Pela primeira vez esta temporada, saímos do Restelo com uma sensação de satisfação no fim de um jogo. Tudo bem que tinhamos vencido a Naval, mas ainda a procissão ía no adro e não imaginávamos que ía ser (tão) difícil. Este jogo com o Porto, apesar das limitações em termos de jogo da equipa e dos remendos defensivos, trouxe-nos um Belenenses a vender cara a derrota, um Belenenses de garra e paixão pelo jogo, que só foi derrotado pelo campeão nacional no desempate por penaltys, e ao fim do 30º penalty!
Podem afirmar que o Porto está enfraquecido. De facto assim é. Mas é sempre o Porto. O que se pode afirmar é que é mais fácil para uma equipa, na situação de limitação técnica e psicológica como aquela em que nos encontramos, jogar com o Porto que com o Leixões. Não há a pressão da tabela e há tudo a ganhar e nada a perder. Ainda assim, o meu aplauso à atitude da equipa.
Mas este jogo já passou, e agora avizinha-se o jogo que é a última finalíssima da temporada. Uma derrota na Naval atira-nos quase irremediavelmente para a Liga Vitalis. Um resultado positivo, com o Belenenses a parecer estar a querer investir no reforço do plantel, e dado este toque de luta que Toni parece estar a imprimir à equipa, pode colocar-nos na luta, que será titânica, pela manutenção.
Uma nota final para Lima: obrigado pela luta, pela qualidade e pelos golos. Lima junta ao facto de ser um dos jogadores mais tecnicamente dotados da equipa, o facto de parecer ser um cubo de gelo em termos psicológicos, disputando cada lance como se o jogo estivesse no primeiro minuto e a equipa liderásse a Liga. Obrigado, és um jogador à Belém!
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