sexta-feira, dezembro 05, 2008

Báu Azul: Feliciano



Feliciano

António Feliciano nasceu a 19 de Janeiro de 1922 na Covilhã, orfão de pai ,aos 6 anos ingressa na Casa Pia onde mais tarde o lendário António Roquete reparou nele e dessa forma o fez integrar a equipa do Casa Pia Atlético Clube. Fixou-se no clube e na temporada de 1939-40 subiu ao 1º “team”.

Chegou a ir treinar ao F.C.Porto por influência de um jornalista e adepto portista. Agradou e quando se preparava para voltar para o Norte a cobiça do Sporting fez-se sentir tendo no entanto o clube de Alvalade optado por Frazão. O Belenenses por intermédio de Aires Martins, conhecido dirigente azul levou-o para as Salésias estávamos na época de 1940-41 , onde se estreou ao lado de José Simões contra a Cuf.

Este esquerdino ficou no Belenenses durante 14 temporadas onde conquistou 1 Taça de Portugal e o lendário Campeonato Nacional.

Alto e forte fez parte das célebres Torres de Belém juntamente com Vasco e Capela. Ficaram ainda famosos os seus duelos com Peyroteo onde cada um se esforçava por saltar mais alto ou chegar primeiro á bola , mas no final dos jogos ,invariavelmente terminavam abraçados tal a admiração que possuiam um pelo outro.

14 internacionalizações pela selecção nacional, num período (2ª guerra mundial e pós-guerra) em que os jogos eram escassos. Foram memoráveis os confrontos com os avançados Zarra de Espanha e com Bihel de França, ganhos invariavelmente por Feliciano, alías o L’Equipe considerou o jogador do Belenenses, o melhor defesa da Europa.

Aos 32 anos, em 1954/55, Fernando Riera dispensou-o do Belenenses. Feliciano conhece então clubes como o Marinhense, o Desp. Beja e o Desp. Chaves.

No final dos anos 60 foi convidado para treinar as camadas jovens do F.C.Porto, tarefa que desempenhou com notável eficácia e que formou entre outros Gomes, Jaime Magalhães, João Pinto, Vitor Baía, Domingos, só para citar alguns.

Em 1985 o F.C.Porto presta-lhe a devida homenagem e em 1986 o Governo Português atribui-lhe a Medalha de Bons Serviços Desportivos, ”pelo seu passado como praticante e valiosa acção técnica e pedagógica”.

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