberadamente, prejudica um clube, isso não é desporto, mas um caso de polícia."
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