José Couceiro é o novo treinador do Belenenses, na sequência do despedimento de Carlos Carvalhal do comando técnico da nossa equipa. Será uma escolha que, não sendo consensual (nenhum treinador o é), será pacífica, porquanto será talvez o mais bem colocado dos treinadores portugueses disponíveis.
Por várias vezes, ao longo dos últimos tempos, clamei que uma saída de Carvalhal deveria ser colmatada pela entrada de um técnico estrangeiro com pulso firme. Continuo a acreditar que seria a melhor solução, mas talvez menos segura. Com Couceiro já sabemos o que podemos esperar: não é um génio no banco, mas cumpre o seu papel a preceito, e tem a seu lado Pedro Martins, ex-jogador, que parece ser um verdadeiro adjunto, interpretando muito bem o jogo e capaz de ser respeitado pelo balneário. Por outro lado, Couceiro é um treinador organizado e que gosta de planificar o seu trabalho. Por último, e o que me dá alguma esperança, conseguiu pegar, na época passada, num Porto em cacos, e transformá-lo numa equipa com alguma (pouca, mas alguma) consistência, garantindo o apuramento directo para a Liga dos Campeões.
Essa imagem de transformação que conseguiu no Porto dá-me alguma tranquilidade sobre a sua capacidade de liderança. Recorde-se o que se passou após a derrota por 4-0 ante o Nacional, no Dragão, em que Couceiro, na conferência de imprensa, deixou um aviso à navegação, foi duríssimo com o plantel e avisou que para além do plantel principal, ainda tinha a equipa B… isto a 4 dias de jogar em San Siro.
Terá os seus defeitos, como qualquer treinador, dos quais o mais saliente terá sido a sua saída do Setúbal de forma um pouco “atabalhoada”, em direcção ao Dragão. Não foi bonito, talvez pouco ético, mas humanamente compreensível. Em especial para um treinador que andava a emprestar dinheiro do seu bolso a jogadores que, já na altura, não recebiam.
A melhor possível ou não, foi esta a escolha dos dirigentes azuis para liderar a nossa equipa, ainda “Rumo à Europa”. Aqui lhe deixo votos das maiores felicidades ao leme do nosso sonho, um sonho chamado Clube de Futebol “Os Belenenses”.
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