No último lugar na tabela, o Belenenses tinha ontem o jogo ideal para encetar a recuperação que urge. Jogar em casa, com o penúltimo, num momento de chicotada psicológica, com novo jogo em casa na próxima semana frente a um dos últimos, tudo se conjugava para que o Belenenses desse uma sapatada na crise.
Mas assim não foi. É um facto que o Belenenses da primeira parte, mesmo com dificuldade, jogou muito mais do que aquilo que vinha sendo hábito, ao que não é de todo alheia a inclusão de Cândido Costa no meio campo azul. Infelizmente, o completo domínio de jogo nesse período não se materializou numa única situação de golo. Com a segunda parte o Vitória parecia vir com a lição do contra-ataque um pouco mais estudada, e com as saídas de Cândido e Barge, acabou por ser o Vitória a comandar as operações. Se o Belenenses apenas teve uma lance de perigo, num estupendo pontapé de Celestino à barra, o Vitória por 3 vezes teve oportunidades flagrantes que a ineficácia dos seus avançados e uma boa intervenção de Bruno Vale estancaram.
Resumindo: O Belenenses está melhor, recebeu um Vitória que tem porventura o pior plantel que passou pela 1ª Divisão nos últimos anos e ainda assim se alguém merecia ganhar era o nosso adversário. José Pedro faz falta, claro. Mas também fazem falta um central e um médio capaz de transportar jogo pelo meio. Foi aflitivo ver tantas e tantas vezes os jogadores à procura de alguém que "construísse".
Uma nota final para Toni: muito interventivo, sempre a corrigir posicionamentos, teve o mérito de "descobrir" que Cândido é médio, pelo que ganhámos um reforço de peso. Infeliz nas substituições, mas poucas opções tinha no banco. Não se compreendeu o porquê de manter o lesionado Tiago Gomes a coxear durante quase 15 minutos com André Pires no banco e não tendo esgotado as alterações.
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