Romeu – aos 30 anos, o internacional português já passou claramente o seu período de explosão. No entanto, é um jogador com valor, um avançado atípico no futebol português, muito forte, com um bom jogo de cabeça e capaz de segurar a bola e ganhar dezenas de metros. Mais que um goleador, espera-se no Restelo que seja o homem que há muitos anos não temos, uma verdadeira muleta para quem jogar a seu lado.
Ivan Djurdjevic – este jogador de Leste, também ele proveniente do Guimarães, é um daqueles jogadores que passam relativamente despercebidos, mas que são importantíssimos na manobra das equipas por onde passam. Médio esquerdo por definição, pode também jogar mais no meio, como tampão do meio-campo, e ainda a defesa-esquerdo, em especial numa táctica com 3 centrais. Tacticamente evoluído, boa técnica e capacidade de adaptação parecem características que o tornarão um jogador fundamental no Belenenses 2005/06.
Ricardo Araújo – até ver, de todas as contratações do Belenenses para a próxima temporada, esta é a única incógnita. Um brasileiro desconhecido (como a maioria dos que chegam ao nosso país), jogador de meio-campo, com 23 anos e boa margem de progressão. A seu favor, o facto de ter vindo a ser observado ao longo dos últimos meses pela equipa técnica que deu o seu aval à contratação, não sendo um tiro totalmente no escuro.
Sandro Gaúcho – este brasileiro, trinco, tem sido nas últimas épocas um dos melhores jogadores do Beira-Mar. No entanto, os seus 32 anos levantam algumas dúvidas entre as hostes azuis, nomeadamente quando jogadores importantes do clube foram dispensados exactamente pela sua idade. Sandro Gaúcho dificilmente conquistará a titularidade, mas será importante ter um jogador com a sua qualidade pronto para dar o seu contributo.
Silas – o tecnicista lisboeta que um dia foi tentar a sua sorte para Ceuta, está de regresso à sua cidade natal. Depois de há 2 anos atrás ter sido um dos jogadores mais cobiçados no mercado nacional, Silas viu a carreira entrar numa curva descendente, primeiro em Inglaterra onde ao serviço do “complicado” Wolverhampton não se conseguiu adaptar ao futebol britânico e no ano passado no Marítimo, onde as lesões o impediram de realizar uma boa temporada. Com uma técnica refinada, Silas não é nº 10, nem extremo nem avançado. Em forma, é um vagabundo capaz de destroçar uma defesa. Fora de forma, pode transformar-se num peso morto dentro de uma equipa.
Meyong – o camaronês, vencedor da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2000, era um dos jogadores mais cobiçados no mercado português, onde há já vários anos tem vindo a mostrar a sua categoria. Possante mas com mobilidade, Meyong é um meio-termo entre o ponta-de-lança típico e o avançado móvel. Frio na finalização e também ele capaz de abrir espaços para a entrada de colegas do meio-campo. Uma das melhores contratações do Belenenses nos últimos anos que se pode transformar num excelente negócio, ou não estivesse o Mundial de 2006 aí à porta com Meyong a fazer parte da sua selecção.
Ahamada – este francês era há 2/3 anos atrás uma das maiores promessas do futebol francês. Após ser uma aposta regular do treinador do Nantes na 1ª volta desta temporada, surgiu em Janeiro deste ano, de forma surpreendente, no Beira-Mar, onde foi dos melhores jogadores da equipa sendo um perigo constante para as equipas adversárias. Mais que um avançado, é um extremo capaz de ganhar a linha e servir os companheiros. As reacções de incómodo dos adeptos do Nantes à sua dispensa são a prova de que o jogador tem um potencial tremendo e, também ele, se pode vir a tornar um grande negócio para a SAD azul.
Fábio Januário – Engenheiro Civil de profissão (!!!), Fábio Januário é um médio de ataque, que pode jogar nas pontas, dotado de boa técnica e bom remate. No entanto, e após duas épocas ao serviço do Gil Vicente, nunca se conseguiu afirmar claramente no futebol português, parecendo faltar-lhe alguma capacidade física que, a existir, o poderia transformar num dos melhores médios de ataque da Superliga. Em primeira análise, funcionará como um “back-up” para o meio-campo ofensivo.
Pinheiro – Após ter sido figura de proa na ascensão do Estoril da 2ª B à Superliga, onde foi uma das principais figuras da equipa, Pinheiro surge no Belenenses como um jogador que poderá ter um papel importante na luta por um lugar no onze. Jogador todo-o-terreno, que faz praticamente todas as posições no meio-campo, Pinheiro destaca-se ainda pelo seu potente remate. Cobiçado por vários dos principais emblemas da Superliga, e pretendendo regressar ao Norte de onde é natural, foi com alguma surpresa que acabou por aceitar a proposta do Belenenses. Mais um que acredita no projecto azul.
Gaspar – Central duro e forte no jogo aéreo, Gaspar é um jogador que aos 30 anos tem já muita experiência de Superliga, ao serviço dos mais variados emblemas. Na época anterior jogou no Ajaccio, da Division 1 francesa, onde teve uma época positiva e que lhe permitiu ganhar ainda mais “calo”. Será à partida o parceiro de Pelé no eixo da defesa. Não é um central brilhante e a sua forma de jogar não é a mais bonita. Mas é muito eficiente e ainda garante alguns golos por época em lances de bola parada.
segunda-feira, setembro 01, 2003
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