segunda-feira, abril 06, 2009

Varanda Azul VIII - A realidade é cada vez mais negra

Varanda Azul é uma rúbrica da autoria de David Gonçalves:

Desenganem-se se pensam que falo da arbitragem do Lucilio Baptista na Taça da Liga ou das barbas do Queiroz.

Sempre pensei que ao fim destas 2-3 semanas de “descanso”, a nossa equipa viesse mais forte e segura de si. Enganei-me. No jogo contra a Académica, Jaime Pacheco e os seus pupilos voltaram a falhar perante um adversário directo. A deslocação a Coimbra não se avizinhava fácil perante um adversário disposto a trabalhar em campo para segurar os 3 pontos que garantiam a permanência. Mas a verdade é que a história abonava a favor do clube do Restelo. Do outro lado, vinha um Belenenses perdido e sem qualquer rumo. Não tardaram a surgir os lances de perigo por parte da Académica, enquanto que o Belenenses andava em campo meio perdido com passes e jogadas de um clube da Distrital. Arrisco-me a dizer que o Sesimbra joga mais que o Belenenses (e não sou sócio do Sesimbra)!

Enfim, Pacheco decide deixar Marcelo na bancada e a equipa não tinha uma unidade com qualidade no ataque. Começo a preocupar-me com Pacheco pois 1º foi a “paixão” pelo Carciano e agora é o “ódio” pelo Marcelo. Ele apenas é o 2º melhor marcador da equipa mas o treinador deixa-o no banco. Lógico?

O Vinícius continua a mostrar o porquê de ter sido dispensado do Flamengo. Quem falha lances como aquele deve ter algum problema com a bola. Já vi isto contra o Paços e noutros jogos. Desta vez, o vírus da “azelhice” passou para Saulo, um jogador que prometeu muito mas que vem rotulado de “dispensado da Naval”. A cena repetiu-se com a Académica e Jaime Pacheco lá continua a dar palmadinhas aos jogadores.

Jogar com um ponta-de-lança nos minutos finais é “ridículo” quando devia ter estado desde o início e colocar o “goleador” Porta então Pacheco deve ter pensado que a vitória estava garantida.

Falar do capitão do Belenenses é como falar no vazio. Já disse e repito, quando ele começar a jogar à bola e dignificar o emblema que enverga, em vez de se andar a queixar de ordenados em atraso, passa a ser alguém.

O Belenenses joga em amontoado e pontapé para a frente. Isso é para a equipa de Rugby (sim, aqueles com quem o Silas implica por causa da relva!) que tem feito excelentes campanhas ao contrário de outras modalidades. Contra a Académica, vi um conjunto de camisolas azuis aos saltos. Não posso deixar de referir alguns que dão sempre o litro mesmo sendo em minoria (Mano, Diakité, Gómez, Júlio César). Quando “grandes promessas” como o Zarabi estão em campo, torna-se difícil conseguir um empate, no mínimo. Aliás entre o Carciano e o Zarabi eu não vejo muita diferença e parece que Pacheco também não.

Por isso, jogo após jogo, a Liga Vitalis deixou de ser uma miragem e tornou-se uma certeza/destino. Este Jaime Pacheco não é aquele que berrava, gritava, ameaçava os jogadores do Boavista. Este Pacheco é uma versão “soft” daquele que nos habituamos e isso não é preciso. Ele até diz que «Sinto que vamos conseguir» ou então «Matematicamente, ainda é possível conseguir a manutenção». O Jaime que comece a acordar… Para isso, mais valia ter ido buscar o Jorge Costa, mas parece que a comissão de gestão nem um telefonema sabe fazer. Resta o quê ao Belenenses? Esperar que o Trofense perca com o Marítimo e que o Jorge Jesus (esse tal que os sábios e intelectuais de futebol do Restelo tanto odeiam) ganhe ao Setúbal. (Contas à Queiroz) Para a semana, o Belenenses joga com o Setúbal e aí ou se dá a consolidação da descida à Liga Vitalis ou então renasce uma súbita esperança.

Tenho pena, que este ano, não haja um caso “Mateus” e que estejam a destruir o meu Belenenses. Não tenho dúvidas nenhumas que eu não sou nenhum Luís Freitas Lobo (isso é para os “velhos do Restelo”) mas dá para perceber que:

Estamos a caminho da Liga Vitalis.

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