terça-feira, fevereiro 10, 2004

Os vícios da nossa equipa

Caros amigos, se me permitem, passo a enumerar um rol de vícios instalados na nossa equipa e que me fazem arrepiar a cada jogo:

- os pontapés de baliza são SEMPRE marcados para os defesas, como se fossemos o Real Madrid e desatassemos a trocar a bola por ali fora até marcar golo. Já que não sabemos jogar nada, ao menos podemos tentar ganhar 50 metros?

- os defesas NUNCA atiram uma "charutada" para a frente, tentam sempre jogar bonito até ao limite, e quando atingem o limite ou cedem lançamento, ou canto, ou na pior das hipóteses (e bastante comum) dão a bola ao adversário

- não fazemos um cruzamento, mas é que nem 1!!!

- quando chegamos a meio campo, e vemos 11 adversarios a nossa frente, atrasamos para os centrais organizarem jogo!

- quando os centrais são apertados, em vez de despacharem, decidem invariavelmente atrasar de qualquer forma ao Marco Aurélio, para ele despachar. Porque é que não despacha logo o defesa?

- em contra-ataque, nunca há trocas de bola. Um dos nossos jogadores tenta correr sempre 40 ou 50 metros com a bola, até à entrada da área adversária e só depois procura um colega, ou opta pelo remate (que depois de um sprint de 40 metros é invariavelmente um desastre)

- os livres e cantos saem, invariavelmente, ou muito baixos (a maioria) ou muito altos (estes até me dão alguma alegria, deixam-me aliviado porque eu tenho sempre dúvidas se os nossos jogadores terão força para levantar a bola do chão

- quando a bola sai nossa a meio-campo, atira-mo-la sempre para o meio-campo adverário

- os nossos ataques são SEMPRE balões para o desgraçado do avançado tentar apanhar no meio de 4 ou 5 defesas. Com este sistema de jogo, já conseguimos transformar o Antchouet num jogador dos Distritais. Isso só funcionou minimamente com o Cafú...

- por último, têm o terrível vício de conseguir criar uma divisão entre o público e os jogadores. Alguém se lembra de um jogador do Belenenses "puxar" pelo público?

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