domingo, julho 10, 2005

Análise do plantel 2004/05

Luciano Rodrigues

Agora que se perspectiva uma nova temporada, que se espera recheada de exitos, e algum tempo passado sobre o final da época 2004/05, com os ânimos mais serenados, é tempo de fazer um balanço da prestação individual dos atletas. Segue-se então uma análise individual dos jogadores que na temporada passada envergaram a camisola azul:
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Marco Aurélio – Uma época tranquila de um guarda-redes de nível mundial. De Marco Aurélio pouco mais há a dizer. É um grande guarda-redes e um símbolo do Belenenses.

Pedro Alves – Jogou apenas na Taça de Portugal, onde acabou por, infelizmente, ficar como maior marca o “frango” em Pinhal Novo. No entanto, não comprometeu.

Amaral – O grande reforço da época 2004/05 e um dos melhores laterais-direitos da Superliga. A sua prestação, no entanto, foi decrescendo ao longo da temporada. Destaque para o facto de ter sido totalista.

Pelé – “Assentou” a central e fez uma época extraordinária que merecia já a chamada à Selecção Portuguesa. Forte no jogo aéreo e intransponível no 1-para-1, faz-se valer ainda de uma velocidade pouco usual para um jogador com a sua morfologia

Rolando – Foi uma das revelações da Superliga na 1ª volta, mostrando ser um central com largo futuro. No entanto, os seus 19 anos levam a que ainda haja aspectos de jogo em que, numa posição tão “crítica”, dificultaram a sua afirmação. Acabou por passar a 2ª volta no banco. Excelente no jogo aéreo e muito certo pelo chão, é traído por vezes pela tal falta de experiência.

Wilson – A última época de um jogador que deixou marca no Restelo começou mal mas acabou com a titularidade durante a 2ª volta. Trouxe enorme estabilidade ao sector defensivo e, apesar de algumas limitações físicas, fez-se valer da sua experiência.

Renato – Contratado em Janeiro, Renato acabou por actuar apenas nos dois últimos jogos da época, com boas prestações que, no entanto, não chegaram para convencer a equipa técnica.

Cristiano – Começou a época a titular do lado esquerdo da defesa azul, o que acabou por desgastar os nervos da massa adepta. Jogador a quem não se pode acusar de falta de esforço, a verdade é que Cristiano não pode ser lateral. Talvez a central pudesse ser mais útil…

Sousa – Após lesão gravíssima no primeiro jogo da pré-temporada, Sousa reapareceu em Janeiro, ganhou a titularidade do lado esquerdo da defesa e foi peça importante na 2ª metade de campeonato, quer a defender, quer a atacar. De mal amado das bancadas, passou a jogador respeitado. Grande vitória!

Cabral – Poucas aparições, ainda assim efectuou algumas partidas interessantes. Mas a sua condição física não era a melhor.


Eliseu – Passou ao lado da época, com meia-dúzia de presenças no lado esquerdo da defesa e outra meia-dúzia no lado esquerdo meio-campo (aqui, com uma média de 5 minutos em cada jogo em que entrou). Não comprometeu e no meio-campo parecia pedir mais tempo para se mostrar…

Tuck – Em ano de despedida, Tuck poucas vezes foi utilizado. A exibição no jogo para a Taça com o Sp. Pombal foi o último concerto que o maestro dirigiu no Restelo. De forma genial. A sua despedida como jogador foi bonita e comovente. Fica entre a família azul.

Andersson – Capitão de equipa durante os primeiros meses da temporada, Andersson jogou na posição errada. Certinho, sem nunca comprometer, mesmo assim a sua prestação foi positiva. A lesão que contraiu e a contratação de Rui Ferreira levaram-no a passar mais tempo no banco.

Rui Ferreira – Contratado em Janeiro, rapidamente se transformou numa referência em campo. Uma pena não chegar ao Restelo com menos 3 ou 4 anos. Jogador de elevado sentido táctico, foi fundamental para a 2ª melhor defesa da 2ª volta.

Zé Pedro – É muito difícil falar de Zé Pedro, pois a sua época no global até se pode considerar positiva. O problema é quando entramos em consideração com o seu potencial, e aí a sua época não foi mais que medíocre. Acabou por estar ligado ao momento alto da temporada, ao marcar 2 golos na goleada sobre o Benfica.

Marco Paulo – Depois de anos a fio com as bancadas a querem o “marreco” no banco, este ano suspirou-se pelo seu regresso à equipa. Voltou ao 11 e mostrou toda a sua utilidade.

Neca – “Tapado” por Juninho Petrolina no início da temporada, Neca foi ganhando o seu espaço na equipa e realizou uma temporada bastante agradável. Também a ele, em menos escala, se aplica o que disse de Zé Pedro. Tanto potencial esbanjado…

Juninho Petrolina – Foi a verdadeira desilusão da temporada, apesar de ser importante realçar a sua importância nas primeiras jornadas, onde foi o motor da equipa. Acabou por sair do 11, mais tarde das convocatórias e posteriormente abandonar o clube… mais um cheio de potencial…

Ruben Amorim – Um jovem cheio de valor, Ruben acabou por passar muito tempo fora das opções, ao que consta devido ao processo de renovação de contrato. Quando jogou, não comprometeu e prometeu.

Paulo Sérgio – Pequeno e rápido, Paulo Sérgio veio em Janeiro trazer grande vivacidade ao ataque, apesar de pouco discernimento. Mas a verdade é que o ataque azul viveu da sua inspiração na 2ª metade da época.

Brasília – “Banco” importante nas primeiras jornadas, não aceitou a sua situação e acabou por sair do clube em rota de colisão com Carlos Carvalhal. Um extremo esquerdo que mostrou valor.

Antchouet – Após uma primeira volta brilhante, Antchouet, por força de lesões, castigos e, talvez, pouca vontade, teve uma 2ª volta fraquíssima. Mesmo assim, ainda conseguiu ser o 5º melhor marcador do campeonato e peça fundamental na equipa.

Lourenço – O que dizer de um avançado titular durante uma época na maioria dos jogos da sua equipa que não marcou um golo de bola corrida??? Enfim, o momento que ainda conseguiu extrair alguma simpatia das bancadas foi quando, ao marcar um penalty, chutou na relva e se lesionou…

Rodolfo Lima – Entrou algumas vezes, muitos sprints, pouqíssima produtividade. Mesmo assim, ao contrário de Lourenço, logrou marcar golos…


Jorge Tavares – 24 minutos em campo, 1 golo, 18 anos. Capitão dos Juniores, Belenense de coração, sobrinho do malogrado e recordado José António. Tem condições para ser um óptimo avançado

Catanha – Contratado na Rússia em Janeiro, nunca se impôs, ao que foi dito porque a equipa não tinha extremos que centrassem bolas. A verdade é que em campo era um farol, mas poucas foram as oportunidades de que dispôs. Acabou dispensado antes do final da temporada.

Gonçalo Brandão




Sandro




Mangiarrati

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