Mais uma noite de pura desilusão para os adeptos azuis. Ante uma Naval frágil, mas aguerrida e organizada, fomos uma vez mais uma equipa à deriva, que encarou o jogo como um mero passar de 90 minutos, em que havia 3 resultados possíveis: ganhar, empatar ou perder. E todos os 3 eram igualmente bons… Sou normalmente um optimista, mas começo a ficar algo preocupado. Recebendo o Rio Ave na próxima semana, esse terá de ser um jogo para ganhar e, infelizmente, vemo-nos à 8ª jornada a jogar jogos quase de vida ou de morte. Vim da Figueira muito triste.
Continua...
O Jogo
O Belenenses entrou com a apatia costumeira enquanto a Naval se mostrava frágil, mas fazia circular a bola no meio-campo azul. Isto permitiu à equipa Beirã ganhar confiança, começar a delinear boas jogadas e foi com naturalidade que, já após ter enviado uma bola ao poste, a Naval se colocou na frente do marcador.
Poucos minutos depois, Carvalhal assumia o erro inicial, e alterava tudo com as entradas de Djurdjevic e Paulo Sérgio para o lugar do amarelado (e desastrado) Vasco Faísca e do inexistente Ahamada. O Belenenses melhorou ligeiramente, mas não deixou de ser com surpresa que chegou à igualdade pelo inevitável Meyong, a passe (excelente) de José Pedro, aproveitando uma falha clamorosa dos centrais Navalistas.
Chegado o intervalo, o Belenenses parecia estar a melhorar e os adeptos azuis acreditavam ser possível chegar à vitória. A 2ª parte começou de forma interessante, com o jogo equilibrado. Eis senão quando Djurdjevic ganha uma bola na linha lateral, caminha alguns metros e cai redondo no chão, deixando as bancadas em suspenso, temendo que algum problema grave tivesse sucedido. Numa primeira análise pós-jogo, falava-se em recaída da lesão que o tem apoquentado. Instantes depois, entra Ruben Amorim para o seu lugar e poucos minutos depois a Naval estabelece o resultado final, num bom cabeçeamento de Cazarine, que beneficiou da apatia de Amaral.
O Belenenses teve então uma reacção interessante, mostrou vontade de pegar no jogo (destaque para Ruben Amorim, muito lúcido a organizar o meio-campo) e Meyong, em 2 cabeceamentos, poderia ter alterado tudo. Destaque também para 1 lance em que Pinheiro, isolado, perde uma eternidade, espera pelo defesa e acaba por lateralizar a bola para um sítio onde não estava nenhum colega!
No entanto, os últimos minutos mostraram um Belenenses confrangedor, perfeitamente derrotado e sem “força” para procurar, pelo menos, o empate.
O Árbitro
O árbitro da partida teve uma actuação discreta, num jogo sem casos. Pecou por, por vezes, ter apitado em excesso e por ter perdoado alguns cartões amarelos à Naval.
Conclusão
Começa a tornar-se preocupante a espiral de derrotas em que o Belenenses está a entrar. Algo está podre no reino do Belenenses, e Carvalhal tem de descobrir o quê. Porque não experimentar Romeu e Meyong? E Fábio Januário, nunca mais poderá jogar de início? E Sousa? Vê-lo na bancada é assustador, vendo a falta que a sua entrega faz em campo. O plantel tem, de uma vez por todas, de decidir o que pretende: ou há coragem para deixar a pele em campo, ou então amigos, vão à vossa vida, que por muito menos que vocês há quem se entregue muito mais.
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